NaTelinha entrevista Juliana Baroni, a protagonista de Dance Dance Dance
Publicado em 01/10/2007 às 18:16
“A principal diferença está na estrutura, tudo na Globo é grande”.
Nesta entrevista exclusiva concedida ao jornalista Endrigo Annyston (www.cenaaberta.blogger.com.br) para o NaTelinha, Juliana apresenta sua nova personagem aos telespectadores, fala das dificuldades enfrentadas para compor Sofia e também do desejo de que Dance Dance Dance se torne um musical apresentado Brasil a fora, como ocorreu com Floribella. Confira:
A novela é um musical, formato que deu certo com Floribella. Qual o principal diferencial de um folhetim assim?
Juliana Baroni: A principal diferença é que usamos música e dança para contar a história. As coreografias são preparadas para retratar os momentos dos personagens, como encontros e desencontros. Além disso, todas as idades gostam de dança, independente do ritmo.
É mais trabalhoso ter de atuar, dançar e cantar ao mesmo tempo? E onde tem enfrentado maior dificuldade, no canto ou na dança?
JB: Sim, claro. A maior dificuldade está na falta de tempo para ensaiar a dança. Não sou bailarina clássica e preciso aprender os passos e a forma de vida de uma bailarina.
Na época de Paquita, você viveu experiência semelhante. Ainda mantinha o fôlego dessa época ou havia relaxado nas atividades físicas e, por conseqüência, tem enfrentado maior dificuldade ao conciliar os ensaios com as gravações?
JB: A proposta de Dance é diferente. As coreografias das Paquitas eram para crianças, e, por isso, tinham que ser fáceis e repetitivas. Em Dance, já dancei tango, hip hop e ballet – o que exige muito trabalho, mesmo de quem possui uma grande ligação com a dança. Além disso, naquela época eu não era atriz.
Como tem sido sua rotina de trabalho?
JB: Quase doze horas de trabalho por dia! Além das gravações, tenho aulas de dança, canto e russo.
Como é a Sofia, e o que tem de Sofia na Juliana?
JB: A primeira fase da novela lembra muito a minha vida pessoal. Também saí de uma cidade pequena em busca de um grande sonho. O que temos em comum é a força de vontade e a fé.
A novela terá como um de seus cenários uma escola de artes cênicas. Parte de seu trabalho nos bastidores será transmitido ao grande público, então?
JB: Com certeza! Será a chance de apresentar ao público todas as dificuldades enfrentadas por bailarinos, atores e cantores.
Dance, Dance, Dance renderá apresentações pelo Brasil, como ocorreu com Floribella?
JB: Desejo que isso aconteça! Gosto muito da troca com o público, como acontece nas apresentações de teatro e nos shows musicais.
Qual sua participação na trilha sonora da novela, é total? Contarão também com artistas consagrados no meio musical ou as músicas serão todas gravadas pelo elenco?
JB: Não, além de mim outros atores gravaram algumas faixas.
É a primeira vez que você faz uma novela fora da Globo. Qual a principal diferença que você nota entre as duas emissoras?
JB: Na verdade, já fiz uma novela em Portugal, Senhora das Águas. A principal diferença está na estrutura, tudo na Rede Globo é grande e eles produzem novelas há muitos anos. Na Band, o clima lembra mais uma produção de teatro, onde todos vestem a camisa e participam de todas as etapas.
E as novas madeixas, já se habituou com o visual?
JB: Sim, parece que sempre fui assim. A mudança de visual foi essencial para mim, foi o nascimento da Sofia.
Juliana, você é a própria menina do interior que foi cantar, dançar, interpretar, e fazer sucesso na TV, e você sabe que esse é o sonho de muitos jovens. Que recado você daria pra eles?
JB: Que nunca desistam. Um primeiro passo é procurar bons cursos e estudar muito. Depois é só contar com muito trabalho, esperança e sorte!