Ricardo Teodoro comemora novo ciclo na carreira e dá dica do final de Olavo em Vale Tudo
Ator revela nova parceria com Cauã Reymond após a novela e opina sobre a possibilidade de seu personagem ser o assassino de Odete Roitman
Publicado em 14/10/2025 às 04:44,
atualizado em 14/10/2025 às 10:08
Ricardo Teodoro sente que encerrou um ciclo na carreira e começou outro após o trabalho como Olavo em Vale Tudo. Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, o ator de 37 anos, com 18 de carreira, faz um balanço do primeiro papel de destaque em novelas e dá dica sobre o desfecho de seu personagem.
“Durante muito tempo, minha relação com o audiovisual foi de pequenas participações em séries e novelas. As grandes oportunidades vieram mais tarde, principalmente através do cinema independente”, comenta Ricardo Teodoro.
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Ele foi escalado para Vale Tudo depois do desempenho como um garoto de programa no filme Baby (2024), que lhe rendeu prêmios. “A TV tem uma potência de alcance muito grande, e é muito bonito sentir esse reconhecimento vindo também desse público que me descobre agora.”
Olavo começou discreto e aos poucos foi ganhando espaço na trama. O affair com Celina (Malu Galli) garantiu todo tipo de cantadas ao ator nas ruas e nas redes sociais, como ele comentou recentemente.

A parceria com César (Cauã Reymond) também ganhou força e popularidade, principalmente nos últimos meses. “A partir do bebê reborn, a relação dos dois ganhou força, começou a movimentar a trama de um jeito inesperado. Foi bonito ver esse crescimento acontecer de forma tão orgânica.”
O entrosamento com Cauã Reymond foi tão grande que, com o fim da novela, os dois atores já engatam uma nova parceria em O Último Lance, série idealizada e produzida pelo colega. Com o fim das gravações, Ricardo Teodoro também pretende se dedicar ao cinema e ao teatro.
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Antes, ainda falta o ponto final da história do horário nobre. O ator diz que “adoraria” ser o assassino de Odete Roitman (Débora Bloch). “Seria uma virada deliciosa de fazer. O Olavo tem essa dualidade que permite tudo. Ele pode ser vítima, cúmplice ou até o próprio vilão.”
Ele faz mistério sobre o fim do personagem, mas lança um ditado que indica o que acontece com Olavo no desfecho da trama: “Como se diz: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
Leia a íntegra da entrevista com Ricardo Teodoro, o Olavo de Vale Tudo
NaTelinha: Esse é o seu primeiro papel de grande visibilidade na TV. O que uma novela representa para a sua carreira, que já tinha despontado pelos trabalhos no cinema?
Ricardo Teodoro: Tenho 18 anos de carreira, e durante muito tempo minha relação com o audiovisual foi de pequenas participações em séries e novelas. As grandes oportunidades vieram mais tarde, principalmente através do cinema independente, que foi o espaço onde eu realmente consegui mostrar o meu trabalho e ganhar visibilidade. O filme Baby, por exemplo, mudou tudo.
Estar agora em uma novela, e justamente em Vale Tudo, é como fechar um ciclo e começar outro. A TV tem uma potência de alcance muito grande, e é muito bonito sentir esse reconhecimento vindo também desse público que me descobre agora.
Vale Tudo é a minha primeira novela do começo ao fim, e mesmo com 18 anos de carreira foi um desafio enorme lidar com o ritmo. Na TV, tudo acontece muito rápido — você entra no set e precisa criar, gravar e entregar quinze cenas no mesmo dia. É um outro tipo de concentração.
NaTelinha: Olavo começou discreto e assumiu grande destaque na segunda metade de Vale Tudo. Isso já estava previsto no início?
Ricardo Teodoro: A novela é uma obra aberta. Por mais que fosse um remake, especialmente para personagens como o Olavo, que não estão no centro da trama principal, há sempre um espaço de expansão, de se colocar a favor da história. E foi exatamente isso que aconteceu.
A parceria com o personagem do Cauã Reymond, o César, funcionou muito bem, e a partir do bebê reborn a relação dos dois ganhou força, começou a movimentar a trama de um jeito inesperado. Foi bonito ver esse crescimento acontecer de forma tão orgânica.

NaTelinha: Para dar vida ao Olavo, você buscou inspirações, seja na ficção ou na realidade? Quais foram elas?
Ricardo Teodoro: Desde o início, eu quis construir um Olavo que o Brasil pudesse gostar. Um trambiqueiro gente boa, sabe? Aquele tipo de pessoa que a gente reconhece, porque todo mundo conhece um Olavo. Alguém que a gente sabe que não tem a conduta mais correta, mas que mesmo assim você convidaria para um churrasco.
“Eu encontrei muitos ‘Olavos’ pela vida, principalmente sendo ator, num meio em que às vezes aparecem pessoas vendendo sonhos mirabolantes, promessas de testes, castings, oportunidades. Esse universo foi um material muito rico pra mim, porque me permitiu entender de onde vem esse tipo de charme e esperteza.”
NaTelinha: Você teve algum contato com o Paulo Reis, que viveu o Olavo em 1988?
Ricardo Teodoro: Cheguei a assistir aos primeiros capítulos em que ele aparece e fiquei impressionado com o trabalho dele. Mas percebi que, se continuasse vendo, poderia acabar reproduzindo algo inconscientemente. Então parei e segui construindo um novo Olavo, com outra energia e outro tempo.
Tenho contato com o Paulo, conversamos pelo Instagram e pelo WhatsApp. Ele é um mestre querido, e eu reconheço muito o que ele fez. Só existe o Olavo de 2025 porque ele construiu o de 1988.
NaTelinha: O que pode nos adiantar sobre a reta final do personagem? O que o público pode esperar?
Ricardo Teodoro: Como se diz: 'Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura'. É isso (risos).
NaTelinha: Olavo está entre os suspeitos do público na morte da Odete Roitman. O que você acharia desse final para ele?
Ricardo Teodoro: (risos) Eu adoraria! Seria uma virada deliciosa de fazer. O Olavo tem essa dualidade que permite tudo. Ele pode ser vítima, cúmplice ou até o próprio vilão. O que me encanta é justamente esse mistério que o cerca, essa capacidade de estar sempre um passo à frente ou fora do lugar comum.
NaTelinha: Conte sobre seus projetos agora que a novela está chegando ao fim.
Ricardo Teodoro: Agora eu começo O Último Lance, uma série idealizada e produzida pelo Cauã para o Globoplay. É o meu próximo trabalho certo, e estou muito animado com o que vem por aí.
Tenho também uma possibilidade de longa-metragem no segundo semestre, mas ainda em fase de conversas. E confesso que estou com muita saudade de fazer teatro — quero muito voltar aos palcos em 2026.
Então é isso: seguir no audiovisual, mas com esse desejo de reencontro com o palco, que é sempre o meu ponto de partida.
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