Publicado em 02/09/2020 às 10:30:00
A guerra entre o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e a Globo ganhou um novo capítulo na noite da última terça-feira (1°). O governante usou sua conta do Instagram para publicar um vídeo se defendendo das acusações da emissora, afirmando que ela trabalha como “partido político de oposição” e que usa “artifícios antidemocráticos” para atingir seus objetivos.
“No dia 6 de janeiro de 2020, entreguei ao presidente Bolsonaro uma denúncia de gravíssimos fatos praticados no fim do ano passado pelas Organizações Globo, que atuam como verdadeiro partido político de oposição, que disseminavam falsamente o caos na saúde e o pior, que o Hospital Albert Schwartz e o Pedro II estariam com atendimentos suspensos. Uma inacreditável fake news, porque esses hospitais nunca fecharam um minuto sequer”, afirmou
“Desde então, cidadãos comparecem às portas de unidades de saúde para esclarecer e orientar os usuários, evitando, assim, que alguém seja manipulado pelas falsas informações da Globo e corra o risco de morte”, acrescentou o prefeito, segurando papéis em suas mãos.
Crivella mostrou cenas de pessoas invadindo links ao vivo da emissora e a chamando de “Globo lixo” em diversas regiões do país. “Não cabe a mim a acusação de que seria responsável por esse constrangimento que a Rede Globo sofre durante as suas reportagens”, defendeu-se.
Por fim, ele diz que o canal da família Marinho não tem recebido uma recepção positiva por parte da população por causa do seu posicionamento no jornalismo. “A população tem identificado que a Rede Globo de Televisão utiliza artifícios antidemocráticos para atender as suas ambições”.
Crivella é acusado de usar ilegalmente servidores comissionados da Prefeitura Municipal para constranger e não permitir que jornalistas – principalmente da Globo – façam reportagens em unidades de saúde do Rio de Janeiro.
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O esquema de atrapalhar o trabalho da imprensa na frente de hospitais foi denunciado pelo RJ2, da Globo, na última segunda (31). Repórteres da emissora foram interrompidos várias vezes enquanto faziam entrevistas com pacientes de unidades de saúde do município.
O canal revelou que existia um grupo chamado Guardiões do Crivella no WhatsApp. Os servidores da Prefeitura que participavam do esquema combinavam formas de não deixar com que os jornalistas fizessem seus trabalhos de denúncia.
Após a reportagem, o MP-RJ instaurou um procedimento preparatório criminal para investigar a possível prática de crimes que teriam sido cometidos pelo prefeito Marcelo Crivella. Será avaliado quais as responsabilidades do governante sobre a ação do grupo.
A denúncia caiu como uma bomba na Câmara Municipal e o presidente da Casa, Jorge Felippe (DEM), atendeu aos pedidos de abertura de impeachment contra Crivella. A decisão do parlamentar aconteceu após ele receber pareceres favoráveis da Procuradoria e da Secretaria Geral da Mesa Diretora.
As denúncias de cassação vieram da Deputada Estadual Renata Souza, pré-candidata a prefeita pelo PSOL, e também da vereadora Átila A. Nunes, do DEM. Jornalistas que acompanham diariamente os bastidores da política do RJ relataram que há indício se haverá votos suficientes para a abertura do processo.
A votação do possível processo de impeachment contra Crivella foi ignorada pelo Jornal da Record na última terça. Crivella é sobrinho de Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da emissora que tem sede na Barra Funda.
O Jornal da Record investiu em reportagens policiais e noticiou o diagnóstico de cálculo renal do presidente Jair Bolsonaro. Sobre a queda histórica do PIB (Produto Interno Bruto), o telejornal informou que "o resultado era esperado".
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