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Documento NaTelinha: "Bahia no Ar" com Jéssica Senra


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Jéssica Senra apresenta o "Bahia no Ar" na Record local - Fotos: Divulgação
Estreia agora uma nova seção aqui no NaTelinha. O “Documento NT” viajará o Brasil e mostrará para você que se faz televisão fora do eixo Rio-SP e quais programas fazem grande sucesso pelo país afora, com grandes índices de audiência. 
 
Na estreia, eu, Gabriel Vaquer, falarei sobre o “Bahia no Ar”, jornalístico da Record Bahia, apresentado por Jéssica Senra.
 
Jéssica tem 29 anos, é natural de Salvador, porém tem dupla nacionalidade, como me relatou na sua entrevista: “Sou espanhola também”. 
 
Chego por volta de 11h na TV, sendo recepcionado pela assessora da emissora, Jeniffer Homann. Entro no estúdio, Jéssica me recebe simpática e, antes do jornal, faz alguns exercícios vocais, lê algumas pautas e brinca com a equipe. 
 
O programa começa pontualmente às 12h, com uma pequena escalada. As pautas são policiais, como a grande maioria dos programas locais. Jéssica, inclusive, me revela na entrevista: “Fiz criminologia na Espanha, porque sempre gostei dessa área de polícia”.
 
Como era um dia de Carnaval, as notícias policiais foram divididas com notas sobre a folia. Durante o jornal, a apresentadora interage com o jornalista João Kalil e a “Bia Krét”, que é uma espécie de alívio cômico do programa: “Eu acho a Bia sensacional, mas não posso falar quem faz”. Confesso que gostaria de saber para dar os parabéns, porque Bia me fez dar boas risadas. 
 
Também noto que Jéssica comanda o jornal com muita informalidade, como é característico dos apresentadores da Record, mas quando ela chama uma matéria em que uma moça deu à luz no meio de uma rodovia, no interior da Bahia, ela se emociona de um jeito que, confesso, nunca vi em nenhuma apresentadora. Também no programa, em alguns momentos, entra depoimentos de populares dizendo que assistem ao jornal. Não é pra menos: na última quarta (13), o “Bahia no Ar” marcou 11 pontos de média com 17 de pico.
 
A entrada do programa às 12h foi vista com estranheza por quem não acompanha de perto, já que os “Praça no Ar”, normalmente, são exibidos às 6h30 da manhã. Com a ida para às 12h, Jéssica também ganhou visibilidade. “A pressão é muito grande. Esse jornal de 12h, meu filho... É briga de cachorro grande. Quando me falaram que eu ia para às 12h, eu pensei: ’Caramba, eu vou brigar com os maiores!’, porque é o horário nobre das afiliadas”, falou. 
 
Terminado o noticiário, vamos para uma sala VIP da Record Bahia e começamos a entrevista. Foi uma conversa de 1 hora e 15 minutos bastante proveitosa. Logicamente, falamos coisas impublicáveis e também conversamos sobre política e futebol. Então, colocarei as questões que interessam para os leitores, sem deturpar uma palavra. 
 
NaTelinha – Como chegou o convite para apresenta o “Bahia no Ar” às 12h? 

Jéssica Senra – Foi em setembro, eu estava de férias, viajando. Então, a direção da emissora me ligou e me perguntou se eu poderia voltar mais cedo. Voltei e me falaram que voltaria às 12h. Fiquei muito feliz pela confiança, porque é um horário com muita visibilidade. Então, falei com minha produtora, a Ticiana Bitencourt, e disse: “Vamos?” e ela "vamos". Não sou nada sem ela. Então, cheguei bem no horário. Eu estava tensa, mas o desafio é bom. Entrei no horário que era do Zé Eduardo, do “Se Liga Bocão”, então tinha que dar certo. E tem dado. 
 
 
NaTelinha – Jéssica, você fez faculdade fora do país, né? Estudou na Espanha e nos Estados Unidos. O que você aprendeu lá, que você usa aqui? 

Jéssica Senra – Na verdade, fui para aprimorar o inglês, fiz intercâmbio de trabalho, trabalhava de recepcionista de restaurante. Eu queria aprender inglês e eu sou meio autodidata. Eu queria aprender inglês quando era nova e minha mãe não podia pagar um curso pra mim, então eu aprendi inglês traduzindo letra de música, conversando pela internet com pessoas de outros países, e no colégio tinha aula de inglês e aprendi gramaticalmente. Mas antes de terminar a faculdade, eu quis ter a fluência. Só que eu não tinha pai e mãe pra ficar bancando intercâmbio, então eu fui lá ralar. 
 
Tirei visto de trabalho, fui morar lá 6 meses e trabalhava pra me manter, enquanto praticava inglês. Morar em outro país é como entrar em outro mundo, é como ser outra pessoa, é como nascer de novo, é viver um personagem, porque eu deixo de ser uma baiana, soteropolitana, de estar com os meus colegas, pra ser uma estrangeira. No restaurante em que eu trabalhava, em Orlando, as pessoas queriam saber quem era a brasileira que trabalhava ali, era como se eu fosse um extraterrestre. Você conhecer uma outra língua, uma outra cultura, isso te amplia os horizontes, isso te deixa com a mente muito mais aberta. 
 
Quando fui pra Espanha, pra estudar espanhol, fui pra ficar 3 meses, mas fiquei 3 anos. Resolvi fazer uma pós, na Universidade de Columbia, em Barcelona. Quando terminei a pós, eu fiz um curso de criminologia, porque sempre gostei dessa área de polícia, desse meio de justiça. Lá, mais uma vez, você está em outro país, conhecendo outras pessoas. Eu também trabalhei em restaurante, como garçonete. E eu aprendi uma coisa: ali, as pessoas te veem servindo uma mesa, elas acham que são maiores que você, porque ela está pagando e você está servindo. Nisso, eu percebi como as pessoas tratam porque se acham superiores, mas na verdade, somos semelhantes. 
 
Algumas vezes, chegava um italiano, por exemplo, e eu era uma brasileira que falava espanhol, inglês, um pouco de francês, entendia o catalão, e eles não falavam minha língua, mas se achavam superiores a mim. Enfim, aprendi muito e acho que é uma experiência que todos deveriam ter. 
 
 
NaTelinha – Jéssica, a programação local da Record Bahia é extremamente forte. E por ela ser forte, tem ajudado a rede, que não está na melhor das fases. Essa programação local de peso te faz querer ter maiores índices, ser campeã, mas sem apelar? 

Jéssica Senra – É que as pessoas acham que, como a Record fala muito de polícia, de acidente, acha que isso não presta, que tudo é sensacionalismo, que não vale nada. Então, uma coisa que te digo: a gente está vivendo numa realidade de extrema violência urbana e de violência doméstica. Então, se eu tenho que falar da realidade, não tem como eu não falar disso. E até as outras emissoras, que focam mais em política e em comportamento, elas não podem deixar de focar nisso, porque essa é a realidade que a gente vive. 
 
Mas eu sei que nosso foco é maior, porque o meu público é classe C, D e E. Então, quando eu falo de crimes, quando eu mostro um corpo, apesar de odiar mostrar, mas quando mostro, é porque as pessoas que moram no bairro do corpo sabem que isso é corriqueiro. Não é porque eu gosto de mostrar corpo, é porque os corpos estão aí. As pessoas estão morrendo, as pessoas estão sendo assassinadas em plena luz do dia. Então, se a concorrência está mostrando os serviços maravilhosos do camarote do carnaval, o buffet, é porque o público deles frequenta isso, o meu público tá na pipoca, tomando porrada nessas brigas. E por isso que eu mostro a importância da polícia intervir, porque meu público não tem mil reais pra comprar um abadá. 
 
Agora, a gente tem que ter responsabilidade, porque às vezes você se empolga no comentário e tal. Sobre a programação local ser forte, eu entro pra ser primeiro lugar. Todos os programas locais são vice-líderes, mas eu entro pra ser primeiro lugar. Eu penso: “Vou brigar, vou chegar pra ser líder de audiência”, porque quanto mais você é visto, mais você consegue tocar as pessoas. É um processo longo, demorado, a concorrência é forte, mas....
 
 
NaTelinha – Você já conseguiu atingir o primeiro lugar?

Jéssica Senra – Já. Algumas vezes, eu entrego para o Bocão na liderança já. É muito difícil, porque eu pego muito baixo e vou subindo. 
 
 
NaTelinha – Então, essa era minha próxima pergunta: tem horas que você não fica chateada em receber em baixa da rede? 

Jéssica Senra – Todo mundo gostaria de receber melhor. O programa que vem antes de mim, o “Hoje em Dia”, de repente ele não tem muita audiência aqui, mas comercialmente, ele vende bem. Audiência em televisão parece tudo, mas não é tudo. Então, se a rede puder me passar com uma audiência maior, ótimo, se não, eu tenho que brigar para crescer. E eu sinto que cada vez mais, as pessoas estão chegando mais cedo, porque elas já conhecem o programa, elas sabem que começa às 12h. 
 
 
NaTelinha – E você aumentou a audiência do “Se Liga Bocão”, que estava dando 9 de média e agora marca 12. 

Jéssica Senra – Então, o que acontece é que ele pega alto. Eu não sei se ele tem mais audiência do que tinha antes, eu sei que ele tem um público que é dele, que é fiel. Só que às vezes, o público demorava pra chegar, que é o que acontece comigo. Então, o que eu faço? Eu trago o público dele para ele e como ele não precisa subir de 3 pra 10, porque eu já entrego no 10, a audiência se mantém. 
 
Mas ele tem um público que é fiel, eu sinto no final do programa, que a audiência vai subindo mais, porque são as pessoas que querem ver o Bocão. Então, é bom para as duas partes. Pra mim, que tenho a oportunidade de estar em um horário com grande visibilidade, e bom para ele, que não precisar sair lá de baixo e ir subindo. 
 
 
NaTelinha – Qual a sensação que você teve quando chegou em primeiro lugar? 

Jéssica Senra – Olha, foi quando ainda estava de manhã. De manhã, a gente conseguia passar a concorrência algumas vezes. A primeira vez foi no dia 12 de abril, com um caso de uma médica que vinha com um carro de ré e atropelou vários pacientes e nossa equipe foi a primeira a chegar. E Felipe Brandão, nosso repórter, com um link móvel, conversou com as pessoas quase que em tempo real, mostrou o socorro às vitimas, mostramos uma pessoa que foi lá buscar os pertences de uma vítima, e aquele acidente me impactou muito, porque era uma situação que você nem tinha em quem bater, porque normalmente é um irresponsável, filho da mãe, mas não, foi uma médica, é uma pessoa que salva vidas e acabou tirando algumas, machucando outras pessoas. Mas nesse dia a gente passou, entreguei na liderança.
 
 
NaTelinha – Provavelmente você não ficou feliz, porque era uma tragédia, mas você sentiu orgulho?

Jéssica Senra – Eu fique orgulhosa da nossa cobertura, e sobretudo, eu fiquei feliz em chegar em primeiro lugar, porque você chegar lá, quer dizer que as pessoas querem te ver, querem ver o seu trabalho. 
 
Eu acordava às 2h da manhã, chegava na TV às 3h, todo santo dia. E eu, nessa época, tinha uma equipe menor, porque os outros programas da casa tinham prioridade, o que é normal. Então, eu tinha uma equipe menor pra fazer um trabalho e, ainda assim, a gente foi aos poucos chegando lá. E eu tinha acabado de substituir a outra apresentadora (Daniela Prata, que foi para a TV Aratu/SBT) que era super querida. 
 
Era uma responsabilidade imensa estar no lugar dela, muita gente achou que o programa ia perder qualidade, ia perder audiência, como muita gente achou que às 12h, o programa ia perder audiência também, e eu estou aí, surpreendendo, porque tenho essa equipe comigo, mesmo pequena, a gente consegue. 
 
 
NaTelinha – Antes da Record, você passou pela Band Bahia e trabalhou no "Jornal da Bahia". Como você chegou lá?

Jéssica Senra – Ah, a Band é uma escola. Eu já tinha trabalhado lá, em 2004, apresentando junto com Mário Kertész (radialista famoso e ex-prefeito de Salvador). Quando eu vim de férias, do nada, eu caí de paraquedas, eu procurei emprego na rádio, na Band News FM, eu adoro rádio. E procurei Zuleica (Andrade, gerente de jornalismo da Band Bahia) e ela disse: “Não, você vai para a TV”. E aí, eu gravei o piloto, ela gostou e fui nessa. E eu sou eternamente grata a Zuleica, que é uma pessoa que eu adoro, e a Band também, que tem uma estrutura bem pequena, mas é na dificuldade que você aprende. E na Band, eu aprendi muito. 
 
 
NaTelinha – Você acabou de falar que você adora rádio. O que você prefere, TV ou rádio? 

Jéssica Senra – Então, pra mim é como dois filhos. Porque televisão tem a câmera, a imagem, e eu gosto da câmera. E quando eu estou ali, parece que eu estou vendo meu telespectador, eu converso com ele. 
 
Mas o rádio também tem sua magia, porque não tem imagem, e a gente está na era da imagem, e você conseguir a atenção de alguém só pela voz, é muito bom. E o rádio tem aquele negócio do imediatismo. Pelo menos na Metrópole, que foi minha escola pro rádio, as pessoas ligavam na hora pra, por exemplo, discordar de um comentário que você fez e dizer: “Você está errada!”, e a gente ajudava muita gente no rádio também. 
 
Então, não dá pra ter os dois? (risos) Eu estou fora do rádio agora, mas gostaria de voltar. Na verdade, eu não volto, porque estou muito focada aqui na TV, porque esse jornal de 12h, meu amigo, é muito difícil, é um desafio muito grande. Quando eu entrei, eu pensei: “Caramba, eu estou brigando com os maiores”. E o mais surpreendente, é que eu não tenho perfil. 
 
 
NaTelinha – Na verdade, eu questiono um pouco isso de você não ter o perfil. Talvez não seja preconceito de parte do publico com as mulheres nesse horário? 

Jéssica Senra – Quando eu digo fora do perfil, é que se você olhar os apresentadores de programas mais populares em todo o Brasil, a grande maioria são homens. Eu não sou perfil físico, eu não sou homem, não sou morena do cabelo crespo, eu tenho um perfil físico que é diferente. 
 
 
NaTelinha – Então, achei o termo. Tem preconceito por você ser bonita? 

Jéssica Senra – Olha, eu não sei dizer se é porque eu sou bonita, mas como estou falando, eu podia ser feia, mas sou branca do cabelo liso e do olho verde. É por não me encaixar no que as pessoas esperam. Mas isso pode ser bom, porque eles pensam antes: “Ah, essa menina não é do povo”, ai ouve o discurso e percebe que tem uma identidade ali. Ou, justamente por ser bonita, o público para assistir, porque televisão é imagem. 
 
O Lula falou uma vez, e eu achei sensacional, o seguinte: “Não adianta colocar pobre em casa de baixa qualidade, pobre gosta de azulejo”. As pessoas querem ser bonitas, elas veem na televisão, e elas querem que o apresentador seja bonito, não querem gente feia na TV. Não adianta colocar gente feia na televisão, que as pessoas não querem ver. E beleza hoje, é questão de dinheiro.  

 
NaTelinha – Eu ia perguntar se você é viciada em Ibope, mas eu percebi no programa que você é... (risos)

Jéssica Senra – Na verdade, é que esse negócio de minuto a minuto é viciante, tendo uma vez, não vive mais sem. Embora, particularmente, eu ache que Ibope não é tudo, na televisão é a audiência quem dita as coisas. O sucesso é medido pelo Ibope. 
 
Mas pra mim, o tempo real serve pra saber o que meu público quer, porque estou começando em TV agora. Eu não conheço tão bem o meu público. Pra mim, o Ibope é uma ferramenta pra saber qual é o interesse do meu público. A TV pode dar muitas informações, mas eu só tenho uma hora de programa, então eu preciso saber o que meu público quer. 
 
 
NaTelinha – Jéssica, você já teve um programa de rádio musical, na Metrópole. Como foi isso? 

Jéssica Senra – Tá vendo, eu surpreendo as pessoas nisso, porque hoje eu tenho um programa popular, fiz criminologia. Eu sou um grande exemplo de que quem só vê cara e não vê o que está por trás. 
 
Eu tinha um namorado que era músico, era baterista de uma banda de rock, me mostrou muita coisa. E quando eu entrei na rádio, eu vi que tinha um horário vago aos sábados, então cheguei para Mário Kertész e disse: “Oi, Mário. A gente tem um horário vago no fim de semana, porque a gente não faz um programa de música, mas de informação com música?”. E ele achou legal e disse: “Quem apresentaria?”. Eu disse que eu apresentaria e ele: “E você entende de rock?”. Eu disse que entender, eu não entendo muito, mas eu aprendo. E ele disse pra fazer o projeto e levar para ele. 
 
Entreguei o projeto, na semana seguinte a gente colocou no ar. Ficamos durante um ano e meio no ar, fomos indicados ao Prêmio de Música Independente, tinha uma boa repercussão porque a gente movimentava o cenário e tal, e sempre contava a história dos movimentos, do grunge, dos anos 70, que tem uma história muito rica, a gente trazia muita gente pra entrevistar, gente que rala pra caramba pra manter o rock na terra do axé. Então, é isso. Eu tenho outros interesses. É que quem olha pra mim, pensa que sou a menininha abestalhada, patricinha, e na verdade, eu sou um ser humano, com todas as qualidades e defeitos que um ser humano tem. 
 

NaTelinha – Olha, Jéssica, eu confesso que não sei se conseguiria apresentar programa popular, talvez pela coisas pesadas que tem. Como você consegue?

Jéssica Senra – Olha, teve um dia que foi pesado, que foi a reportagem de um cara que estuprou a prima pequena, gravou no celular, acabou perdendo e alguém achou, trouxe pra cá, mostramos com cuidado, provocamos a investigação e o cara foi preso. Esse foi o dia mais difícil, porque eu vi esse cara de 24 anos, fazendo com uma menina de seis, o que não se faz nem com mulher, eu saí daqui arrasada, porque não imaginava que tinha um monstro desses. 
 
Esse é o meu motivador, é fazer gente como essa pagar pelo que fez. Eu não vou mudar o mundo, mas posso mudar a vida de algumas pessoas. Esse é o meu principal motivador, é saber que o meu trabalho pode mudar a vida das pessoas. 
 

NaTelinha – Você chegou a fazer entradas ao vivo, para a rede, no “Fala Brasil”. Você sente vontade de ir para São Paulo?

Jéssica Senra – Olha, a rede te dá uma exposição maior. Antes eu pensava, quando eu pensei na minha carreira, eu tinha essa ideia de sair de Salvador e morar em São Paulo, porque jornalista quer falar, quanto mais gente, melhor (risos). 
 
Mas, hoje, eu estou tão feliz com esse convite, com esse desafio que é o horário das 12h, e acima de tudo, falar para as pessoas daqui, da minha terra. Eu morei na Espanha, tenho dupla nacionalidade, minha mãe e minha irmã moram lá, eu fiquei lá muito tempo, mas eu queria trabalhar para o meu povo, ajudar as minhas pessoas, eu queria ser jornalista para melhorar a vida das pessoas. A gente pode falar mal, super mal de Salvador, mas se sair daqui, sente muita saudade. 
 
 
NaTelinha – Pra terminar, tem alguém que você queria entrevistar, mas não entrevistou? 

Jéssica Senra – Mas um bocado de gente. Tem tanta gente boa nesse mundo... (risos)
 
 
NaTelinha – Diz uma pessoa só. 

Jéssica Senra – Ricardo Boechat. Mas não gostaria só de entrevistar, queria sentar e bater um papo com ele, como a gente está fazendo agora. 
 
 
NaTelinha – Como você se define? 

Jéssica Senra – Uma vez, uma amiga me pediu pra me definir em uma palavra e eu não soube dizer. Ai, ela disse: “Jéssica, você é intensa”. De fato, tudo que eu faço, eu coloco corpo, alma e coração, eu dou tudo de mim. E eu quero tudo e quero agora. 
 
 
Obrigado à Record Bahia, obrigado à Jéssica Senra pela ótima (e enorme) conversa. 
 
Espero que vocês tenham gostado. Até a próxima!
 

Por Gabriel Vaquer, repórter do NaTelinha
 

 

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