Opinião

Drag Race Brasil é bom, mas faltou Xuxa e precisa evoluir

Reality tem versão brasileira bem feita, mas esquece de tentar conquistar novos públicos


Montagem com Xuxa e Grag Queen
Xuxa foi cogitada para Drag Race Brasil, mas Grag Queen foi escolhida - Foto: Montagem/NaTelinha

Com uma espera de 14 anos, desde que estreou o formato original nos EUA com RuPaul e virou um fenômeno mundial, chegou ao país em agosto a primeira temporada do reality Drag Race Brasil, pela Paramount+ e MTV. Com apresentação de Grag Queen, o programa consegue abrasileirar o modelo norte-americano com perspicácia, mas peca pela ausência de nomes de peso no projeto, como Xuxa Meneghel, para furar a bolha LGBTQIAPN+ e dar mais visibilidade à arte drag.

Drag Race Brasil tem uma produção de qualidade honesta, mas toda formatada para o nicho. Nem os jurados escolhidos têm a força para alavancar novas audiências. Além disso, Grag Queen ainda engatinha como apresentadora e precisaria de mais tempo para não ser exposta em um projeto tão grandioso.

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Acredito que quando surgiu o RuPaul's Drag Race, o reality foi importantíssimo para levar luz a artistas que sempre foram marginalizados, mas isso foi em 2009 e precisamos avançar. Dar um passo à frente. O maior erro das 13 franquias de Drag Race no mundo é não entender a necessidade dessa evolução.

Franquia Drag Race precisa evoluir 

Drag Race Brasil é bom, mas faltou Xuxa e precisa evoluir

As luzes desses artistas precisam chegar às famílias, quebrar preconceitos e trazer o reconhecimento de todos os públicos. Até quando esse produto será apenas para atender ao vale?

Quando surgiram as primeiras informações da chegada do Drag Race no Brasil, Xuxa Meneghel foi cogitada para participar do programa e, assim que seu nome surgiu, foi atacada por muitos nas redes sociais. A principal reclamação era que deveria seguir a bíblia do formato e ter um representante LGBTQIAPN+ no comando do programa. Uma grande bobagem porque o mais importante do reality é dar vitrine para a arte drag.

Sandro Nascimento

Drag Race Brasil pode ensaiar essa evolução na segunda temporada. Nesta que está no ar, é apenas uma versão de 2009 feita no país. Isso não é ruim, mas o tempo passou e o formato já pode flertar com voos mais altos.

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