Publicado em 05/09/2020 às 13:13:22
De volta na Globo a partir desta segunda-feira (7), Laços de Família foi um grande sucesso entre 2000 e 2001 e começou um caminho que foi se confirmar anos depois: a mudança de horário da novela das oito.
Começando inicialmente por volta das 20h30, a trama logo começou a incomodar por seus temas um pouco mais pesados, como sexo, violência e nudez. Em novembro de 2000, cinco meses após sua estreia, o juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude concedeu liminar em ação civil pública movida pelo Ministério Público contra a Globo, determinando que ela passasse a começar depois das 20h, com classificação para maiores de 14 anos.
A medida também proibiu menores de 18 anos nas gravações e na TV. De acordo com ação impetrada pela promotora Kátia Regina Ferreira Maciel, a novela continha insinuações de sexo, desvirtuamento de valores éticos e morais, além de conflitos psicológicos.
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Poucos dias depois, a Globo optou por cortar, preventivamente, o elenco infantil. A emissora leu um longo editorial no Jornal Nacional. "A TV Globo vai recorrer outras vezes à Justiça para resguardar seus direitos", anunciava Fátima Bernardes na bancada.
Manoel Carlos é quem não gostou muito da medida. "O Estado não entende do assunto e confunde dramaturgia com realidade", opinou ele ao Jornal do Brasil.
O autor teve que passar horas reescrevendo cenas e mergulhar madrugadas adentro para excluir as participações dos menores de idade.
O principal problema do autor dizia respeito às cenas do casamento entre Edu (Reynaldo Gianecchini) e Camila (Carolina Deckmann). Maneco precisou encontrar uma explicação para a ausência da irmã do noivo. Julia Almeida tinha 17 anos quando Laços de Família era produzida.
Outra preocupação foi justificar desaparecimento de Bruninho, filho de Capitu (Giovanna Antonelli).
A medida da Justiça fez com que a Globo esticasse o Jornal Nacional até às 21h e fez com que Laços tivesse cerca de 10 a 15 minutos a menos a princípio.
A Globo alegava que teve um prejuízo de R$ 100 mil porque algumas gravações não puderam ser aproveitadas, como a do casamento entre Edu e Camila, por exemplo.
Como tudo aconteceu de uma hora para outra e a novela tinha uma frente de gravações, o trabalho acabou sendo prejudicado.
Numa entrevista à revista Época em novembro de 2000, Maneco afirmou que Laços de Família era polêmica como outras novelas de sua autoria, e criticou a interferência do Estado em relação a sua filha Julia, a irmã de Edu na novela.
"É uma intromissão do Estado em minha autoridade como pai. É um absurdo. Minha filha não precisa de proteção de juiz algum, pois sou um pai responsável", garantiu.
O canal carioca chegou a conseguir uma liminar para exibir Laços de Família antes das 21h e com crianças, mas logo ela caiu de novo. E depois voltou.
A guerra de liminares fez com que o interesse pela novela crescesse e a Globo, no final das contas, se comprometeu a não deixar que os jovens participassem de cenas com um conteúdo inapropriado.
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