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Dia Internacional da Mulher: uma história de lutas e conquistas


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Fotos: Divulgação

Hoje comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Antes de representar uma celebração, a data 8 de março ficou marcada por uma tragédia. Em 1857, nos Estados Unidos, 129 operárias morreram queimadas pela força policial. A ação ocorreu em uma fábrica têxtil, localizada na cidade de Nova York.

Na ocasião, elas ousaram reivindicar redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas diárias, além do direito à licença-maternidade. Posteriormente, foi instituído o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, em homenagem a essas mulheres.


Propaganda de guerra criada por J. Howard Miller em 1943 para a
fábrica Westinghouse Electric Corporation, nos EUA


Nos últimos 150 anos, o movimento feminista tem sido responsável por diversas conquistas na vida da mulher. A história de lutas e conquistas de tantas de nós, muitas delas mártires de seu ideal.

No decorrer de quase dois séculos, leva a humanidade a iniciar um novo milênio diante da constatação de que buscamos e conquistamos o nosso lugar. Asseguramos o direito à cidadania, legitimando o papel, enquanto agente transformador.

A emancipação da mulher    

Durante um longo período, as mulheres viveram comprimidas em seus espartilhos, por vezes amordaçadas e contidas. Quando se submetiam a isto eram consideradas respeitáveis, “mulheres de bem”. Agora, se fugiam das “coleiras” que lhes eram impostas, eram tidas como “cortesãs”, mundanas marginalizadas.

Em uma sociedade onde o modelo masculino representava o poder, à mulher cabia apenas o lugar de um apêndice, um complemento do homem. Na cultura machista, ela vivia em função da casa, do marido e dos filhos.

Entretanto, quando essas mesmas mulheres passaram a dar valor às questões da alma feminina, deu-se uma transformação. Milhares delas lutaram e se rebelaram contra sua própria sociedade.

Historicamente falando, a pílula anticoncepcional abriu as portas para uma revolução sexual. Representava a flexibilidade da moral e o ingresso da mulher no mercado de trabalho.

Então, as conquistas de condições de igualdade, civil e jurídica, entre os sexos, e a perda do medo da gravidez proporcionaram mudanças importantes nas relações das mulheres consigo mesmas e com o mundo em que viviam.

Os relacionamentos com os homens tornaram-se mais transparentes e, em função das mudanças conquistadas, dividir-se entre o casamento, o trabalho ou outras relações produtivas exigiu da mulher um grau de tolerância e harmonia interna muito grande.

Por todos esses motivos, a emancipação feminina foi uma conquista. Porém, cabe a cada uma de nós “bem administrar” o nosso tempo entre a jornada de trabalho, a família, os filhos e a vida social.

Infelizmente, nem sempre os nossos companheiros estão dispostos a dividir funções que cabem a ambos. São poucas aquelas que encontram com quem possam compartilhar tarefas. Neste caso, em função do êxito profissional, muitas acabam abrindo mão da possibilidade de serem mães.

Nossa condição psicológica gera uma natureza psíquica própria, diferente da masculina, que nos torna mais ligada à família e a casa. Somos mais disponíveis a um contato com sentimentos e interioridade.

Para as mulheres, é muito importante lutar pela individualidade, autonomia e independência, desde que não nos sacrifiquemos em cima de outros aspectos importantes da vida. Ou seja, desenvolver potencialidades, manter a harmonia interna, a qualidade de vida e os relacionamentos afetivos.

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