Desabafo

Miguel Falabella confessa que já sofreu preconceito: "Sofri vários tipos de bullying"

Ex-global comentou sobre bullying sofrido na profissão

Miguel Falabella comentou com Faustão sobre preconceito - Foto: Reprodução
Por Redação NT

Publicado em 28/06/2020 às 19:45:15

Miguel Falabella confessou que já sofreu muito preconceito ao longo de sua vida. A afirmação aconteceu durante entrevista inédita que ele concedeu neste domingo (28), dia do Orgulho LGBT, a Fausto Silva dentro do Domingão do Faustão. Mas o artista não falou a respeito de sexualidade e manteve o foco em situações ao longo de sua trajetória profissional.

Questionado por Faustão se Falabella, mesmo sendo um intelectual, já havia sofrido preconceito, ele confirmou. "Sofri vários tipos de bullying ao longo da minha vida, da minha vida profissional", garantiu. Mas quem esperava que o autor e roteirista falaria sobre preconceito por conta de orientação sexual se frustou, já que o exemplo foi puramente de trabalho.

O exemplo dado foi por conta da opção que ele teve de seguir trabalhando em formatos de humor. "A gente sofre preconceito por gênero, por comédia. Se você faz comédia você não é indicado para prêmio, não é visto como profissional que precisa de técnica pra fazer aquilo", reclamou a mente por trás de séries como Sai de Baixo, Toma lá, dá cá e Pé na Cova.

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A respeito da vida pessoa, Miguel Falabella limitou a comentar que também sofre preconceito por não ter uma vida de glamour e celebridade. "Se você é uma pessoa que se expõe publicamente você sofre preconceito", comentou aproveitando para lembrar a importância da auto estima para fugir disso "O pior é quando a gente deixa uma terceira pessoa nos defina. Porque quando a gente se aceita, o mundo nos aceita e se não nos aceita também não é problema", garantiu,

Miguel Falabella fala de racismo

No dia em que foi convidado por Faustão para voltar à Globo 20 dias depois do anúncio de que não terá seu contrato renovado, Falabella também comentou sobre o racismo que artistas negros sofrem. "Um dos braços mais cruéis do racismo estrutural é menosprezar o trabalho dos artistas negros", lamentou.

O autor de Eu, a Vó e a Boi, também aproveitou o espaço para reclamar da má qualidade da educação brasileira. "Nós vivemos uma tragédia absoluta. A educação quando não é democratizada, dividida, é como uma casa fechada, vai tudo se deteriorando rapidamente", encerrou.

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