Eterno James Bond

Polêmica com mulheres e paixão pela Escócia: a vida de Sean Connery

Ator nunca deixou de se posicionar em diversos assuntos


Sean Connery em premiação
Sean Connery morreu aos 90 anos - Foto: Reprodução

Sean Connery morreu neste sábado (31) aos 90 anos e tem recebido homenagens, já que foi o primeiro James Bond, do filme 007. Ao longo da carreira, a imprensa britânica fez questão de acompanhar a sua vida pessoal e o ator nunca fugiu de polêmicas. Mulherengo, teve diversos relacionamentos e também assumiu publicamente que não considerava errado um homem bater em mulher. Ele também foi defensor ferrenho da independência da Escócia, tanto que doou muito dinheiro em defesa do seu país.

Em 1971, o ator era o ator mais bem pago do mundo do cinema para interpretar o filme 007. Metade da quantia foi destinada para um partido político e também para uma instituição que ajudava crianças carentes da Escócia. Controverso, Sean sempre teve “inimigos” e “apaixonados”, por conta disso, o NaTelinha listou as maiores curiosidades da vida dele.

Confira:

Sean Connery e agressão a mulher

Polêmica com mulheres e paixão pela Escócia: a vida de Sean Connery

Em 1965, Sean deu uma entrevista para um jornal britânico e revelou que já tinha batido em uma mulher. Ele explicou que há justificativas para que um homem levanta a mão para uma pessoa do sexo feminino. “Não penso que haja nada particularmente errado em bater em uma mulher, embora eu recomende não o fazer da mesma forma que se faria com um homem. Um tapa aberto é justificável se todas as alternativas falharam e houve alertas suficientes”, disse na época.

Em 1985, quando questionado sobre o tema pela apresentadora Barbara Walters, ele seguiu defendendo a tese. “Não penso que é tão ruim, penso que depende inteiramente das circunstâncias, se há merecimento. Se você tentou tudo antes — e mulheres são muito boas nisso — e elas não querem deixar quieto e têm que dar a última palavra, então você dá a última palavra a elas. Mas se elas não ficam satisfeitas mesmo assim e querem levar o assunto de forma provocativa… Então, penso que é absolutamente correto”, disparou.

Com a repercussão negativa, ele voltou atrás, pediu desculpas e disse que não é tolerante que um homem bata numa mulher. Na ocasião, seu novo posicionamento diminuiu a rejeição que vinha crescendo em torno do seu nome.

Relacionamentos

Polêmica com mulheres e paixão pela Escócia: a vida de Sean Connery

Sean Connery era um homem alto e tinha o corpo malhado, já que fez parte da Marinha e praticava esporte. Ele teve diversos relacionamentos na sua juventude – tanto que perdeu a virgindade com 14 anos – com mulheres consideradas belas na época. Em 1962, casou-se com a atriz australiana Diane Cilento, com quem teve um filho, Jason Joseph.

Em 2006, Diane disse que Sean foi um péssimo marido, lhe causando pressão psicológica e também praticando abusos físicos. Em 1975, o ator se causou com Michelline Roquebrune Connery, vivendo com ela até o final da sua vida.

Michelline nunca escondeu que era apaixonada por Connery, mas ficou chateada ao descobrir o relacionamento extraconjugal que o marido manteve com a cantora e compositora Lynsey de Paul no final dos anos de 1980. Na época, se tornou um grande escândalo no Reino Unido.

Cirurgia

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Aos 63 anos, Connery passou a apresentar as primeiras limitações físicas, tanto que foi diagnosticado com nódulos na garganta. Em 1993, precisou passar por uma radioterapia e eliminou o problema. Dez anos depois, acabou fazendo uma cirurgia nos dois olhos por causa de catarata.

Apoiador da independência da Escócia

Polêmica com mulheres e paixão pela Escócia: a vida de Sean Connery

Sean nasceu na Escócia e seu sonho era que o país se tornasse independente do Reino Unido. O artista foi um dos colaboradores do Partido Nacional Escocês e hoje o país ter um parlamento próprio. Ele ganhou o título de Cavalheiro do Reino Unido da Grã-Bretanha, mas a cerimônia ocorreu na sua terra natal.

Durante a cerimônia, a Rainha Elizabeth entregou o título de Sir e o ator fez questão de usar um traje típico escocês, um kilt de caça do clã MacLean. Na ocasião, ganhou elogios da imprensa da Escócia, mas jornalistas da Inglaterra ressaltaram que Connery não pagava as altas taxas impostas pelo governo do país vizinho, questionando a paixão dele pela sua pátria.

Tatuagens

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Connery ingressou na Marinha Real em 1946, quando tinha apenas 16 anos, e fez duas tatuagens. Ele optou por fugir de desenhos tradicionais da época e escolheu firmar dois compromissos em seu próprio corpo: sua família e a Escócia.

A primeira tatuagem era uma homenagem aos seus pais e diz: “Mamãe e papai”. O ator nunca escondeu sua admiração pelos seus pais. A segunda era autoexplicativa: “Escócia para sempre”.

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