Eletrizante e musical, novo game da Globo resume décadas de forma dinâmica e divertida
Enfoque NT analisa a estreia de "Os Melhores Anos de Nossas Vidas"
Publicado em 12/10/2018 às 00:55
A Globo estreou na noite desta quinta-feira (11) o game-show "Os Melhores Anos das Nossas Vidas" sob o comando de Lázaro Ramos e direção de Bernardo Portugal.
O formato consiste em uma disputa entre décadas, representados por cinco personalidades: Marcos Veras (60), Marco Luque (70), Lucio Mauro Filho (80), Ingrid Guimarães (90) e Rafa Brites (2000). O primeiro embate ocorreu entre os anos 1980 e 1990.
A cada programas, duas décadas se enfrentam apresentando fatos da época, como notícias, programas de TV, desenhos, músicas, estilos de danças, etc. O primeiro vencedor foi a década de 90. A votação é realizada a cada elemento mostrada por uma plateia de universitários de 18 a 20 anos. No final da temporada de 10 episódios, a década que tiver a maior pontuação, será considerada a melhor.
Pragmático sem perder a espontaneidade e o dinamismo, "Os Melhores Anos de Nossas Vidas" é um grande acerto da Globo, e fica claro a escolha por um ator na função de apresentador justamente pelo roteiro. Lázaro Ramos dá conta do recado e segurou bem a peteca. Não que outro que faça a função especificamente, como a escanteada Angélica não desse conta, mas justamente por seguir um script, até por se tratar de um formato, a emissora optou pela escolha de Lázaro, o que acompanha uma certa tendência, vide Taís Araújo no "Popstar".
Como a Globo não brinca em serviço, ela conseguiu reunir em um formato de uma hora, atrações de peso como Paulo Ricardo, Chitãozinho e Xororó, André Frateschi, Pepeu Gomes, Art Popular e até dubladores de personagens infantis famosos. Na disputa para ver qual década tinha os melhores desenhos, a emissora mostrou cenas de "Pokémon" e "As Meninas Superpoderosas", que fizeram sucesso na Record TV e SBT, respectivamente.
Dois dubladores deram as caras na atração de estreia: Garcia Junior, o He-Man e Marisa Leal, que deu voz à Baby, estrela de "Família Dinossauros', protagonizando uma conversa divertida para o delírio da plateia.
Apesar de ser classificado como game-show, o programa acaba tendo um viés de documentário por receber convidados e darem seus pontos de vista sobre determinada passagem da década apresentada. Pedro Bial, por exemplo, relembrou a queda do Muro de Berlim, em 1989.
A música se faz presente e é ela quem dita o ritmo de "Os Melhores Anos de Nossas Vidas". Seja com convidados marcantes da década ou com o próprio elenco do programa fazendo disputas entre canções que embalaram aqueles tempos.
O horário, infelizmente, não é dos melhores. Terminando por volta das 00h40, o programa poderia ser encaixado perfeitamente após a novela ou até aos domingos à tarde.
"Os Melhores de Nossas Vidas", aliás, tem até o DNA dos programas de auditório do SBT: vibrante, pulsante. Adjetivos esses que, bem verdade, acabaram se perdendo nos últimos tempos.
Em um gênero que já não tem mais tanta força como em outros tempos, o game surge como excelente opção em meio a uma programação cada vez mais homogênea.