Maitê Proença tinha 28 anos quando estreou como protagonista de Dona Beija, exibida na extinta Rede Manchete, entre março e julho de 1986. A atriz já havia atuado em As Três Marias (1980), Elas por Elas (1982), Guerra dos Sexos (1983), dentre outras novelas, mas considera a trama escrita por Wilson Aguiar Filho, que narra a história de Ana Jacinta de São José, a Dona Beija, da cidade mineira de Araxá, no século XIX, decisiva para que ganhasse o gosto pela atuação.
"Até então eu não pensava que ser atriz seria minha profissão, ainda que já trabalhasse há uns cinco anos em filmes, teatro, e novelas. Ali o sabor da coisa mudou, ficou gostoso, e entendi que daria pra me dedicar e alcançar algum grau de excelência se aprendesse meu ofício. Eu teria abandonado [a carreira] se não fosse pela Beija".
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Maitê adorou saber que a novela ganhará um remake no streaming 35 anos após sua estreia. "Acho que está mais do que na hora de se debruçar novamente sobre aquela história e contá-la com os extraordinários recursos de hoje. Será um grande sucesso outra vez!", avalia em entrevista exclusiva ao NaTelinha.
Ela prefere não citar nomes de quem seria ideal para viver a protagonista no remake, mas destaca algumas características importantes para quem assumir o papel.
"Alguém com o espirito livre e a mente disposta pra as contradições. Beija amava intensamente e mandava matar quem amava. Era conservadora com as filhas, mas se prostituía. Detestava a sociedade que não teve tolerância nem vontade de compreendê-la, e sua confidente era também sua escrava".
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Maitê Proença diz que "ficaria encantada" se fosse convidada para participar do remake dessa novela tão importante em sua carreira e destaca o que mais gostou em Dona Beija. "Sempre gostei de ela ser feita de opostos, de caber nela sentimentos de naturezas tão plurais, e da força com que ela se colocava em cada situação".
Maitê Proença relembra bastidores de Dona Beija
A equipe de Dona Beija, segundo Maitê, não era de TV, mas da publicidade e do cinema, o que levou a aprenderem juntos a fazer a novela.
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"Era um mercado que se abria, o texto era bom, e todos estávamos muito empenhados. Mesmo com imensos percalços e com 15 horas de trabalho diárias, o clima era fabuloso", recorda.
"Virou um baita sucesso e nós trabalhávamos orgulhosos de estar contando um pouco da história do país numa novela vista por tanta gente. Fomos felizes ali".
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Longe de novelas desde Liberdade Liberdade (2016), Maitê por enquanto não tem nada programado para voltar à teledramaturgia. "Não sou de planos. Faço o que tenho para fazer. Se me chamarem e eu achar que tem valor, farei com grande prazer".
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