Publicado em 24/05/2020 às 22:52:00
A Globo abriu espaço para Sérgio Moro, ex-juiz e ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro e que, após pedir demissão, denunciou suposta tentativa interferência do presidente na Polícia Federal. A entrevista foi ao ar neste domingo (24) no Fantástico em mais um capítulo de guerra entre a emissora carioca e o presidente.
Durante a conversa, Moro foi taxativo ao defender que o vídeo da reunião ministerial, liberado pelo STF (Superior Tribunal Federal) na última sexta-feira (22) é mais que suficiente para mostrar como houve imposição e que não lhe foi sequer permitido debater o assunto a respeito da interferência na PF. “Pelo próprio do tom da reunião, é muito claro que o contraditório não é algo fácil de ser realizado na ocasião. Essas situações me geraram absoluto desconforto”, afirmou o ex-ministro.
Sérgio Moro ainda falou sobre qual foram as intenções da declaração do presidente. “Quem tem que dar explicação, ao meu ver, é o Planalto e não o ex-ministro da Justiça”, comentou. “Acho que o vídeo fala por si. Quando ele olha para minha direção, fica evidenciado que ele falava da Polícia Federal”, acrescentou.
Após já ter reclamado da perseguição de bolsonaristas nas redes sociais, o ex-juiz fez questão de lembrar a estas pessoas seu compromisso. “Me desculpem os seguidores do presidente se essa é uma verdade inconveniente, mas essa agenda contra a corrupção não teve um impulso por parte do presidente da República”, lembrou.
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A Globo vem dando amplo espaço para a denúncia de Sérgio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro desde o dia em que o ministro anunciou seu pedido de demissão. Na ocasião, o Jornal Nacional divulgou trechos de conversas do ex-juiz com o presidente e também com a deputada federal Carla Zambelli, dando a entender que houve tentativa de barganhar uma vaga no STF para que ele não deixasse o governo.
O Fantástico tratou o tema como sua principal manchete do dia e, como já vem sendo tradicional, deixou a entrevista para ir ao ar no último bloco em feito semelhante ao que havia acontecido na controversa entrevista com um suposto companheiro de Gugu Liberato e que havia ido ao ar no domingo passado (17).
No Jornal Nacional, no entanto, após a liberação do vídeo da reunião ministerial, William Bonner anunciou que o programa daria prioridade para falar do coronavírus por considerar que vidas são mais importantes que a disputa política. Em tom crítico, a emissora mostrou trechos de falas de Bolsonaro dando a entender que houve, de fato, suposta tentativa de interferência.
Neste domingo, Bolsonaro voltou a atacar o canal em seu Twitter ao publicar um vídeo. “Qual o limite da Globo?”, questionou o político. “Se liguem no teatro e manipulação da Rede Globo”, afirma o início da filmagem.
A relação entre Globo e Bolsonaro nunca foi das melhores, desde o período de eleições, mas o caldo entornou muito desde que ele assumiu o mandato. Por mais de uma vez o presidente chegou a ameaçar que não renovará a concessão da emissora carioca em 2022.
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