Saiba o que fazer em caso de acidente com água-viva ou caravela-portuguesa
Saúde
Publicado em 23/01/2015 às 12:51
Na última semana, uma menina de 1 ano e 7 meses teve 50% do corpo queimado após contato com uma caravela-portuguesa em uma praia da zona Sul do Rio de Janeiro. O animal é semelhante à água-viva, porém seus tentáculos são bem maiores, podendo chegar a 20m de comprimento, além de conter muito mais toxinas, podendo levar a vítima à morte.
De acordo com especialistas, é comum nos depararmos tanto com a água-viva quanto com a caravela-portuguesa em países tropicais. Aqui no Brasil, são vistas em regiões como Fernando de Noronha, em Pernambuco, e em cidades do litoral do Rio de Janeiro como, por exemplo, Cabo Frio.
No entanto, no verão essa incidência aumenta devido à maré alta e as fortes ondas, que acabam deslocando os bichinhos do alto-mar para a beira da praia. Por isso, a atenção dos banhistas deve ser redobrada.
Se você ainda pretende curtir as férias de verão nas praias brasileiras, nós te ajudamos a manter-se em alerta para o caso de acidentes envolvendo um desses animais marítimos. Confira as dicas!
Atenção redobrada no período do verão
Águas-vivas (à esquerda) e caravelas-portuguesas são animais peçonhentos de corpo gelatinoso. As espécies utilizam os tentáculos orais para caçar suas presas, em especial larvas, crustáceos e peixes.
De acordo com biólogos, os tentáculos possuem milhões de células denominadas nematocistos, contendo um fio tubular enrolado que é projetado para fora, além de um líquido peçonhento.
Devido à sua alta concentração de toxina, o líquido provoca irritação, intensa sensação de queimadura e paralisia do sistema nervoso central. Contendo quatro tipos, apenas dois deles são capazes de provocar lesões no homem.
Especialistas explicam que ao se aproximarem da beira da praia, os animais estão praticamente mortos. Porém, mesmo assim representam perigo aos banhistas. Mas o ideal é manter-se calmo mesmo diante da sensação de queimadura.
A primeira medida é sair da água o mais rápido possível, devido ao risco de choque e afogamento. Além disso, não se deve tentar remover os tentáculos aderidos com as mãos.
Caravela-portuguesa
Quando a vítima já estiver fora do mar, aí sim ela pode tentar retirar os tentáculos. Porém, com muito cuidado e sem esfregar a região atingida, para evitar que a situação piore.
Como proceder
É preciso ter cautela durante os primeiros socorros, pois um procedimento errado pode agravar o problema. Como por exemplo lavar a área com água doce. O ideal é sempre buscar ajuda médica.
Passo a passo
- Lave a região atingida com água do mar;
- não tente remover os tentáculos presos à pele esfregando uma toalha;
- aplique vinagre na região atingida por cerca de 10 minutos;
- remova os tentáculos com a ajuda de uma pinça;
- lave mais uma vez com água do mar e reaplique o vinagre por mais 30 minutos;
- em caso de dores fortes e reações inflamatórias, o uso de analgésicos, corticoides ou anti-histamínicos é indicado.
Atenção: para reduzir a dor, aplique bolsas de gelo (logo após o acidente) para resfriar a região lesionada.