Publicado em 18/09/2024 às 16:40:00,
atualizado em 19/09/2024 às 13:36:48
A Globo exibe no próximo dia 23 de setembro, logo depois do Estrela da Casa, o especial Falas de Acesso , em razão do Dia de Luta da Pessoa com Deficiência (21). O programa terá apresentação de Flávia Cintra, com direção artística de Patricia Carvalho, direção de Pedro Henrique França e Daniel Gonçalves e roteiro de Malu Vergueiro.
Durante o programa, esquetes de humor também serão apresentadas, com as participações de Letícia Colin e Eduardo Sterblitch, além do próprio Pedro. O público vai poder refletir sobre situações do cotidiano de pessoas com deficiência em eventos, como balada e casamento, assim como em um ambiente corporativo. O especial tem como consultores Camila Alves, Haonê Thinar, Priscila Siqueira, Léo Castilho, Pedro Fernandes, Clara Kutner, Wanderley Montanholi e o influenciador Ivan Baron .
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Letícia Colin não escondeu a satisfação de participar do projeto. "O convite veio do Pedro Henrique França, que é um amigo carioca e um artista que eu admiro demais. Fico sempre atenta para ver os trabalhos que ele dirige, que ele escreve. E tinha esse namoro para a gente trabalhar juntos, e sabia que em algum momento ia rolar. E aí ele me contou do Falas de Acesso, eu já tinha assistido Falas Femininas. E o projeto que tem muito orgulho do nosso audiovisual, de ter esse espaço, de produzir, a gente está finalmente verbalizando e dando contorno para esses assuntos, concretizando as coisas, trazendo-as à tona mesmo, de uma maneira cada vez mais forte, concreta", afirmou.
"Eu achei incrível porque é quando a gente fala das coisas com tanta profundidade e com tanta coragem, para até fazer humor delas, começa a chegar num ponto maduro para a gente conversar com a sociedade, para quem estiver assistindo, pensar sobre si mesmo, sobre seus comportamentos e de fato conseguir incluir, porque a gente vive muito uma demagogia, um preconceito, é algo que fica sempre em alguns circunscritos, alguns momentos do ano, em algumas datas comemorativas, mas não é. As pessoas estão aí vivendo suas vidas, e têm o direito e dignidade de vivê-las inteiramente, com as devidas ferramentas de acesso. Então Falas de Acesso é um nome perfeito", comentou.
"É uma vida de uma pessoa, não é um momento pontual no dia daquela pessoa com deficiência. É uma vida inteira, é onde, na verdade, tudo falta. Onde tudo exclui, não é? O mundo todo, o tempo todo é. E nós invisibilizamos essas pessoas, né? Marginalizamos essas pessoas. Temos preconceito. Me coloco nesse pacote também, porque a nossa sociedade da produtividade, do que se entende por excelência, perfeição, rendimento, alta performance, isso tudo adoece a gente, não é?", declarou a atriz.
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"E pessoas sem deficiência turvam a nossa visão. Por que o que é a vida? É a experiência da singularidade, na verdade. Então, acho que a gente precisa se reconectar com isso, né? Com a diferença, afirmar essa diferença, olhar para ela, abraçar. É ter amigos, ouvir, mudar coisas, lutar por elas. Não só em datas comemorativas, mas a gente está falando de vidas inteiras, de pessoas que têm famílias, que têm seu trabalho, que querem viver com liberdade e dignidade. Para isso, elas precisam das ferramentas", refletiu Leticia.
"Um dos momentos mais potentes que eu achei foi esse encontro de artistas que estão ali para reproduzir uma cena, representar, aqueles personagens que vão dar aquelas falas. Claro que o tema da pessoa com deficiência é o mais importante e o que estava acima de tudo e de alguma maneira estava tão assegurado, garantido, cuidado. E nosso foco era tanto esse que a gente se libertou muito para improvisar, que é uma coisa que nem sempre acontece, quando a gente está fazendo cena, ainda mais a gente que estava se conhecendo agora assim. Mas houve um espaço muito livre de criação também, de artista para artista, enfim, a gente conseguia assim fluir. Foi maravilhoso", concluiu Colin.
O diretor Pedro Henrique Fonseca também deu detalhes do Falas de Acesso. "Posso dizer que a minha experiência foi uma experiência completa em muitos sentidos. Eu estive na equipe de criação do formato e assino e dirijo o núcleo de esquetes, a nossa célula de dramaturgia dentro do Falas, além de atuar em uma delas. Foi meu primeiro contato com o Falas. Adoraria que não tivesse sido. E espero que não seja o único contato (risos)", afirmou.
Ele falou da necessidade do tema estar na tela de um canal do alcance da Globo. "Antes tarde do que mais tarde. Já tivemos algumas edições de Falas Negras, Femininas, do Orgulho e Indígena. Espero que esse movimento iniciado ali com todo aquela comoção do assassinato do George Floyd de fato seja constante. Que a gente não volte atrás nas mudanças que estão sendo feitas. Fico muito feliz de ver toda a trajetória da Samantha Almeida, por exemplo, dentro da Globo. Espero que esses movimentos sejam cada vez mais pra frente, constantes e diversos", declarou.
"A Globo é a maior emissora do país. E esse país ainda consome muita televisão aberta. E continuará consumindo. Além dela também fazer parte do streaming e seus conteúdos também irem pra lá. Não podemos ser ingênuos. O alcance de público da Globo é enorme e a gente tem que ocupar esse espaço. Estou muito feliz de fazer parte desse primeiro capítulo. Que, espero, tenham outros muitos", torceu o diretor.
"Ter Leticia Colin e Eduardo Sterblitch, dois gênios que eu admiro tanto, contracenando ali com todos aqueles atores com deficiência, incluindo comigo, foi quase surreal. Mas foi real e ainda custo a acreditar que conseguimos realizar. Botar esses corpos juntos em cena é chacoalhar o audiovisual pra mostrar que isso é possível, que não é nem um pouco difícil, que isso é necessário e que não precisamos de atores sem deficiência pra encenar as nossas vivências", analisou.
"Nossas histórias, aqui, nesse programa, estão sendo escritos, dirigidos e protagonizados em primeira pessoa. Isso é radicalmente revolucionário. A minha cena especificamente com Eduardo Sterblitch, que eu mesmo escrevi, foi uma cena difícil de gravar. Mas necessária. Dividir todas essas situações que pessoas com deficiência vivem, incluindo a minha, com esse público imenso da Globo pode vir a ser desconfortável pra algumas pessoas, mas, pra mim, é também processo de cura dessas situações que vivemos com mais frequência do que se imagina", explicou Pedro.
"Foram muitos desafios. Um projeto que envolve muitas pessoas sempre tem muitas opiniões e demandas diferentes. Quando se pensa em pessoas com deficiência estamos falando em diversos tipos de deficiência. Dar conta dessa grande comunidade foi um imenso desafio. Mas também um prazer imenso. Acho que aprendendo estamos todos sempre, a vida é um constante processo de aprendizagem", disse.
"Eu e Leticia nos conhecemos há algum tempo. Fiz uma entrevista com ela pra um dos episódios da série Quebrando o Tabu, mas que acabou não indo ao ar. Mas ali a gente deu um match seríssimo. Sou apaixonado pela Leticia, uma atriz genial, sempre pronta. Intensa. Acho, sem sombra de dúvidas, uma das maiores atrizes da sua geração. Leticia entrega excelência em todo personagem que ela encara. Seja no drama, seja na comédia. Quando convidei ela, ela topou na hora. A gente se namora há algum tempo. Esse encontro em set sela uma parceria de admiração imensa", vibrou Pedro Henrique Fonseca.
"O Eduardo conhecia de longe, de encontrar em eventos, mas qualquer um sabe também do ator imenso que ele é. Na nossa primeira reunião, meu primeiro pedido foi: 'Não tenham medo, não tenham dedos'. Eu quero que vocês mergulhem com tudo nesses personagens. E qualquer um que conhece esses dois atuando, sabe do que eles são capazes. E eles foram bem longe. Estou em estado de graça e agradecendo até agora a vida por ter me dado essa oportunidade. Não teria ninguém melhor pra essas cenas que criamos do que esses dois", festejou o diretor.
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