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O forró de Gonzagão toma o palco do Som Brasil


Nesta sexta-feira, 30 de maio, o palco do Som Brasil recebe um forró temperado com diferentes sotaques, instrumentos e timbres. O programa presta uma homenagem àquele que vestiu o gibão e o chapéu de couro, pegou na sanfona e inventou o baião: Luiz Gonzaga. O comando deste arraial fica a cargo da cantora Elba Ramalho, que se refere a Gonzaga como um ícone: “Todo intérprete gosta e se apropria da obra dele, que é rara, visionária e harmônica. Já gravei dois discos e um DVD com suas músicas. Fiquei muito satisfeita com o convite”. Para acompanhá-la, o programa recebe no palco a cantora potiguar Marina Elali, os paraibanos do grupo Cabrueira e o cantor goiano Rubi.

 
Quem dá as boas-vindas aos músicos e convidados é a anfitriã Letícia Sabatella, que bem antes de entrar em cena já observava e se divertia durante os ensaios. “Estou super feliz com esse ritual em torno desta figura, que é o Gonzagão”, declara a apresentadora. Para abrir a noite, a música “Baião” é interpretada por Elba, que também canta “Juazeiro”, “Asa Branca” e “Vida de Viajante”. O cantor Rubi, acompanhado por quatro músicos, faz uma apresentação com influências da dança e do teatro das canções “Respeita Januário”, “Assum Preto” e “A Volta de Asa Branca”. Do centro-oeste para o nordeste. No outro lado do palco, se apresentam os cinco paraibanos que vêm divulgando o forró mundo afora, apresentando suas versões de “Dezessete e Setecentos”, “Morte do Vaqueiro” e “Pau de Arara”.

 
Uma ilustre presença na platéia acompanha a cantora Marina Elali, a sua avó, dona Yolanda, que foi casada com Zé Dantas, parceiro musical de Gonzagão. A avó aproveita para prestigiar a neta e lembra canções que fizeram parte de sua história. A jovem cantora nascida no norte do Brasil interpreta “Qui nem Jiló”, “Xote das Meninas” e “Sabiá”.

 
Som Brasil exibe ainda imagens de arquivo com declarações inesquecíveis de Gonzagão: “Nasci para ser humilde, nasci para ser simples. Nasci para unir as pessoas, para unir gente. E me tornei um cantor de massa em São Paulo.” Foi no Sertão de Pernambuco, a 700 quilômetros de Recife, em uma casa de barro batido, no Sítio Caiçara, que no dia 13 de dezembro de 1912, nasceu Luiz Gonzaga. Em mais de 50 anos de carreira, e quase 200 discos gravados, o cantor criou alguns dos maiores clássicos do nosso cancioneiro popular e ajudou a quebrar o preconceito contra a música regional. Para o diretor Luiz Gleiser “a diversidade de versões que continuam a ser feitas, geração após geração de músicos, comprova a atualidade e a perenidade da obra de Gonzagão”.

 
O Som Brasil é escrito por Flávio Marinho, Rafael Dragaud, tem direção de Mário Meirelles e Sergio Cunha e direção de núcleo de Luiz Gleiser. A  produção musical leva as assinaturas de Guto Graça Melo, Ricardo Leão e Guilherme Dias Gomes e a coordenação musical é de Wagner Faria. Som Brasil Gonzagão será exibido no dia 30, sexta-feira, logo após o Programa do Jô. A próxima edição do programa, em junho, será dedicada ao cantor Cazuza.

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