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NaTelona: O Curioso Caso de Benjamin Button


Bruno Pires
para o NaTelinha

 
 

Antes de qualquer coisa, gostaria de dar as boas-vindas a todos que estão começando a acompanhar a nova coluna do NaTelinha. O NaTelona tratará, especialmente, de obras lançadas para a "tela grande". Embora venhamos a ter sempre notas e textos sobre produções televisivas, nosso foco principal será sempre o cinema.


Obrigado por estarem conosco neste momento de estréia e obrigado ao site NaTelinha pelo espaço - que certamente será bem aproveitado. Vamos começar?



O curioso caso de Benjamin Button
(David Fincher - 2008)

 



Há poucos dias, foi lançado por aqui o filme O curioso caso de Benjamin Button, estrelado pelo sempre ótimo Brad Pitt e dirigido pelo competente David Fincher. O pouco que vi nos anúncios da produção aguçaram minha curiosidade e, em especial, alguns comentários de amigos acerca da película definitivamente me fizeram escolhê-la como o assunto de estréia desta coluna.


A história, inspirada em um conto de F. Scott Fitzgerald, é original: Benjamin Button é uma criança muito incomum, nascida com uma doença não mais rara que poética - em vez de envelhecer, com o tempo ele rejuvenesce. Daí, vemos surgir um bebê recém-nascido cheio de rugas e problemas de saúde comuns a pessoas idosas. A aparência da criança é tão assustadora para o espectador quanto para o pai, que a abandona à própria sorte em frente a um asilo (que ironia!), onde o bebê é acolhido e bem cuidado.


Apesar de monótona, esta primeira fase de O curioso caso de Benjamin Button é, ora essa, curiosa! É impressionante vermos uma criança com o debilitado corpo de um idoso de 90 anos. Palmas para os efeitos de computação que fizeram isso com Brad Pitt! A iluminação amarelada lembra as fotografias envelhecidas e, aos poucos, vemos as cores aparecendo conforme o tempo passa e o nosso presente se aproxima. As imagens são lindas em cada segundo da projeção. Cenários, figurinos, tudo é perfeito. Com isso, quero dizer que, no que diz respeito à parte técnica, o filme é de uma qualidade indiscutível. O envelhecimento/rejuvenescimento dos atores é muito bom, a fotografia é perfeita, os efeitos visuais, tudo. Agora, quanto ao roteiro...


Não me senti envolvido com os personagens e, de todos, o menos interessante ali é o próprio protagonista. Benjamin Button é uma figura vazia, sem nenhum traço de sua personalidade explorado. A única coisa que sabemos é que ele tem uma condição especial e mais nada. Brad Pitt é muito bom e dá o melhor de si, mas se o texto não ajuda, o trabalho não fica interessante.


Mais do que falar sobre a tal doença de Benjamin, o filme explora o caso de amor entre os dois personagens principais diante dessa situação. Mas, aqui também, essa história de amor soa tão forçada e artificial! Vemos Benjamin e Daisy (Cate Blanchett, na fase adulta) começarem a se gostar de uma forma até ingênua, bonitinha... mas, depois, o amor de verdade surge do nada, em meio a um texto que traz à tona situações que não colaboram (como as atitudes de Daisy quando ela e Benjamin se reencontram no momento em que ela já é bailarina profissional). Pior ainda é quando a moça pede que Benjamin saia de sua vida e os dois se afastam: hein?! Por quê? Fez algum sentido para você? Mais à frente, eles já estão juntos de novo, claro, e já têm uma filha. Então, Benjamin decide sumir da vida de Daisy e da criança porque acredita que a garota merece um pai "normal", que envelheça com o tempo. Ok. Ele vai. Quinze anos depois, ele volta. Mas não era para ter sumido?


Devido a tantas "forçações de barra", a história perde a intensidade e, no momento mais dramático do filme, o que era para ser uma cena forte a ponto de fazer qualquer um chorar, não faz. Talvez alguém chore, mas eu nem me abalei. E olha que sou uma manteiga derretida.


Resumo da ópera? O filme só é bonito de se ver, mas não é bom de se assistir. A história de amor forçada, somada à ausência de peso do personagem-título e à extensão da fita (159 minutos), tornam O curioso caso de Benjamin Button um filme arrastado e cansativo.


E alguém aí poderia me dizer para que colocaram aquela introdução do relógio, a personagem da filha de Daisy no hospital, ou tantas citações do furacão Katrina, se nada disso serviu para porcaria nenhuma no final das contas?


Enquanto isso, na telinha...


- Estreou semana passada, com dois episódios de uma hora, o tão aguardado quinto ano de Lost, minha série favorita. Mas sou só eu que estou achando que a história da ilha e seus interessantes personagens está perdendo a força?

 
- Socorro! O Pânico e o CQC ainda estão de férias!
 

- Tô ferrado! Começou outro Big Brother Brasil e só vai se falar disso por um bom tempo. Por que eu tô ferrado? Porque eu não suporto esse programa. Ah, você gosta? Ops...


  A nova vinheta da Globo, com uma música ótima do maravilhoso Arlindo Cruz, é linda e muito gostosa de se ver. Parabéns à nossa emissora número um.

 

  Eu gosto do Gugu como apresentador. Gosto mesmo. Mas o programa dele está muito chato. E o que são aquelas "lendas urbanas", hein?
 

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