Lava Jato ofusca Dia da Mulher e faz "JN" romper uma hora de duração
Publicado em 08/03/2015 às 11:17
O "Jornal Nacional" foi comandado neste sábado (7) por duas mulheres pela segunda vez na história. Mas a dupla formada por Sandra Annenberg e Renata Vasconcellos acabou ofuscada graças a extensa cobertura sobre a divulgação da lista de envolvidos que serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal na Operação Lava Jato.
O primeiro bloco do telejornal teve 40 minutos sem intervalos para repercussão segmentada por matérias sobre as casas legislativas, o funcionamento do esquema e seu destaque internacional.
Por volta das 21h10, quando o primeiro intervalo foi dado, é a hora em que o telejornal costuma ser encerrado após quatro breaks. As demais pautas, diluídas entre esses concentrados intervalos, tiveram somente 13 minutos.
A análise mais aprofundada corrige a edição da sexta-feira (6), que entrou no ar um minuto após a divulgação da lista pelo STF e divulgou os nomes inicialmente de forma incompleta e depois somente ao término da edição, quanto até Band e SBT, que nem telejornais no ar no horário possuem, já haviam dado a informação em Plantões.
Outra peculiaridade foi o link realizado pela dupla formada por Júlio Mosquéra e Vladimir Netto, sendo esse um dos maiores "especialistas" em Lava Jato, se revezando com Camila Bomfim entre Brasília e Curitiba, onde parte das investigações se concentram.
Incomum, essa tática já havia sido utilizada antes na cobertura dos atentados em Paris e da escolha do papa Francisco.
A cobertura dos últimos dias marcou ainda o retorno ao vídeo de Zileide Silva, que estava afastada desde o final de 2014 por problemas de saúde.
Dia Internacional da Mulher
Além do "JN", as mulheres comandam todas as atrações do jornalismo da Globo neste final de semana.
A Band também escalou uma dupla feminina formada por Paloma Tocci e Paula Valdez para o comando do seu principal telejornal.