Virou realidade

Fernanda Torres descartou Oscar nos anos 90: "Não vai rolar nunca"

Indicada como melhor atriz, brasileira duvidou que um dia concorresse à premiação


Fernanda Torres
Trecho de entrevista concedida por Fernanda Torres em 1998 viralizou nesta quinta-feira (23) - Foto: Reprodução
Por Walter Felix

Publicado em 23/01/2025 às 13:50,
atualizado em 23/01/2025 às 14:00

Com a indicação de Fernanda Torres ao Oscar de melhor atriz, internautas resgataram uma entrevista da atriz ao Roda Viva em 1998. Na ocasião, ela descartou a ideia de que um dia pudesse ser indicada à premiação mais cobiçada do cinema – o que aconteceu nesta quinta-feira (23).

“Quando ganhei em Cannes, o meu tio Paulo virou para mim, acho que ele nem sabia direito onde era Cannes, e falou: ‘Quero te ver um dia no Oscar’. Eu olhei para ele e falei: ‘Nossa, o tio Paulo não tem ideia da ralação que é e da sorte que é chegar até aqui. O Oscar não vai rolar nunca!”, cravou Fernanda Torres.

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Na época, ela comentava a indicação do filme O Que é Isso, Companheiro? (1997) ao Oscar de melhor filme estrangeiro. A brasileira já havia alcançado um grande feito: o prêmio de melhor atriz no cultuado Festival de Cannes em 1986, pelo filme Eu Sei que Vou te Amar.

Agora, Fernanda Torres se tornou a segunda atriz brasileira a ser indicada ao Oscar de melhor atriz. A primeira foi a mãe dela, Fernanda Montenegro, que concorreu em 1999 por Central do Brasil, também dirigido por Walter Salles.

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Ainda Estou Aqui ainda conquistou outras duas indicações ao Oscar: como melhor filme e melhor filme internacional. É a primeira vez que uma produção totalmente brasileira é nomeada na principal categoria da premiação – O Beijo da Mulher Aranha (1985) era uma coprodução com os Estados Unidos.

Após o anúncio dos indicados, Fernanda publicou um vídeo no Instagram comentando as nomeações. Emocionada, ela disse: “Eu amo o Brasil. Estou muito orgulhosa de uma história brasileira fazer sentido no mundo”. Confira:

Ainda Estou Aqui é baseado no livro homônimo e autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva. Narra a história da mãe do autor, Eunice Paiva (Fernanda Torres), que teve a família arrasada com o desaparecimento do marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), sequestrado, torturado e morto pelos órgãos de repressão na ditadura militar.

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