Publicado em 06/05/2020 às 04:45:00
O presidente Jair Bolsonaro não tem boa relação com a imprensa e uma das suas maiores inimigas é a Globo. Vira e mexe, o governante usa as redes sociais para confrontar a emissora e também ataca o canal nas coletivas de imprensa que realiza na entrada do Palácio da Alvorada, em Brasília.
Recentemente, ele chamou a empresa de “lixo” e apenas aumentou mais um episódio de conflitos entre ambas as partes. Por conta disso, o NaTelinha separou 10 momentos em que Bolsonaro se envolveu em polêmica com a Globo ou algum profissional da emissora.
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Confira:
Antes de se tornar presidente da República, Jair Bolsonaro já não morria de amores pela Globo. Em 2016, Fátima Bernardes perguntou aos seus convidados sobre quem eles escolheriam salvar primeiro em uma situação hipotética: um traficante com risco de morte ou um policial com ferimentos leves, caso semelhante com o filme Sob Pressão.
Deputado Federal na época, Bolsonaro criticou a situação levantada pelo Encontro. “Como chegamos a esse estado de coisas?”, indagou o parlamentar a seus seguidores. “O motivo? Podemos identificar alguns: uma mídia completamente parcial, haja visto a questão agora de Fátima Bernardes, que prefere conduzir seu programa dando mais atenção a um traficante ferido do que a um policial, um herói a serviço nosso nas ruas”, afirmou.
Durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro participou do Jornal Nacional e o clima ficou tenso entre ele e Renata Vasconcellos. Quando abordado sobre a diferença salarial entre homens e mulheres, o presidente comparou a apresentadora com William Bonner.
“Não sei ao certo, mas com toda certeza há uma diferença salarial aqui, parece que é muito maior para ele que para a senhora”, disparou, causando desconforto na jornalista do JN.
“Eu poderia até como cidadã e como qualquer cidadão brasileiro fazer questionamentos sobre seus proventos porque o senhor é um funcionário público há 27 anos e eu como contribuinte ajudo a pagar o seu salário. O meu salário não diz respeito a ninguém e eu posso garantir ao senhor, como mulher, que eu jamais aceitaria receber um salário menor de um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu”, respondeu Renata. Na época, o caso teve alta repercussão e bolsonaristas passaram a atacar a âncora pelas redes sociais.
Ainda durante a sabatina do Jornal Nacional, Bolsonaro afirmou que a Globo recebia bilhões de propaganda do Governo e, com ele na presidência, tudo isso seria cortado para o dinheiro ser investido em outras frentes. A emissora desmentiu o então candidato.
“O candidato Jair Bolsonaro, do PSL, afirmou que a TV Globo recebe bilhões de recursos da propaganda oficial do governo. É uma afirmação absolutamente falsa. A propaganda oficial do governo federal e de suas empresas estatais corresponde a menos de 4% das receitas publicitárias e nem remotamente chega à casa do bilhão. Os anunciantes, privados ou públicos, reconhecem na TV Globo uma programação de qualidade, prestigiada por enorme audiência e, por isso, se valem dela para levar ao público mensagens sobre seus produtos e serviços. Fazemos esse esclarecimento por apreço à verdade, ao nosso público e a nossos anunciantes”, afirmou a Globo em nota.
E a campanha eleitoral foi quente entre Jair Bolsonaro e o Grupo Globo em 2018. Ele participou de uma sabatina com comentaristas e jornalistas políticos da empresa. Em um dos momentos, o presidente citou o editorial escrito por Roberto Marinho defendendo o Golpe Militar de 1964.
“Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada. Quando a nossa redação foi invadida por tropas anti-revolucionárias, mantivemo-nos firmes em nossa posição. Prosseguimos apoiando o movimento vitorioso desde os primeiros momentos de correção de rumos até o atual processo de abertura, que se deverá consolidar com a posse do novo presidente. Temos permanecidos fiéis aos seus objetivos, embora conflitando em várias oportunidades com aqueles que pretenderam assumir o controle do processo revolucionário, esquecendo-se de que os acontecimentos se iniciaram, como reconheceu o Marechal Costa e Silva, ‘por exigência inelutável do povo brasileiro”’, declarou o governante.
Miriam Leitão, que ancorava a sabatina, leu uma nota do Grupo Globo no final. “À luz da História, contudo, não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto. E, quando em risco, ela só pode ser salva por si mesma”, declarou.
Em janeiro do ano passado, Jair Bolsonaro já tinha assumido o cargo de presidente e a guerra contra Globo continuava. No dia 19 do primeiro mês de 2019, um áudio de uma conversa entre Gustavo Bebianno e o governante vazou e foi publicado pela revista Veja.
Na mensagem, gravada no dia 12 de janeiro do ano anterior, Bolsonaro exibiu que Bebianno cancelasse a reunião agendada com Paulo Tonet Camargo, vice-presidente de relações institucionais do Grupo Globo.
“Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto? Eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para as outras emissoras? Que nós estamos se aproximando da Globo. Então não dá para ter esse tipo de relacionamento. Agora… Inimigo passivo, sim. Mas trazer o inimigo para dentro de casa é outra história. Pô, cê tem que ter essa visão, pelo amor de Deus, cara. Fica complicado a gente ter um relacionamento legal dessa forma porque cê tá trazendo o maior cara que me ferrou – antes, durante, agora e após a campanha – para dentro de casa. Me desculpa. Como presidente da República: cancela, não quero esse cara aí dentro, ponto final. Um abraço aí”, declarou o político.
A Globo se defendeu e explicou em nota que não tem inimigos, buscando apenas ter um jornalismo imparcial, de qualidade e independente, respeitando as instituições e os chefes de estado.
"O Grupo Globo considera que não tem nem cultiva inimigos. A própria natureza de sua atividade jamais permitiria qualquer postura em contrário. Hoje, como sempre, sua missão é levar ao público jornalismo independente – dando transparência a tudo o que é relevante para o País – e entretenimento de qualidade. Continuaremos a trabalhar nesta mesma direção. A visita de Paulo Tonet Camargo, Vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, ao então ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, constava da agenda pública do ministro, divulgada na internet. Visitas de diretores do Grupo Globo a autoridades dos diferentes poderes, servidores públicos, executivos de empresas e representantes da sociedade civil são rotineiras. E, nesse aspecto, não nos diferenciamos de qualquer grupo empresarial que pretenda ouvir todas as vozes de uma sociedade livre, de forma transparente e com agenda pública, mantendo relações estritamente institucionais e republicanas", disse a empresa em comunicado.
Em setembro do ano passado, o Jornal Nacional comemorava os seus 50 anos e diversos líderes parabenizaram a produção. Contudo, Bolsonaro optou por criticar a linha editorial do telejornal.
“Agora o JN não tem mais teta, não estão mamando mais, não tem mais propaganda oficial do governo”, disparou. Na época, apoiadores do presidente criaram hashtag nas redes sociais para detonar o Jornal Nacional.
Possível candidato em 2022, Luciano Huck tem feito críticas ao presidente Jair Bolsonaro, mas o político não fica atrás e também já atacou o apresentador em seus comentários.
“Alguém quer um dinheiro do BNDES pagando 4% aí? Ele diz aqui que está viajando o Brasil. Obviamente, viajando o Brasil com o (inaudível) BNDES. Alguém acha que o povo vai votar no pau mandado da Globo, mas não estamos aqui fazendo campanha. É um direito dele”, comentou o mandatário contra o comunicador.
O Jornal Nacional noticiou possível ligação de Bolsonaro com um dos supostos assassinos de Marielle Franco e o presidente perdeu o controle. Ele gravou uma live e detonou a Globo e postou a foto de um esgoto com o símbolo da emissora.
“Vocês, TV Globo, o tempo todo infernizam minha vida! Agora Marielle Franco, querem empurrar em cima de mim? Seus patifes! Canalhas! Não vai colar! Não tinha motivo pra matar ninguém no Rio de Janeiro”, afirmou o presidente no vídeo publicado aos seus seguidores em outubro do ano passado.
No dia 13 de abril, Bolsonaro falou com os jornalistas na porta do Palácio da Alvorada e foi questionado se ele tinha acompanhado a entrevista do então Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta para o Fantástico.
O jornalista que fez a pergunta não citou qual tinha sido a entrevista de Mandetta, mas o presidente se mostrou impaciente e comentou: “À toda a imprensa, eu não assisto à Globo, tá ok?”.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a ameaçar não renovar a concessão da Globo, que vence em 2023, além de chamar a emissora de lixo. A frase controversa foi dita durante bate papo com jornalistas e apoiadores na frente do Palácio do Planalto na manhã do dia 30 de abril.
Bolsonaro afirmou que a Globo deturpou sua frase. "Essa imprensa lixo chamada Globo. Ou melhor, lixo dá para ser reciclado. Globo nem lixo é, que não pode ser reciclado. Entrou o 'e daí' e depois insistiram a me fazer perguntas idiotas. Eu acabei entrando na deles. Essa imprensa lixo, porcaria”, disse o presidente.
Ele se referiu à cobertura feita pelos jornais da Globo, principalmente o Jornal Nacional, que mostrou Bolsonaro sendo questionado sobre o número de mortes no Brasil e dizendo “E daí”.
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