Datena contraria famosos e detona: "Que democracia é essa?"
Apresentador criticou lei eleitoral antiga poucos dias antes do segundo turno do pleito presidencial
Publicado em 27/10/2022 às 18:24,
atualizado em 27/10/2022 às 18:24
Durante o Brasil Urgente desta quinta-feira (27), José Luiz Datena criticou a atual legislação que torna obrigatório o voto nas eleições., indo na contramão da campanha que famosos têm feito. O apresentador abordou o tema ao detonar a regulamentação que proíbe a prisão de suspeitos de crimes sem ser em flagrante nos dias que antecedem à eleição. Ele aproveitou o gancho para criticar também a regulamentação que obriga o voto e contou o que vai fazer no segundo turno das eleições, que será realizado no próximo domingo (30).
"Isso é um crime contra a democracia! Por isso que eu não vou votar, primeiro porque eu não tenho ninguém em quem votar. Não vou apoiar ninguém, não vou votar. Não votei em ninguém no primeiro turno e não vou votar em ninguém no segundo turno. Acho um absurdo um país democrático que exige voto obrigatório. Que raio de democracia é essa que exige voto obrigatório? Já começa por aí. Eu não vou votar em ninguém", afirmou.
"Isso é um absurdo. As polícias prendem, mas nem nessa época eleitoral não podem prender. Bandidos que participaram de assassinato e tortura de uma senhora não poder serem presos por causa de uma lei eleitoral da época do Getúlio (Vargas), o cara tem que ficar solto pra votar. A política só atrapalha o Brasil. Isso não é democracia, isso é absolutamente uma reversão de democracia."
Datena
Assista o momento:
Datena contraria famosos
Datena já havia afirmado que não iria votar nem em Lula (PT), nem Jair Bolsonaro (PL), apesar de ter se encontrado com os dois candidatos logo após os resultados do primeiro turno. Segundo ele, como está exercendo seu oficio de jornalista, não poderia declarar voto em nenhum dos dois candidatos.
A declaração negativa de Datena sobre a obrigatoriedade do voto veio horas depois do apresentador se irritar ao ter seu nome envolvido em fake news. O âncora viralizou em um vídeo divulgado nas redes sociais em que o jornalista aparece detonando o atual ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes.
A frase acontece dias depois de diversos famosos entrarem em campo para diminuir a abstenção e convencer parte do eleitorado a ir votar. No primeiro turno, as eleições teve mais de 20% de não votantes, mesmo com a lei obrigando. Quem não compareceu, pode justificar em até 60 dias ou terá de pagar multa.
