Irmão de Luciano Huck revela que já foi estuprado
Cineasta Fernando Grostein faz mergulho na vida pessoal em novo documentário, Quebrando Mitos
Publicado em 31/08/2022 às 19:56,
atualizado em 31/08/2022 às 19:58
Cineasta e irmão de Luciano Huck, Fernando Grostein fez uma longa confissão à revista Piauí em que detalha episódios traumáticos de sua vida. Ele, que é dono da página progressista Quebrando o Tabu nas redes sociais, contou que já foi estuprado na adolescência e passou pela situação traumatizante novamente aos 28 anos. Porém, ele preferiu não dar detalhes sobre a segunda vez por ainda não ter forças para enfrentar o passado.
Em depoimento ao jornalista João Batista Jr, Grostein fez um desabafo em primeira pessoa no texto "Há vários modos de matar um gay". No relato, o cineasta conta que desde muito novo foi obrigado a esconder sua sexualidade.
Na escola, por exemplo, ele sofria bullying de colegas e professores por ter participado de uma reportagem do antigo SPTV sobre ter começado a cultivar orquídeas para superar o luto. Na infância, Fernando perdeu o pai Mário de Andrade por conta de um infarto fulminante.
O primeiro estupro do artista aconteceu quando ele era adolescente. Em suas palavras: "Eu era um adolescente com traços bastante andróginos. Quando tinha 14 anos, durante uma festa em uma boate, homens me seguraram à força e penetraram meu ânus com o dedo. Desde então, passei a anular o meu modo de ser: empostava a voz, para fazê-la mais grossa, e me reprimia na hora de caminhar, para parecer mais masculino. Nas festas, evitava dançar, para não associarem meus modos com o que rejeitavam. Passei até a reproduzir falas machistas e homofóbicas, a fim de esconder minha verdadeira identidade", contou.
Iniciação sexual forçada
Após a violência sofrida, Fernando conta que teve que fingir ser heterossexual para não sofrer mais. Ele, inclusive, relatou que aos 17 anos foi convencido por amigos a transar com uma ex-capa da Playboy para que não ficasse mal visto pelo grupo.
"Foi quando perdi a virgindade, aos 17 anos. A homofobia pode ser tão cruel que é capaz de tirar o direito de a pessoa ter sua primeira relação sexual de maneira privada, com quem deseja e escolheu de verdade. Aos 18 anos, sofri assédio sexual. Aos 20, vivendo sempre às escondidas e com medo, fui sequestrado por um garoto de programa. Aos 28, fui estuprado mais uma vez, porém sobre este episódio não consigo falar ainda.
"Fernando Grostein
Novo documentário
Por fim, Fernando explica porque fez esse mergulho em sua vida pregressa: o cineasta lança seu novo documentário Quebrando Mitos no seu canal do YouTube em 13 de setembro.
A ideia do título é de mesclar a trajetória do presidenciável Jair Bolsonaro (PL), que já cometeu atos de homofobia publicamente, com as que ele sofreu durante toda a vida.
"No filme Quebrando Mitos, tomei a decisão de abrir minha vida e revelar minhas vulnerabilidades com o objetivo de despertar a discussão entre gays e seus familiares. A homofobia silencia, apaga e mata. O amor, o acolhimento nos faz mais fortes para enfrentar qualquer tempestade, que, assim como esse governo, vai passar. E voltar ao Brasil sem me sentir ameaçado", finalizou.
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