Publicado em 30/09/2020 às 13:51:00
Agripino Magalhães cumpriu sua promessa e processou Sikêra Jr e a RedeTV! na última terça-feira (29). O ativista dos direitos da População LGBTI+ protocolou uma ação contra o apresentador do Alerta Nacional e a emissora no Ministério Público de São Paulo por causa de discurso de ódio, homofobia, transfobia e associação da comunidade gay as drogas.
“Os fatos são muito sérios, o querelado Siqueira Jr. vem atacando os LGBTI+, tentando associar drogas e substâncias entorpecentes, discurso de ódio, transfobia em face dos LGBTI+, RedeTV, exibe-se matéria do querelado com a emissora e percebe-se com clareza mediana que o objetivo é ganhar pontos no IBOPE, mantendo uma programação de qualidade duvidosa que sem dúvidas está gerando situações anomalas, onde os telespectadores aceitando esse discurso de ódio e se aproveitando da proteção dada a Neymar pela autoridades judiciárias, a impunidade”, diz o documento.
“Basta dizer, que através dessas falas criminosas que a mídia, que os apresentadores, que os jogadores de futebol, que as pessoas formadoras de opinião fazem com que o Plínio seja morto, a Dandadara, a Kiara e quem sabe um filho de um Juiz ou Promotor, que com sede entre num bar da região gay e seja esfaqueado porque simplesmente alguém quer matar um gay ou que alguém ali transite”, acrescenta.
Agripino criticou o comportamento de Sikêra e ainda desaprovou o conteúdo do Alerta Nacional. Ele relembrou que o apresentador e a equipe da produção costumam comemorar assassinatos na frente das câmeras.
“Trata-se de um programa duvidoso, temerário e porque não criminoso, pelas praticas irrogadas e impossível de manter não só o apresentador como seu bando (contra regra, editores, etc) que pulam e dançam diante da morte de alguém ou até de um pobre bissexual que foi jogado de uma janela porque o cliente percebeu que ele era homem”, afirma.
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Além de Sikêra Jr, Agripino também envolveu a RedeTV! no processo. O ativista responsabilizou a emissora por dar espaço ao apresentador. Ele ressaltou que o canal poderia fiscalizar a produção para não permitir conteúdos duvidosos.
“Já a RedeTV através de seu representante legal deveria fiscalizar seus programas para impedir que maus apresentadores, para ganhar audiência, além de escrachar os LGBTI+ ainda colocar em risco a vida dos mesmos, pois já temos inúmeros mortos, inúmeros sequelados e isso tem que acabar”, conclui.
Agripino informou no início da semana que processaria Sikêra Jr. Na visão do ativista, uma postagem feita pelo apresentador pela sua conta do Instagram tinha conteúdo transfóbico. O jornalista já foi criticado pela ex-BBB Ariadna Arantes.
A postagem que causou a revolta de Magalhães – e também de Ariadna – era uma espécie de reflexão sobre a aceitação de pessoas transgêneras na sociedade. “Transgênero é uma pessoa que não aceita o próprio nome, o próprio corpo, a própria voz, a própria vida. Mas quer ser aceito por todo mundo”, disparou o apresentador. A publicação foi apagada.
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