BBB21: João Luiz comenta papo de Tiago Leifert com brothers
Apresentador discursou sobre comentário racista feito por Rodolffo
Publicado em 07/04/2021 às 01:03,
atualizado em 07/04/2021 às 01:08
Logo após a eliminação de Rodolffo no BBB21, João Luiz e Camilla de Lucas conversaram sobre o papo que Tiago Leifert teve com os confinados antes do anúncio doo paredão. "Eu achei o que o Tiago falou muito sensível”, comentou o professor de geografia.
A influenciadora disse que o apresentador disse tudo que eles queriam falar e não conseguem. "Foi muito sensível da parte dele, foi didático, foi necessário", reforçou João Luiz. "Eu falando da minha peruquinha. Só rindo para não chorar", disse Camilla. O mineiro, então, pediu para fazer um carinho na sister.
Rodolffo foi o nono brother eliminado do reality show. O sertanejo deu adeus ao programa com 50,48% dos votos. O cantor disputou a permanência no programa com Caio e Gilberto. Eles conquistaram 44,09% e 5,43% dos votos do público, respectivamente.
Tiago Leifert discursa sobre racismo no BBB21
Durante o programa ao vivo, Tiago Leifert conversou com os brothers sobre o episódio envolvendo João Luiz e Rodolffo. O sertanejo havia comparado o cabelo do professor com o de um homens das cavernas.
"Bastião, aquele assunto do João foi um assunto que tava muito restrito ao João, a Camilla e ao Gil. Vendo o que aconteceu ontem no jogo e vendo a forma como você se defendeu na hora, me preocupou e é por isso que eu tô aqui pra conversar com você de homem branco pra homem branco", iniciou o apresentador.
"Eu vi sua defesa, Bastião, e quando eu era mais novo no colégio, brincavam com meu cabelo. Meu cabelo também não é liso. (...) Porque o meu cabelo, pra mim, assim como pra você, pro seu pai, pra sua tia, é um negócio que tá espetado no meu crânio não faz a menor diferença na minha vida. (...) Eu não tô nem aí pro meu penteado, se meu cabelo tá caindo. (...) Um cabelo black power, que é o cabelo do João, não é um penteado, é mais que um penteado, é um símbolo de luta, de resistência. Foi o que os pretos americanos usaram como símbolo antirracista", disse Leifert.
"É por isso que quando a gente faz um comentário sobre o cabelo do João, a gente não tá falando de penteado que é o que você achou que você tava fazendo. Como você encararia, e eu, como homem branco, por muitos anos encarei. Você tá falando de um símbolo. Você tá falando do que o João é, do que o João sente, do que o João viveu na pele dele, da história do João, da ancestralidade do João. Tem muito ali", continuou.
"Eu não vejo maldade no que você fez e ao mesmo tempo legitimo a dor do João. Porque tem milhares de meninos e meninas, pretos e pretas, que sentem a dor que o João sentiu. E a dor que o João sentiu não discerne entre um comentário ingênuo e um comentário maldoso. (...) O sem querer e o de propósito doem do mesmo jeito. É por isso que nós, brancos, precisamos nos informar. (...) Eles não querem mais ensinar, eles estão de saco cheio de ensinar. (...) A gente tem acesso, você é um artista. Eu sou jornalista. É nossa obrigação ir atrás desse tipo de informação e não cometer esse tipo de erro mesmo que seja sem querer", completou o apresentador.
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