Publicado em 17/10/2023 às 20:15:00
A esporotricose, doença de pele causada pelo fungo Sporothrix sp., está “descontrolada” no país, segundo o infectologista Flávio Telles, coordenador do Comitê de Cicotologia da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná).
A micose provoca lesões na pele e tem avançado em alguns estados do Brasil, além de ter casos registrados na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e no Chile.
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Em maio deste ano, por exemplo, os casos da doença no estado do Rio de Janeiro tiveram uma alta de 260% em uma década, segundo o Ministério da saúde.
Eram 579 ocorrências em 2013 contra 1518 contabilizados até o fim do ano passado. O destaque maior ficou entre crianças e adolescentes — em menores de 15 anos o número de casos saltou de 26, em 2013, para 196, em 2022, uma alta de 750%.
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A transmissão no Brasil ocorre principalmente por meio de cães e gatos infectados pelo fungo que podem transmitir para seus donos e outros animais domésticos. Além disso, ele pode entrar pela pele, por arranhões ou cortes, em contato com materiais contaminados, como gravetos, farpas ou espinhos.
Os dados foram notificados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, o Sinan.
Preocupação com aumento de casos
Telles afirma que a situação é preocupante, pois a doença pode se espalhar rapidamente e causar complicações graves, como infecções generalizadas.
“A esporotricose é uma doença que pode ser tratada, mas é importante procurar atendimento médico o quanto antes para evitar que a infecção se espalhe”, alerta o infectologista.
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