O SBT transmite neste sábado (29) sua última decisão de Libertadores, entre Flamengo e Athletico-PR. A competição volta para a Globo em 2023, mas a emissora de Silvio Santos seguirá investindo em futebol, já que exibirá a Copa Sul-Americana. "Uma sensação de dever cumprido", orgulha-se Téo José em entrevista ao NaTelinha. O narrador veste a camisa de onde está e se define como um profissional inquieto. E não hesita em sugerir eventos para que o SBT também transmita. "Sou palpiteiro", admite.
Téo defende a maneira com que o SBT tratou a Libertadores. Para ele, o canal cobriu o evento com o seu DNA: mais leve e próximo do torcedor, aliado a muita informação e opinião. "A gente conseguiu fazer do evento algo ainda maior do que ele era com a nossa transmissão e com a relevância que o SBT deu para o evento. Essa é a sensação", diz.
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O narrador também acredita que ainda há um longo caminho a ser percorrido nas transmissões esportivas. "Mas, nós andamos muito", observa ele, que defende o departamento de chamadas do SBT e o quanto isso evoluiu ao longo das três últimas temporadas. E, claro: o fato de ter tido uma cobertura de final jamais vista em TV aberta.
"A gente deixou uma marca muito forte com relação às finais. Nunca na televisão aberta uma final de competição de clubes na América do Sul de clubes teve tantas horas seguidas. Em média nossas três transmissões teve seis horas no ar. Essa vai fechar até mais que seis horas. A gente fez uma cobertura valorizando a competição, sem deixar o DNA do SBT da descontração e principalmente com muito respeito ao torcedor. E mostrou que o esporte do SBT é algo sólido, viável e uma ótima oportunidade comercial."
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Téo José ressalta cobertura do SBT nas finais da Libertadores
Na final que vai ao ar neste sábado, uma diferença em relação às outras duas: não contará com o Palmeiras, eliminado pelo Athletico-PR. Por conta disso, Téo adianta que a transmissão será ainda mais regionalizada. "Com uma participação maior do SBT Rio e uma participação da Rede Massa no Paraná. Esse é um diferencial que vejo nessa transmissão", responde ele quando questionado o que essa final trará de diferente.
Assim como fez com a Copa do Brasil nos anos 90, o SBT quer mudar a Copa Sul-Americana de patamar. E depois da final da Libertadores de hoje, todo o departamento estará engajado em fazer do torneio um evento maior. "Olha, vou dizer pra você que estou muito ansioso com relação à Copa Sul-Americana no próximo ano. A gente vai ter que usar nossa criatividade, uma criatividade que o SBT tem bastante."
"Aqui, a gente sempre dá um passo atrás do outro. Estamos preocupados em fechar esse ciclo da Libertadores e depois se debruçar em cima da Sul-Americana. E claro, na expectativa dos times brasileiros que vão participar da Copa Sul-Americana no começo. Depois vem a turma que vai sair da Libertadores e fica mais gordo lá na frente. Mas, pode ter certeza que vai ser uma ótima oportunidade pra rede, afiliadas, porque vamos ter mais times fora do eixo [Rio-SP] e a gente vai continuar nessa pegada de regionalizar. E a gente vai ter novidade. E novidade a gente não conta, novidade a gente apresenta. E continuar com esse ótimo trabalho que a gente faz com relação às chamadas, que foi um grande marco da Libertadores, as chamadas, a qualidade, a forma que a gente divulgou os nossos eventos com a nossa criação visual."
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Um dos times cotados para disputar a Sul-Americana em 2023 é o Goiás, time de coração de Téo José. Ele garante: caso venha a transmitir uma partida do Esmeraldino, nada mudará.
"Já fiz uma final de Copa Sul-Americana com o Goiás, o primeiro jogo foi no Serra Dourada que o Goiás venceu. Então pra mim não muda nada. Quando estou com o microfone na mão, costumo dizer que o microfone é sagrado. Então, não importa se tá jogando o time que eu torço, se tá jogando meu filho, meu irmão, meu amigo, a gente tem que ter um respeito enorme por ele [microfone], pelo público e o respeito é fazer uma transmissão isenta. Se vou fazer jogo do Goiás, vai ser da mesma forma que vou fazer um jogo do Corinthians, do Flamengo, Palmeiras, Vasco, da mesma forma. Não muda absolutamente nada. Já fiz muitos jogos do Goiás na TV e graças a Deus uma autocritica: vi que fui profissional. E o objetivo é ser profissional. Paixão, nesse caso, a gente deixa de lado."
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O palpiteiro Téo José e o futuro do Esporte no SBT
O principal narrador do SBT veste a camisa de onde trabalha. Ele defende por vezes como a emissora tratou a Libertadores, ressalta o departamento de chamadas e dá trabalho nos bastidores quando o assunto é pitaco. Se ele sugere eventos que podem ser comprados? "O tempo todo. O SBT é uma televisão que os funcionários vestem a camisa e querem que a televisão cresça. E eu sou palpiteiro", admite.
"O tempo inteiro quando vejo oportunidades converso com os departamentos encarregados disso, com meus superiores. Se vejo uma reportagem no ar, dou palpite do que foi bom ou foi ruim. O departamento de chamadas estou o tempo inteiro próximo pra poder ajudar, apesar de ser um departamento que está voando. O tempo inteiro. Palpito o tempo inteiro, sou às vezes até chato o tanto que palpito. Sou um profissional muito inquieto. Claro que você tem ideias que são acatadas e outras que não. E tá tudo certo, é assim que tem que ser. Como recebo muitas ideias que eu acato e outras não. Mas o tempo todo, sou uma pessoa que visto a camisa, tenho um prazer enorme de estar essa camisa e me envolvo muito e até palpito em coisas fora no nosso departamento."
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Se vem coisa nova por aí em 2023, despista: "Deixa os nossos superiores cuidarem dessas negociações. Se tem negociação em curso ou não, deixa com nossos superiores. Não sou a pessoa indicada pra falar se a gente vai ter alguma possibilidade de ter algum evento diferente. A gente tem pessoas que estão cuidando disso, que são pessoas que confio e acredito muito. Mas uma coisa é certa, e isso eu já ouvi do nosso presidente: o esporte é uma realidade dentro do SBT e vai continuar sendo uma realidade, com ótimas oportunidades pros nossos parceiros comerciais".
A responsabilidade da Globo após a Libertadores no SBT
Com a volta do torneio à Globo, Téo José diz não gostar de comentar sobre os concorrentes, mas que também não foge quando confrontado. E quando questionado sobre o tamanho da responsabilidade da líder de audiência com o evento, enaltece novamente o trabalho do SBT.
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"Acho que a gente deixou a transmissão da Libertadores numa outra prateleira. Então, a responsabilidade de quem vai transmitir é no mínimo chegar à essa prateleira. E acho que a gente criou uma nova forma de divulgar o evento, que a gente chama de chamada. Acho que a gente fez uma cobertura nesse tempo respeitando demais o torcedor e os clubes. Acho que é isso que a gente vai deixar pra emissora que vai voltar a transmitir a competição, mas não gosto de ficar olhando o quintal do vizinho não. Gosto de olhar pro meu quintal que a gente cuida melhor dele."
Téo José sobre a responsabilidade da Globo com a volta da Libertadores
Depois da final de hoje transmitida, Téo avisa que o público pode esperar uma equipe com ainda mais garra e criatividade para transmitir a Sul-Americana. "A gente tem vários objetivos com a competição. De ser uma nova oportunidade pros nossos parceiros comerciais e também dar uma relevância para a competição e transformar a competição maior no Brasil. E continuar com esse trabalho de divulgação, com esse envolvimento do nosso Jornalismo", encerra.
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