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O aniversário de 6 anos do "Programa Silvio Santos" e suas transformações

Confira análise da coluna "Enfoque NT"


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Divulgação/SBT

O "Programa Silvio Santos" estreou em 1962, é verdade. Mas nesta roupagem que tem atualmente, completou seis anos no último domingo (01) no SBT.

O "PSS" versão 2008 foi uma cartada de Silvio após sucessivos insucessos naquela época, como o "Vinte e Um", "Você é Mais Esperto Que Um Aluno da 5ª Série?", "Rei Majestade", "Nada Além da Verdade", dentre outros. Voltando a fazer o que lhe fizera ainda mais conhecido e popular (a arte de jogar dinheiro em formato de aviãozinho), a ideia era minar qualquer chance de crescimento da Record e abocanhar de vez o segundo lugar do horário.

Não só deu certo, como também incomodou a Globo. O programa de seis anos atrás era um pouco diferente, já que tinha como diretor Roberto Manzoni, o Magrão, hoje à frente do "Domingo Legal". Quando Gugu foi para a Record, em 2009, o "PSS" migrou para a noite e a direção da atração ficou nas mãos de Fabiano Wincher.

E lá se vão cinco anos no mesmíssimo horário (salvo um domingo em que o patrão enlouqueceu e o colocou às 17h) com uma liderança incontestável após às 23h. E pela Globo já passaram “Junto & Misturado”, “Domingo Maior”, “Revenge”, “Sai de Baixo”, o até então imbatível "Big Brother Brasil" e o mais novo saco de pancadas, o reality musical "SuperStar".

Por mais que o tempo passe, as circunstâncias mudem, Silvio Santos é, e sempre será, uma pedra no sapato da Globo.

Sua capacidade de transformar nada em audiência é impressionante. Não é de estranhar se ligarmos no programa de Silvio Santos e o vermos mandando tocar por dois ou três minutos alguma música de Julio Iglesias e assistirmos tudo aquilo no mais absoluto silêncio, olhando atentamente para algo "ilógico" e que nenhum outro programa faz.

O "Jogo dos Pontinhos", claro, é o ponto alto do programa, jutamente com as "Câmeras Escondidas". Seu bate-papo com aquela turma de sempre (leia-se Patricia Abravanel, Alexandre Porpetone, Hellen Ganzarolli, Lívia Andrade, Flor e Carlinhos Aguiar) é impagável e as conversas mais hilárias e absurdas saem na última hora.

O que falta?

Nos primeiros meses, havia o "Sucesso de ontem e de hoje". Um musical em que artistas relembravam antigos êxitos e depois, o atual. Falta isso no "PSS". Musicais, levar artistas renomados para que Silvio possa contracenar, brincar, etc. O quadro foi abolido com a troca de direção.

Silvio Santos resistiu ao tempo. É o mesmo, sem deixar de se reiventar e é clássico, sem ser velho. Um verdadeiro fenômeno da comunicação.
 

Contatos do colunista: thiagoforato@natelinha.com.br - Twitter: @Forato_

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