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Sindicato dos Jornalistas pede limites aos humoristas do "CQC"

Na última segunda (16), repórter do programa teria tumultuado encontro em Brasília


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Divulgação

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal pediu que se coloque limites para impedir que os humoristas do "CQC" prejudiquem o trabalho da imprensa em Brasília.

O Sindicato se manifestou após o mais recente episódio, quando a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, visitou o Brasil e o repórter Maurício Meirelles teria tumultuado o encontro.

"Sem desmerecer o trabalho humorístico, consideramos que nossa sociedade carece, em maior grau, de informações de qualidade e, nesse sentido, defendemos sempre a preponderância da atividade jornalística sobre a humorística", diz o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Brasília em comunicado.

Líderes sindicais alegam que "perante os abusos da equipe do CQC" são necessárias medidas das assessorias de imprensa para garantir as condições de trabalho dos jornalistas. "Não nos consta que em qualquer outro lugar do mundo profissionais do jornalismo e humoristas recebam o mesmo tipo de credenciamento", aponta a nota.

Na última segunda (16), o repórter do "CQC" irritou os demais jornalistas ao tentar entragar uma máscara de carnaval a Hillary Clinton. Mas ele garante que nao fez nada de errado: “Todos os jornalistas podiam fazer quatro perguntas. Quando todos já tinham encerrado, eu ofereci um presente do Brasil, uma máscara de carnaval, e então começou o bate-boca. Não sou de briga, então ignorei”.

O Sindicato dos Jornalistas diz que nos últimos dias recebeu dezenas de reivindicações relativas ao caso. "Esse tipo de comportamento gera vergonha e conflitos que frequentemente prejudicam o bom desempenho dos profissionais de imprensa e muitas vezes precipitam o fim das entrevistas e restrições ao acesso dos jornalistas a autoridades", acrescenta o comunicado.

O Sindicato colocou seus advogados à disposição de jornalistas que tiverem interesse em processar os humoristas por danos morais e físicos. "Também pedimos aos profissionais do CQC uma reflexão sobre seu modus operandi, para que levem em conta os princípios como respeito e profissionalismo", conclui a nota.

O Palácio do Planalto já decidiu vetar o "CQC" nos próximos eventos e nas viagens da presidente Dilma Rousseff.
 

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