Publicado em 30/08/2019 às 05:12:16
Após viver personagens engraçados e românticos na TV, como Jonatas e Elmo, de “Totalmente Demais” e o “Tempo Não Para”, respectivamente, o ator Felipe Simas busca novos desafios no gênero. Ao mesmo tempo, nessa última quinta-feira (29), ele anunciou no Instagram que será pai pela terceira vez.
Na série “Segunda Chamada”, prevista para estrear em outubro na Globo, Simas viverá Maicon, um motoboy pai de família que ao perder o emprego se depara com situações adversas, se enveredando por caminhos sem volta, como descreve seu próprio intérprete. “Ele está disposto a fazer qualquer coisa para cumprir a promessa que fez para si mesmo”, revela.
Não é a primeira imersão social que o irmão de Rodrigo Simas e Bruno Gissoni – também atores - faz em prol de um personagem em sua carreira. Em 2014, estreou no cinema com o filme “Na Quebrada”, do diretor Fernando Grostein. Na pele de Zeca, conheceu de perto a realidade dos presídios ao visitar um deles em Guarulhos, na Grande São Paulo. “A arte tem esse lugar, de sensibilizar o coração que nos faz compadecer com o próximo”, pontua.
Na última semana, o NaTelinha acompanhou uma cena do personagem de Simas em pleno horário de intervalo entre uma aula e outra da fictícia Escola Estadual Carolina Maria de Jesus, lugar onde se passa toda a trama escrita pelas autoras Carla Faour e Julia Spadaccini com direção artística de Joana Jabace. Um pouco antes, conversamos com o ator sobre seu novo trabalho na TV.
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Confira:
Quais têm sido os desafios desse novo personagem em “Segunda Chamada”? Felipe Simas - Todos os personagens que damos vida, humanizar a jornada de cada pessoa é desafiador. Chegar aos extremos, não só para mim, mas para os demais atores da série. Quem é o Maicon nesse contexto da escola pública? Felipe Simas - Acima de tudo o Maicon é apaixonado pela família, ele está disposto a fazer qualquer coisa para cumprir a promessa que fez para si mesmo: cuidar do filho e da esposa. Ele é um motoboy, que estuda nessa escola. Em determinado momento, perde o emprego, e se vê numa situação bem complicada, e sem julgamento algum, ele escolhe caminhos que não tem volta. Teve que aprender a andar de moto? Felipe Simas - Eu já sei (risos). Meu pai me ensinou quando eu era criança.
Você realizou algum tipo de laboratório para compor o personagem? Felipe Simas - O laboratório é mais interno. Só o fato da gente se disponibilizar em passar por essas situações mesmo não tendo vivido, já é um grande desafio, como falei anteriormente. Hoje sendo pai, eu posso imaginar o quão difícil é para o Maicon enfrentar determinadas situações. Eu nunca passei por isso. Porém, já passei algumas noites em claro por conta de filho chorando. Dá para ligar um pouco os sentimentos. Claro que não a esse extremo, mas esse é o trabalho do ator. Teve um tempo bom de preparação? Praticamente você emendou a novela “O Tempo Não Para” com a série. Felipe Simas - Na série, como não são tantas cenas como uma novela, deu tempo de trabalhar, mastigar, degustar cada cena. Foi um trabalho mais orgânico. O cabelo raspado não foi para o personagem; assim que terminei de gravar a novela, eu mesmo raspei em casa com a maquininha (risos), como tinha marcado bastante, quis ficar diferente e acabou servindo para esse novo trabalho. Seus filhos não estranharam a mudança no visual? Felipe Simas - Meu filho mais velho, o Joaquim, de cinco anos, estava cabeludão na época também. Ele me viu com cabelo raspado e quis fazer o mesmo para ficar igual.
Como ficou sua rotina com as gravações? Felipe Simas - Foi bem intenso, já que minha família e eu moramos no Rio de Janeiro. Foi uma distância dolorosa, mas faz parte do processo. A cada projeto, a gente acaba não dedicando o tempo devido à família. Quando nos afastamos por motivo de trabalho, criamos um cotidiano mais propício ao estudo, ao silêncio. Os trabalhos que você desenvolve na TV ou cinema te marcam em que sentido? Felipe Simas - Meu primeiro trabalho audiovisual me fez mudar socialmente, através do filme “Na Quebrada”. Tive um processo de laboratório dentro de um presídio, em Guarulhos (SP), esse foi um contato que me chocou. Depois desse filme comecei a me atentar mais a uma parcela da sociedade que é esquecida, invisível. Todos os personagens que eu tenho feito, até mesmo na TV, falam sobre essas pessoas. O próprio Jonatas que eu vivi em “Totalmente Demais”, talvez a energia dele fosse diferente, mas era o mesmo lugar social. Eu me interesso muito por essas pessoas, acabo olhando de forma diferente no dia a dia. Hoje, não tem como eu parar no sinal, ver o motoboy e não me relacionar com sua história, por mais que eu desconheça seu nome e história. A arte tem esse lugar, de sensibilizar o coração que nos faz compadecer com o próximo. Vilã não morreu Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel Estreou na TV aos 7 Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web Chateada? Tensão no ar Críticas Nasce uma estrela? Números em tempo real Eita! No Lady Night Diego Lozano Eita! Gata Espelhada Exclusivo Filha de peixe G20 Sinceridade é tudo Luto Exclusivo Leveza Vem aí No Provoca Em alta