Publicado em 25/06/2019 às 10:49:05
Após Luciano Hang pedir ao SBT para demitir Rachel Sheherazade e a Record afastar Paulo Henrique Amorim do “Domingo Espetacular”, o jornalista Fábio Pannunzio, da Band, manifestou-se pelas redes sociais e deu apoio aos colegas de profissão. Segundo o profissional, há nomes do jornalismo brasileiro sendo perseguidos.
Pannunzio chamou o movimento que está prejudicado âncoras, repórteres e comentaristas políticos de diversos veículos de comunicação de “macartismo bolsonarista”. Ele desabafou na sua conta pessoal do Twitter, recebendo milhares de curtidas, comentários e compartilhamentos.
O texto cita a saída de Paulo Henrique Amorim da apresentação da revista eletrônica dominical da Record, a ameaça sofrida pela âncora do “SBT Brasil”, feita pelo dono das lojas Havan, que patrocina várias atrações do SBT e as demissões de Marco Antonio Villa e Marcelo Madureira da rádio Jovem Pan.
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Todos esses nomes estão marcados recentemente pelos seus posicionamentos fortes contra o governo de Jair Bolsonaro, tendo que enfrentar os ataques de milhares de eleitores do político na internet.
"Não tenho nenhum apreço pelo jornalismo do Paulo Henrique Amorim, a quem tenho criticado nos últimos 10 anos. Mas a demissão dele é brutal e inaceitável, produto do macartismo bolsonarista que já vitimou Marco Antonio Villa, Marcelo Madureira e ameaça Rachel Sheherazade", postou Fábio.
No último sábado (22), Luciano Hang, apoiador declarado do presidente do Brasil, compartilhou a reportagem do colunista do UOL Ricardo Feltrin, que trazia os bastidores da diminuição do quadro de funcionários do jornalismo do SBT.
O empresário parabenizou Silvio Santos e sugeriu que a apresentadora do “SBT Notícias” fosse demitida, pois melhoraria ainda mais o setor da emissora. Sem papas na língua, Rachel não se intimidou e avisou que vai processá-lo. O dono da Havan relatou que não fez nenhuma ameaça, já que o canal do homem do baú é privada, mas que apenas deu sua opinião como telespectador.
Outra notícia que caiu como uma bomba no mundo da televisão foi à saída de Paulo Henrique Amorim do “Domingo Espetacular”. O nome do apresentador se tornou figurinha carimbada dos bolsonaristas, que pediam na internet o desligamento do jornalista da emissora.
O consagrado comunicador comandava a revista eletrônica há 14 anos, porém, aparentemente, sua situação ficou insustentável. No seu blog “Conversa Afiada”, o jornalista tem detonado as últimas ações do Governo Federal, principalmente o Ministro Sérgio Moro.
Apesar do seu afastamento do "Domingo Espetacular", Paulo Henrique Amorim tem contrato com a emissora até 2021 e a direção do canal informa que ele será utilizado em novos projetos.
Formado em História, Marco se tornou um dos principais comentaristas político da rádio Jovem Pan e ganhou popularidade nos últimos anos por fazer duras críticas aos PT, tendo como principais alvos a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.
Contudo, caiu em desgraça ao afirmar que ocorreram atos neonazistas no dia 26 de maio, quando pessoas foram às ruas se manifestar em favor do Governo Federal, cobrando a aprovação da Reforma da Previdência.
A direção da Jovem Pan suspendeu Villa por 30 dias e, na noite dessa segunda-feira (24), confirmou o seu desligamento.
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