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Rita Batista sobre nova fase na TV Aratu/SBT: "expectativa é altíssima"


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Divulgação/TV Aratu

"Mulher, negra e comunicadora". É assim que Rita Batista se define em suas redes sociais.

Com bagagem nacional, tendo apresentado na Band os programas "Muito Mais" e "A Liga", Rita Batista volta agora à televisão baiana, onde irá apresentar o "Bom Dia Bahia", jornal matinal da TV Aratu, afiliada do SBT no estado.

Sua estreia ocorrerá no dia 22 de fevereiro, e ela promete investir no jornalismo de serviço, sua marca desde o início da carreira.

Em entrevista exclusiva para o NaTelinha, a primeira como contratada da casa, Rita fala sobre sua volta para Salvador, concorrência e sobre seu tempo na Band em São Paulo. "Tem espaço pra todo mundo. Vai ser bem bom. Minha expectativa é altíssima", afirmou a jornalista.

Confira:

NaTelinha - Você estava fora da TV desde a Band, em 2014. Por que você aceitou o convite da TV Aratu e para esse projeto novo nas manhãs?

Rita Batista -
Pois é, eu voltei para Salvador, melhor fazer essa retrospectiva senão as pessoas se perdem. Eu voltei para Salvador efetivamente em 2014 para fazer a campanha, voltei para São Paulo e lá tive uma perspectiva, que me foi oferecida outra, e eu recusei. No ano de 2014, em maio, foi o ano dos 15 anos da rádio Metrópole. E em 2015, quando defini mesmo, e eu voltei para a Metrópole onde já havia trabalhado durante sete anos. Continuei fazendo rádio, adoro fazer rádio na Metrópole e no meio do ano passado, a gente começou a conversar, uma possibilidade... O que seria, o que poderia ser... A TV Aratu tem esse conceito de andar na contramão do mercado, enquanto os outros estavam demitindo, a Aratu estava admitindo, ainda está admitindo.

E aí vamos conversar, o que pode ser feito. O que faria, o que não faria. Um encontro aqui, um encontro ali. Definimos que havia a possibilidade e pensávamos do mesmo jeito em relação a produto de televisão com jornalismo. E daí, enfim, eu esperei as mudanças da casa, e no final do ano passado, finalmente afirmamos. E falei, "vamos voltar a fazer o 'Bom Dia'". Já é um programa clássico, mas estamos lutando por um projeto que é novo, que tem a ver com a minha forma de trabalhar no jornalismo, que é menos formal, com conteúdo mais voltado para o serviço, tratando a notícia como uma forma mais célere. Com o telespectador, o ouvinte, que ele nos traga imagem, a interatividade.

NaTelinha - E vai ser do teu jeito?

Rita Batista -
Do meu jeito e do jeito de quem está assistindo.

NaTelinha - Você tem uma previsão de estreia?

Rita Batista -
22 de fevereiro, depois do horário de verão.

NaTelinha - Você vai para um horário onde tem o "Bom Dia Brasil" e também vai concorrer com sua amiga, Jéssica Senra, da Record Bahia. Como você vê? É uma respeitosa concorrência...

Rita Batista
- Amigos, amigos, negócios à parte, né? Mas nem conversamos, nem tivemos tempo. Cada um tá defendendo sua emissora, seu emblema e seu público. Mas é absolutamente respeitoso, disputando a mesma fatia do mercado. É coisa do jogo.

NaTelinha - Melhor que sejam amigas, né?

Rita Batista -
Eu acho, eu acho. Trabalhamos nos mesmos lugares, inclusive na mesma época, mas temos linguagens diferentes. Tem espaço pra todo mundo. Vai ser bem bom. Minha expectativa é altíssima.

NaTelinha - Pra vencer?

Rita Batista -
Pra vencer, super! Jéssica está aí há um tempo fazendo esse trabalho e conquistou pelo esforço dela. Estou fora da TV da Bahia há um tempo e temos que conquistar isso. E televisão não depende só da pessoa.

NaTelinha - Falando em conteúdo, qual será a prioridade?

Rita Batista -
A minha prioridade no jornalismo sempre foi serviço. Em que as pessoas sejam donas, pra que tenham a informação pra que possam lidar com a vida dela. Não é assistencialismo. Possa saber seus direitos, deveres. A prioridade é basicamente essa. Tenho isso como norte e quero trazer isso. Serviço, quero trazer bastante para o "Bom Dia". Atualidade... Precisamos saber o que está acontecendo, o que vai acontecer, o que tem possibilidade. Informações do trânsito, serviços da cidade, com a interatividade e possibilidade de que o cidadão, telespectador seja nosso transmissor de notícias também. Um ônibus quebrado, engarrafando tudo, que ele mande, quero ter a informação disso. A imagem, às vezes, o trânsito, disposição da equipe, não favorece e quero que o público faça o jornal junto comigo.

NaTelinha - Além disso, você também tem um projeto no site da Aratu. Gostaria que nos explicasse sobre ele.

Rita Batista -
A ideia é fazer de novo o link com interatividade. Todas as emissoras, os canais de comunicação que tem essa possibilidade, precisam fazer link entre as mais variadas funções. Ao mesmo tempo, é canal de notícia, informação, a possibilidade do ouvinte ser o pauteiro. É tudo casado, interligado. E aqui também. Para não termos desperdício de conteúdo. Tá chovendo em Salvador, veja aí imagens de alguns pontos, a quantidade de pessoas desabrigadas, só o apuro de depois, quem tem esse tempo, a gente pode ver no online. A gente pode fazer esse link. Esse detalhe, que às vezes não dá tempo de contar na televisão, o online se encarrega disso e fazemos esse link.

NaTelinha - Você passou um tempo em São Paulo, na Band, onde você fez "A Liga" e o "Muito Mais". Te engrandeceu como jornalista e comunicadora?

Rita Batista
- Foi ótimo. Foi um período ótimo porque eu fui pra lá convidada pela Band, e me transferiram, para fazer um programa de três meses para depois eu voltar pra cá. O "Muito Mais" era um produto de verão, mas durou 10 meses. No meio do caminho, teve "A Liga", e televisão só muda de endereço, é quase a mesma coisa. São as mesmas questões, os mesmos problemas, só mudar o lugar. Mas numa rede você vê como a coisa gira. No nacional tudo é muito capitalizado, cada um faz o seu mesmo.

Então fiz o "Muito Mais", entretenimento, depois fui para "A Liga", em julho de 2013 começamos a gravar, só que depois disso as reprises continuaram, então o ano de 2014 tinham muitas reprises. Ficou nessa. E foi o tempo de indefinição porque a temporada de 2014 só começou no final de 2014. Programa de temporada, pra mim, tem que ter uma definição de época, se não fica meio bagunçado. Enfim, tudo é experiência.

Daí, coincidiu também que meu casamento acabou quando a temporada acabou. Não tínhamos conversado sobre a renovação de contrato ainda. Foi tudo muito assim. A ideia era fazer e voltar, mas quando voltei, os investimentos estavam voltado para o Bacci (Luiz) e a ideia era trabalhar no programa dele, que não me identifico, mais policial. Falei: então gente, muito obrigada. Não é por nada, é uma inabilidade minha.

NaTelinha - Você tem alguma meta de Ibope? você vê isso?

Rita Batista
- Eu não tenho uma meta porque não sei como estão os números hoje. Não sei quais são. E eu fiz TV aqui até 2011 mas a gente não tinha realtime, então esperávamos até a outra semana os gráficos. Então, é um negócio que estou engatinhando com essa nova tecnologia. Não sei quais são os números hoje e eu não sei como trabalhar com esse negócio. Se tá indo, subindo, voltando, mas é muita adrenalina. Preciso começar a fazer pra ver.

NaTelinha - Qual você acha que é tua missão no jornalismo?

Rita Batista -
Minha missão na vida é me comunicar. Mas acho que a cada dia que passa minha missão na vida é essa, saber o que as pessoas precisam. Quando falo que minha forma de encarar jornalismo é essa, de trazer serviço. E o que há de disponível para elas no mundo. Elas precisam cada vez mais buscar informação para se tornarem autônomas para que não fiquem subjugadas a nada ou ninguém, como autoridade, chegar numa repartição pública e ser maltratada, não sofrer com a falta de informação. Minha missão é fazer isso.

Se todos souberem o que fazer e como fazer, é o mundo ideal. Estamos caminhando pra isso, pra um entendimento. Todo mundo vai ser proativo e vai fazer que se beneficiem naturalmente beneficiem o outro também. E quando as pessoas entenderem o que é isso, aí a coisa vai continuar. Tá bagunçado, cheio de briga, confusão, guerra, catástrofe, e tal, é um sacode divino pra galera se ligar.
 

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