Publicado em 02/06/2024 às 08:00:00
Quando o NaTelinha surgiu, em 2 de junho de 2005, a internet engatinhava no Brasil e tinha apenas 10 anos. Naquela época, a conexão discada era uma realidade e a banda larga começava a se popularizar. Além disso, a TV de tubo ainda existia e nem se falava em HDTV. Nesses 19 anos, testemunhamos uma incrível evolução tecnológica: passamos pelas TVs de tubo, plasma, LED e da qualidade 480p para a 1080p, e agora o 4K. E, como você , estaremos juntos no 8K.
Durante esse período, também acompanhamos algumas disputas no mercado televisivo. A HBO e o Telecine brigavam na TV fechada, e a Sky, Net e DirecTV competiam no setor. Na TV aberta, a novela das nove da Globo ainda era das oito - entramos em cena quando Nazaré Tedesco (Renata Sorrah), de Senhora do Destino, já tinha deixado a sua marca na história da teledramaturgia brasileira. América, de Glória Perez, ocupava a faixa.
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Ao longo de 2005, o segmento de TV foi marcado por acontecimentos importantes. Em maio, Ana Paula Padrão deixou a Globo e migrou para o SBT. Em agosto, Priscila Alcântara e Yudi Tamashiro assumiram o Bom Dia & Cia, um clássico da infância de muitos adultos hoje, que à época acompanhavam Xuxa e o Sítio do Pica-Pau Amarelo nas manhãs da Globo. Ainda rolava uma das disputas mais emblemáticas de todos os tempos: Fausto Silva x Gugu Liberato (1959-2019) aos domingos.
Foi o ano também que a Record intensificou o projeto A Caminho da Liderança, trocando Boris Casoy por Celso Freitas e Adriana Araújo no Jornal da Record. Meses antes, Jean Wyllys fazia história ao vencer o BBB 5, a edição que também revelou Grazi Massafera para o mundo. Ainda no campo da dramaturgia, presenciamos dois fenômenos: a mexicana Rebelde, que fez a adolescência de muita gente no SBT, e o fenômeno Alma Gêmea, no ar atualmente no Vale a Pena Ver de Novo. Aos domingos, o Pânico na TV, da RedeTV!, rompia limites e providenciava uma revolução no humor.
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Mas como era a TV naquele já longínquo 2 de junho de 2005? O NaTelinha revirou os seus arquivos e conseguiu resgatar o que podemos classificar como uma boa fase da televisão brasileira, onde havia conteúdo, ousadia e opções de sobra, sem os fantasmas das redes sociais e dos streamings, que levaram uma fatia de espectadores a migrar de tela.
Confira:
Na Globo, o Globo Rural (06h15) ainda tinha uma edição diária e antecedia o Bom Dia São Paulo (06h30) e o Bom Dia Brasil (07h15). O "acorda, menina!" de Ana Maria Braga fazia ainda mais sentido, uma vez que a apresentadora entrava em cena às 08h05. O remake do Sítio do Pica-Pau Amarelo (09h30), lançado em 2001, seguia no ar.
Depois do fim de Xuxa no Mundo da Imaginação, Xuxa Meneghel passou a comandar o TV Xuxa (10h). O trio SPTV (11H55), Globo Esporte (12h45) e Jornal Hoje (13h15) já abria as tardes, que contava ainda com Vídeo Show (13h45), a reprise de Laços de Família no Vale a Pena Ver de Novo (14h35) e a Sessão da Tarde (15h50). Já Malhação (17h25) fazia a ponte para a novela das seis, faixa então preenchida por Como Uma Onda (17h55). A Lua Me Disse (19h05), Jornal Nacional (20h15) e América (20h55) ditavam o horário nobre.
A linha de shows reunia um clássico, A Grande Família (22h05), seguida do Linha Direta (22h50), com Domingos Meirelles. No fim de noite, uma dobradinha que marcou época, o Jornal da Globo (23h30) e o Programa do Jô (0h05).
No SBT, o Jornal do SBT (06h) e o SBT Rural (06h30) antecediam uma longa programação infanto-juvenil, que contava com Sessão Desenho (07h), A Hora Warner (08h), Bom Dia & Cia (09h), Festolândia (12h45), Um Maluco no Pedaço (13h15) e Eu, A Patroa e as Crianças (13h45).
A partir do início da tarde, novelas para noveleiro nenhum botar defeito, com Pequena Travessa (14h15) e A Madrasta (15h10). Tirada da Record por Silvio Santos, Adriane Galisteu passou com o Charme por diversos horários, mas naquele 2 de junho, data de lançamento do NaTelinha, ocupava a faixa das 16h. Às 17h, Regina Volpato comandava um clássico, a primeira versão do Casos de Família. Às 18h, Chaves fazia a alegria de todo o público no início de noite.
Logo depois, vinham Programa do Ratinho (18h50), Roda a Roda (19h50), Esmeralda (20h30), o reality O Grande Perdedor (21h20) e a reprise de Xica da Silva (21h30), clássico da extinta TV Manchete. A partir daí, o SBT destinava o fim de noite e as madrugadas à exibição de filmes e séries, como Oz.
Assim como as concorrentes, a Record abria o dia focada no jornalismo, com Bom Dia Cidade (06h), São Paulo no Ar (07h) e Fala Brasil (07h45). Entre 09h15 e 11h45, a emissora de Edir Macedo manteve no ar um dos seus maiores clássicos, o Note e Anote - então apresentado por Claudete Troiano, o programa foi responsável por levar Ana Maria Braga para a Globo.
Na hora do almoço, Esporte Record (11h45), Debate Bola (12h15), com Milton Neves, e Edição de Amanhã (13h15). Assim como o plim plim, a Record também tinha a sua Sessão da Tarde, no caso, o Cine Aventura (14h), que atualmente ocupa as tardes de sábado. Às 15h30, em horário muito próximo ao que ocupa hoje na RedeTV!, Sonia Abrão comandava o Sonia e Você. Em seguida, outro grande clássico da TV brasileira, a primeira versão do Tudo a Ver, um formato que marcou época com Paulo Henrique Amorim, Patrícia Maldonado e grande elenco.
O Cidade Alerta (19h), hoje o carro-chefe do canal, não atravessava uma fase boa e tinha uma edição pequena. Depois, às 19h15, Essas Mulheres, novela escrita por Marcílio Moraes. O horário nobre era ocupado por Jornal da Record (20h15), Maiores Curiosidades do Mundo (21h15), Guinness Book - O Mundo dos Recordes (21h40) e filmes, que antecediam a programação da Igreja Universal.
Na Band, a programação começava com Primeiro Jornal (07h30), Dia Dia (08h30) e Bem Família (10h45). Na hora do almoço, Esporte Total na Geral (11h45), que antecedeu o lançamento do Jogo Aberto, e Os Cavaleiros do Zodíaco (12h45).
A primeira versão do Melhor da Tarde (13h15) já era apresentada por Leonor Côrrea, irmã de Faustão, que substituiu Astrid Fontenelle. Na sequência, um clássico das fofocas, o De Olho nas Estrelas (16h15), com Leão Lobo, e o Clube do Fã (17h30), com Otaviano Costa.
O fim de tarde e o início de noite contavam com um trio osso duro de roer: Brasil Urgente (18h), com José Luiz Datena, Jornal da Band (19h20) e Floribella (20h10), novelinha teen protagonizada por Juliana Silveira que ditou moda e fez a festa da Band na audiência. Boa Noite Brasil (22h), comandado por Gilberto Barros, Jornal da Noite (0h30) e A Noite é Uma Criança (01h10), de Otávio Mesquita, fechavam a grade.
Na RedeTV!, as igrejas ainda não tinham avançado sobre a programação do canal, que apostava em Notícias do Brasil (06h30), Programa do Jacaré (07h), um genérico do Programa do Ratinho, Bom Dia Mulher (08h10), Sabor & Saúde (11h) e TV Esporte e Notícias (11h45).
Na hora do almoço, a reprise de Betty, a Feia (12h30), o humorístico Vila Maluca (13h) e A Casa é Sua (13h30), que já não contava com Clodovil Hernandez (1937-2009), demitido em janeiro de 2005 após uma série de polêmicas. Na sequência, o Repórter Cidadão (16h40), com Ney Gonçalves Dias, Tarde Quente (17h40), com João Kleber e RedeTV! Esporte (19h20). À noite, o TV Fama (19h50) era comandado por Nelson Rubens e Luísa Mell e antecedia o Jornal da TV (21h05), embrião do RedeTV! News.
Em 2005, o Superpop (22h), com Luciana Gimenez, era diário e batia de frente com o Boa Noite Brasil, da Band, protagonizando uma disputa acirrada por audiência. Leitura Dinâmica (23h35) e Programa Amaury Jr (0h05) encerravam a grade do canal.
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