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Lucas Salles se dedica aos podcasts e diz que voltaria ao CQC: "Com o maior prazer"

Para ele, o CQC ainda teria espaço na TV

Lucas Salles não titubeia quando questionado se voltaria ao CQC - Reprodução/Instagram
Por Thiago Forato

Publicado em 14/06/2020 às 10:11:40

Com experiência nos derradeiros anos do CQC (Custe o Que Custar) e do Pânico, ambos na Band, Lucas Salles vem utilizando toda essa bagagem que adquiriu nos últimos anos para liderar o SobreTudo, podcast que está plataforma da Pod360, maior hub brasileiro dedicado à produção e gestão de podcasts profissionais. "É um formato dinâmico para o ouvinte, acompanhado de um tema que gera curiosidade, interesse, debate, futilidade ao mesmo tempo, conhecimento", descreve ele, que não hesita em responder se voltaria ao CQC - caso o formato regressasse, é claro: "Com o maior prazer".

Salles se diz fanático por rádio. Engajado com o projeto, afirma que o fato de poder ouvir alguém ilustrando, explicando e mostrando algo pelo rádio, lhe gerava uma sensação incrível. "O podcast é uma mídia que 'bebe na fonte' do rádio. E não vejo problema nenhum nisso", conta.

Logo que conheceu a mídia, que vem se proliferando nos últimos meses, viu a possibilidade de realizar um sonho antigo e ter seu próprio programa de rádio. "Foi imediato minha dedicação e admiração por esse produto. O que mais me impressiona na mídia é poder criar e reproduzir o formato que eu mesmo idealizei ao lado dos outros contribuintes", orgulha-se.

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Passagem pelo CQC e Pânico na Band

Tendo feito parte de dois grandes projetos vitoriosos da Band, Lucas diz que se sente honrado em participar do CQC. "Tem um episódio no SobreTudo que eu conto uma experiência louca de quase morte durante a gravação de uma das matérias do quadro Proteste Já", recorda.

Ele lembra que conseguiu levar sua linguagem ao CQC e recorda ainda sobre o retorno anunciado pela emissora, que não aconteceu: "Realmente é um mistério. Talvez existam pontos que possam ser empecilhos para este volta, mas, ao mesmo tempo, existe também uma necessidade e um saudosismo gigantescos para que o formato esteja de novo ao ar. São momentos do mundo como esses, que vivemos, que eu vejo como o programa fazia a diferença para aqueles que assistiam".

De acordo com Salles, o programa ainda teria espaço na TV: "Aqueles que alegam que o CQC não 'conseguiria' voltar, é porque provavelmente não consegue ter a dimensão que ele causou. E ainda causa. Voltaria [ao CQC], com o maior prazer. Independente da emissora, o produto é um marco na área do entretenimento. Trouxe jornalismo e humor de uma forma icônica. Os argentinos são incríveis mesmo!".

Sobre o que culminou o fim do programa, relatou que a exigência de se produzir um programa semanal há quase nove anos acaba comprometendo sua qualidade. "É mais simples você sobreviver ao tempo e a audiência se estiver preso numa zona de conforto de quem produz e de quem assiste. Guerreiros Master são aqueles que precisam contar histórias novas, de um jeito diferente, a cada segunda-feira. E ainda aguentar o Marco Luque fazendo suas piadas sem graça! Esses, sim, são guerreiros de verdade!", diverte-se ele, que logo esclarece: "Tô brincando! Amo o Luque e suas piadas".

O Pânico terminou dois anos depois, em 2017, e na visão de Lucas, sofreu do mesmo problema, mas com um diferencial: "As pessoas responsáveis pelo editorial do programa também deveriam se rejuvenescer. Não serem trocadas. Inclusive, acho um absurdo trocar um profissional pela idade que ele atingiu, após anos se dedicando para o produto. Mas, uma verdade é: ouvir e aprender com aqueles que estão ditando uma nova linha no entretenimento, é mais do que necessário. Não precisa seguir à risca, ou até mesmo executar. Mas aceitar que existem outros produtos e aprender com eles é necessário. E foi isso que o Pânico fez durante um bom tempo e que, talvez, tenha deixado de lado nos seus últimos anos".

Entre o CQC e Pânico, aliás, Salles diz que no Pânico conseguia conciliar trabalho e vida pessoal, mas aprendeu em ambos. "Minhas matérias de política foram todas no Pânico. Todas. Eu praticamente morei em Brasília por um tempo com o Avestruz e o Vesgo. Cobrimos muita coisa nos anos de 2016 e 2017. Momentos históricos da nossa política", lembrou.

A morte de Gugu e a quarentena

No ano passado, ele foi um dos participantes do Power Couple Brasil, na Record. Salles descreve Gugu como um ídolo e afirma ter agradecido o apresentador pela porta que abriu na TV brasileira e por ter dedicado tanto tempo à alegrá-la.

"Foi o que eu disse a ele na noite que eu e minha esposa, Camila Colombo, fomos eliminados do programa. 'Acho que você já ouviu muito parabéns, mas nunca um obrigado'", recorda-se.

Sobre o isolamento social, Lucas diz que vem trabalhando na RedeTV! no Show de Prêmios e está em casa ao lado da esposa e sogra, respeitando as ordens da Organização Mundial da Saúde, além da recém-chegada Madonna, sua cadelinha. "Costumo estar aqui sozinho, divido entre o trabalho aqui no Brasil e a nossa casa em Windermere, na Flórida", conclui.

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