"Os Trapalhões" estreia com Bruno Gissoni destoando dos demais
Enfoque NT analisa a estreia do novo "Os Trapalhões" no Canal Viva
Publicado em 18/07/2017 às 11:27
Ô, da poltrona! Estreou na noite desta segunda-feira (17) a nova versão de "Os Trapalhões" no Canal Viva, numa parceria com a Globo.
Como os quatro novos trapalhões, temos Didico (Lucas Veloso), Dedeco (Bruno Gissoni), Mussa (Mumuzinho) e Zaca (Gui Santana).
Embora Renato Aragão tenha pedido para que o público e a crítica não comparasse os quatro aspirantes a trapalhões aos antigos, é difícil não se recordar dos trejeitos e vozes de todos ali que fizeram grande sucesso na Globo até a década de 1990.
O formato é o mesmo, com esquetes, e a impressão que se tem é a de humor realmente envelhecido, que infelizmente não se vê mais nos dias de hoje. A palhaçada pela palhaçada, e o pastelão pelo pastelão.
Desta vez, como "os tempos são outros", bem como disse Dedé Santana numa das esquetes depois de uma piada de cunho homossexual, a atração ganhou uma roupagem mais politicamente correta.
Lucas Veloso como Didico impressionou diversas vezes pela semelhança com o eterno Didi. O timbre de voz, os trejeitos, de fato, são bastante semelhantes.
A ideia que parecia cair num fiasco inevitável para a produção de um revival só não foi pelo esforço de seus integrantes. Mumuzinho como Mussa foi um gol de placa. Não tão caricato como Zacarias, mas com suas particularidades difíceis de serem imitadas ou reproduzidas de maneira fidedigna, o tiro não saiu pela culatra. Em algumas ocasiões, parecia o próprio Mussum.
Gui Santana na pele do mais imitado deles, o Zaca, deu show. Desde os primeiros teasers, foi claro o acerto do nome e certamente não haveria outro melhor.
Já Bruno Gissoni, talvez por ficar com o menos caricato deles, e invariavelmente, o menos imitado, destoou dos colegas. Parecia estar sobrando. Atuação ofuscada. Sem brilho. Seu melhor momento foi na pele de Sansão, na barbearia de Didico. Nem como escada convenceu.
"Os Trapalhões" fez rir. Não como outrora, mas provou que essa nova geração, apesar de fazer humor em outros tempos, é capaz de conquistar quem está em casa na busca de algo pouco apelativo.
Mais infantil, o programa que só estreia em setembro nas tardes de domingo da Globo, tem tudo para agregar ainda mais público na faixa e, quem sabe, conquistar novas temporadas.