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Augusto Garcia, o Graxinha de "Dona Xepa": "Amo muito meu ofício"
Por Redação NT
Publicado em 10/09/2013 às 20:31
Atualmente no ar em "Dona Xepa", Augusto Garcia vem passando por um dos melhores momentos de sua carreira.
Apesar de estar no ramo há vários anos, foi na Record que passou a ganhar espaço. Nos últimos dois anos, Augusto interpretou o Marcelo, um professor de história adorado pelos alunos em "Rebelde", e agora como o mecânico Graxinha de "Dona Xepa".
Augusto Garcia também toca sua própria produtora cultural, ao lado da esposa - e também atriz - Letícia Cannavale e segue como contratado fixo da Record, luxo que tem sido permitido a poucos nomes da casa atualmente.
Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, o ator falou sobre sua carreira, sobre "Rebelde" e sua atuação em "Dona Xepa". Confira na íntegra:
NaTelinha: Você emendou Rebelde com Dona Xepa e em ambos projetos teve personagens grandes. Como é a recepção do público com estes dois papéis?
Augusto Garcia: A recepção é ótima. Rebelde tinha um público jovem que continuou acompanhando o trabalho em Dona Xepa. Um público bem apaixonado.
Augusto, como o Marcelo em "Rebelde", contracenando com Verônica Debom, intérprete de sua ex-esposa Cris
Divulgação/Record
NT: Como fez a composição do Graxinha, um mecânico que foge do estereótipo convencional e que tem trejeitos claramente femininos?
AG: Ele é muito fã das “divas amercianas”. Um primeiro trabalho que tive foi ver horas de clipes de Beyoncé, Lady Gaga e Rihanna. Também frequentei aula de dança e oficina mecânica. Hoje entendo muito mais sobre mecânica de carro.
NT: O Professor Marcelo foi um papel voltado para a comédia e construído para ser amigo dos alunos. Qual inspiração você buscou para formá-lo?
AG: Os bons professores que tive no ensino médio. Eles eram muito divertidos e rígidos com a disciplina. Grandes mestres.
NT: O Graxinha é gay, mas tem ciúmes de Dafne (Robertha Portella) e torce para ser o pai de Gisele (Ana Clara Pintor). Afinal de contas, o personagem tem uma orientação sexual definida?
AG: Também não sei o que se passa na cabeça do Graxinha. Sempre torci para ele ser o pai da Gisele, ele já tem uma relação paternal com ela. Acho que o Graxinha ama a Dafne apenas como amigo. Ele tem muito medo de deixar de ser importante para ela.
Graxinha protege Dafne e Gisele de um tiroteio na Vila do Antigo Bonde
Divulgação/Record
NT: Como foi o processo de escalação para Dona Xepa? Você tem contrato fixo com a Record?
AG: Tenho contrato fixo até 2014. Eu entrei na Record através de uma oficina de atores. Foram alguns meses de treinamentos e testes e no final ficaram alguns atores contratados. Logo no início do meu contrato fui escalado pelo Ivan Zettel para interpretar o Marcelo e, depois, o Graxinha. Agora estou ansioso pela próxima escalação.
NT: O que espera para o Graxinha na reta final de Dona Xepa e que saldo faz do personagem?
AG: Faço um saldo completamente positivo. Um grande personagem que vou lembrar sempre com muito carinho. Também vou carregar saudades dos novos colegas de trabalho.
NT: Você é casado com a também atriz Letícia Cannavale, que interpreta em flashback a falecida mãe do protagonista Bento em "Sangue Bom". Como é um casamento onde os dois compartilham a mesma profissão?
AG: A gente se conheceu ainda na escola de teatro. Estamos juntos há 9 anos e compartilhamos tudo. É uma parceria completa. Dia a dia, todo dia.
Letícia Cannavale e Augusto Garcia: atores compartilham profissão e trabalho; união já tem nove anos
Divulgação
NT: Você e sua mulher trabalham com vários projetos paralelos à TV, como o Cinema Sem Fronteiras. É possível conciliar este trabalho com outros? O acúmulo de funções ocorre por motivos financeiros ou artísticos?
AG: Com o tempo eu e Letícia aprendemos trabalhar juntos e hoje temos uma produtora cultural que realiza a maioria dos nossos projetos e também de artistas parceiros. Os trabalhos e projetos que realizo partem da minha necessidade de criar e atuar. Para mim é essencial que eu interprete no teatro o personagem que eu quero e com as pessoas que eu acredito ao meu lado. Então, a única forma é ser também o produtor. Através da minha produtora eu transformo meus sonhos em realidade.
NT: Poucos sabem, mas você também passou por Malhação e por O Profeta, onde foi dirigido pelo grande diretor Mário Márcio Bandarra. Como foi ser dirigido por ele em duas ocasiões e agora, novamente, em duas ocasiões por Ivan Zettel?
AG: Sempre tive a sorte de trabalhar com grandes diretores, tanto no cinema quanto no teatro e tv. É uma oportunidade de crescer, de sair do lugar e aprender algo novo. Sou muito grato.
NT: Tem planos para após o término de Dona Xepa? Quais são?
Mesmo durante a novela minha produtora não parou nenhum segundo. Estive em Genebra no final de agosto para divulgar Aurélia, um filme que escrevi, dirigi e atuei. Também viajei pelo interior do estado do Rio com os meus espetáculos, Dorian (adaptação de O Retrato de Dorian Gray) e O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues. Agora, eu sigo viajando pelo Brasil com minhas peças e estou em cartaz com A Falecida, também de Nelson Rodrigues, no centro do Rio até final de outubro. Além disso, estou produzindo um novo espetáculo para o ano que vem, chama-se Breve Relato Dominical. Vou ainda nesse ano lançar meu site (www.augustogarciaoficial.com.br), onde vou disponibilizar todo meu trabalho e também apresentar e dirigir um programa de entrevistas com personalidades do teatro. Fora tudo que surgir ou eu inventar… amo muito meu ofício.
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