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Após discussão com torcedores do Grêmio, Flávio Gomes é demitido da ESPN

Arnaldo Ribeiro é afastado; jornalistas falaram sobre o jogo do clube gaúcho contra a Portuguesa


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Fotos: Reprodução

Um fato que ocorreu no último sábado (07) no Twitter teve um desdobramento nesta segunda (09), na ESPN Brasil.

Tudo começou quando o jornalista Flávio Gomes criticou a atuação do árbitro do jogo Portuguesa x Grêmio, válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. O juiz da partida marcou um pênalti muito duvidoso de Valdomiro no jogador Kléber.

Flávio, que é torcedor declarado da Portuguesa, disparou contra o time gaúcho, visivelmente alterado: “Juiz vagabundo, timinho escroto desde 1903. São muito machos no Sul. Mas adoram dar a bunda”. Depois, quando já tinha discutido com muitos torcedores, ele falou: “Bem, vou dormir. Não sem antes dizer que: 1) bloqueei uns 50 gremistas; 2) consegui 17 telefones de gaúchas”.

Outro comentarista da casa, Arnaldo Ribeiro, que também é diretor de programação dos canais ESPN, se manifestou sobre o caso e também revoltou os torcedores: “Uma vergonha o que o Jailson fez a favor do Grêmio hoje. Parece encomendado. Dificil dizer isso, mas parece... Por favor. Monitorem ligacoes de Fabio Koff e cia para comissão de arbitragem e CBF nos últimos dias. #vergonha”.
 
No domingo (08), o presidente do Grêmio, Fábio Koff, divulgou uma nota de repúdio as acusações de Flávio e Arnaldo.

Confira a íntegra do texto:

“Venho, em nome do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e de seus milhões de torcedores, manifestar minha indignação pelas acusações levianas feitas, neste sábado, pelos jornalistas Arnaldo Ribeiro e Flávio Gomes, da ESPN Brasil, por ocasião da realização da partida frente à Portuguesa de Desportos.
 
É revoltante e inaceitável que profissionais da imprensa brasileira possam, sem apontar nenhuma evidência, por mera criação fantasiosa, colocar em dúvida a honestidade e idoneidade do clube, dos seus profissionais, de seu presidente e dos demais dirigentes, do povo gaúcho, bem como da Confederação Brasileira de Futebol e de sua Comissão de Arbitragem.
 
As manifestações irresponsáveis desses profissionais não honram a tradição da emissora, que deveria estar sempre comprometida com a ética, a verdade, a justiça e a justeza de suas informações.
 
Aos Srs. Arnaldo Ribeiro e Flávio Gomes não concedo o direito de colocar qualquer mácula à história de 110 anos do Grêmio e de sua torcida, nem aos mais de 50 anos em que venho atuando em diversas áreas do desporto nacional. Manifestações preconceituosas, levianas e ofensivas como estas afrontam decisivamente o discurso de paz e civilidade que todos nós, amantes do futebol, repetimos e sonhamos incessantemente.
 
O Grêmio analisará, no tempo devido, as providências cabíveis visando preservar os interesses do clube e de sua apaixonada torcida. Por ora, apenas lamento que os mesmos olhos que viram equivocadamente favorecimento ao Grêmio, não tenham também visto erros que nos sonegaram, inclusive, um gol legal no início do segundo tempo da partida, numa prova definitiva da falta de isonomia e imparcialidade".

 
Diante da notória repercussão negativa do caso, o diretor de jornalismo da ESPN, João Palomino, se pronunciou e tomou algumas medidas.

"Caros, especialmente torcedores do Grêmio. Sobre as opiniões dos comentaristas Arnaldo Ribeiro e Flávio Gomes no Twitter. As opiniões não refletem em nada o pensamento dos Canais ESPN. Existe orientação interna para o bom uso das redes sociais. A conduta da ESPN sempre foi do maior respeito com os torcedores, sejam gremistas, colorados, etc. Por isso, medidas internas já foram adotadas para comprovar nosso compromisso com o futebol, com a paixão e com o que isso representa. Até a pé nos iremos na defesa deste compromisso. Abs e obrigado pela compreensão", escreveu ele no microblog.

Flávio Gomes foi demitido e a decisão anunciada internamente. Já Arnaldo Ribeiro foi afastado temporariamente das funções de comentarista nos programas da emissora.

Arnaldo, inclusive, já entrou em contato com Fábio Koff, pedindo desculpas sobre o ocorrido. Flávio Gomes ainda não se pronunciou sobre o caso.
 

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