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GloboNews dá exemplo à CNN Brasil com ampla cobertura dos protestos nos EUA

Canal de notícias do Grupo Globo dedicou sua programação ao tema até de madrugada

Com repórter in loco, GloboNews cobriu protestos em Nova York e em várias cidades dos EUA - Foto: Reprodução/GloboNews
Por Redação NT

Publicado em 31/05/2020 às 14:40:00

A GloboNews está fazendo uma ampla cobertura da onda de protestos contra o racismo nos EUA. Os atos, que já duram cinco dias, são motivados pelo assassinato de George Floyd, homem negro de 46 anos que foi asfixiado por um policial branco e morreu em Minneapolis, na última segunda-feira (25). Com transmissão ao vivo até de madrugada, o canal de notícias do Grupo Globo tem dado exemplo à CNN Brasil, que tem deixado o caso mais de lado.

Desde a madrugada deste domingo (31), a GloboNews dedica horas de sua programação para abordar o tema. Repórteres em Nova York, onde os conflitos com a força policial estiveram mais acirrados, deram um panorama em tempo real sobre os protestos. Os manifestantes denunciam, desde o dia da morte de George Floyd, a violência policial contra a população negra nos EUA.

Com sede nos EUA, a filial brasileira da CNN, em contrapartida, deu pouca atenção ao conflito que eclode no país norte-americano. Na última madrugada, enquanto a GloboNews intensificava a cobertura dos protestos, o canal de notícias novato no Brasil dedicava sua programação a pautas mais frias, como a reprise do especial O Mundo Pós-Pandemia - Expectativa x Realidade, com o historiador Leandro Karnal.

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A disparidade da atenção dada ao assunto pelos dois canais chamou a atenção dos telespectadores. Nas redes sociais, muitos apontaram que a CNN Brasil poderia ter um material exclusivo, atualizado e uma cobertura mais aprofundada do tema.

"A GloboNews e a BandNews fizeram a cobertura dos protestos contra a morte de George Floyd até quase 3 da manhã, enquanto a CNN Brasil exibiu documentários requentados. Hoje, a CNN tá transmitindo as manifestações - antidemocráticas - de apoio a Bolsonaro, sem interrupções", apontou um internauta, neste domingo (31).

Na sexta-feira (29), o canal já havia sido alvo de críticas por conta da escalação de William Waack para comentar os protestos anti-racistas nos EUA. Internautas também questionaram o tratamento dado pela emissora ao tema, definido pela CNN Brasil como "Protestos violentos nos EUA após morte de negro".

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