“Acho divertido fazer uma vilã como Deodora, que tem humor, e em uma novela que tem muita leveza. É interessante fazer as vilãs pois elas trazem mais complexidade e camadas.”
Publicado em 02/09/2022 às 04:00:00,
atualizado em 02/09/2022 às 07:31:03
Desde que as primeiras chamadas de Mar do Sertão começaram a ir ao ar, telespectadores notaram semelhanças entre a nova novela das 18h da Globo e Cordel Encantado (2011), exibida no mesmo horário há 11 anos. A atriz Débora Bloch, vilã nas duas tramas, comenta as semelhanças entre as histórias nesta entrevista exclusiva ao NaTelinha.
O trabalho em Mar do Sertão marca o retorno da atriz às malvadas. Recentemente, ela tem dado vida a personagens de bom-caráter, como a professora Lúcia da série Segunda Chamada. Tipos bem diferentes de Deodora, a pérfida esposa de Tertúlio (José de Abreu), que faz de tudo pelos interesses da família e para manter o poder.
“A Deodora tem essa mistura de vilanice com humor. Quase todos os personagens de Mar do Sertão têm um pé na comédia. Uns mais, outros menos. Eu acho a Deodora muito engraçada, mas ela também trama coisas terríveis”, define Débora Bloch. Em breve, a malvada chega a influenciar o filho Tertulinho (Renato Góes) a se livrar de um homem que atravessa o seu caminho.
“Acho divertido fazer uma vilã como Deodora, que tem humor, e em uma novela que tem muita leveza. É interessante fazer as vilãs pois elas trazem mais complexidade e camadas.”
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Da ambientação no interior do Nordeste à própria estrutura do folhetim – um casal apaixonado que acaba separado pela paixão doentia de um vilão milionário –, foram muitas as comparações com Cordel Encantado, sucesso escrito por Duca Rachid e Thelma Guedes que também teve Débora Bloch no elenco.
“A mim, me lembra também! Por serem novelas rurais, que se passam em lugares inventados, por serem fabulescas e terem uma brasilidade forte nos personagens.”
Débora Bloch
A atriz, que interpretou a ambiciosa Duquesa Úrsula de Bragança na novela de 2011, endossa o coro das redes sociais, onde as semelhanças entre as duas produções não passaram despercebidas. “Em Cordel, havia os cangaceiros, personagens do sertão, e em Mar do Sertão há esse universo do Nordeste, do Brasil profundo”, identifica Débora.
As malvadas vividas pela atriz nas duas novelas têm suas diferenças, segundo a intérprete. A primeira, afinal, era uma ardilosa duquesa que sonhava com o posto mais alto do trono de Seráfia. “Úrsula [de Cordel Encantado] era uma nobre, né? Deodora gostaria de ser, mas não é (risos)”, comenta a atriz.
Ela garante não ter buscado referências na vida real para dar vida à nova personagem, uma mulher movida por poder e dinheiro, representante, na história, do coronelismo persistente no interior do país. “A inspiração está no texto e diálogos mesmo, que são muito bem escritos”, elogia a atriz.
Mar do Sertão também marca o retorno da veterana às novelas – a última havia sido Sete Vidas (2015). A nova trama é uma obra aberta, diferente de algumas produzidas pela Globo em meio à pandemia da Covid-19. Assim, o destino dos personagens é uma incógnita, e pode mudar de acordo com as reações da audiência.
“Acho os dois modelos [obras abertas e fechadas] interessantes. Para o ator, é interessante fazer novela fechada. É parecido com as séries, em que você já sabe todo o arco da história e dos personagens.”
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O NaTelinha divulga todos os dias os resumos dos capítulos, detalhes dos personagens, entrevistas exclusivas com o elenco e spoiler da novela Mar do Sertão. Confira!
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