Publicado em 13/08/2020 às 05:03:17
A reprise de Fina Estampa tem feito muito barulho desde que entrou no ar em março, como substituta da primeira temporada de Amor de Mãe, retirada do ar por conta da suspensão das gravações nos Estúdios Globo por causa da pandemia do coronavírus. E se a novela não é unanimidade, a tal ponto de Marcos Pigossi reclamar publicamente da volta da trama, a audiência vem correspondendo.
Mesmo com altos índices no Ibope, Fina Estampa vem sendo muito criticada nas redes sociais e não apenas pelo ator, responsável por interpretar Rafael na história - seu primeiro papel no horário nobre. E em meio à polêmica, relembre cinco situações de Fina Estampa que deixaria Marco Pigossi constrangido.
As constantes cenas de homofobia em que Baltazar (Alexandre Nero) ofende Crô (Marcelo Serrado) com apelidos homofóbicos, como "boiola" entre outros foge completamente do que o período do politicamente correto aceita nos atuais momentos. Ainda assim, a relação entre o motorista e o mordomo de Tereza Cristina (Christiane Torloni) fez muito sucesso junto ao público em sua exibição original.
E nesta reprise, o comportamento errático com apelidos considerados preconceituosos levou à fúria de muita gente, principalmente nas redes sociais, mas não foi suficiente para afastar o público da novela.
A forma como Crodoaldo Valério se comporta diante de sua patroa, aceitando todas as humilhações impostas, além de ser um serviçal obediente, numa espécie que, a comunidade chamava de "chaveirinho" para as mulheres ricas e héteros. Parte da comunidade LGBTQI+ criticou a volta da novela por conta deste personagem que estaria prestando um desserviço para as conquistas.
Mas em 2011 o personagem fez tamanho sucesso que Aguinaldo Silva deu a ele protagonismo em filmes, o retirando do universo de Fina Estampa e garantindo alta bilheteria nos cinemas.
Muita gente critica a forma como Fina Estampa trata a rivalidade feminina. Embora seja senso comum mulheres brigando por homens e vice-versa no universo da teledramaturgia nacional, a forma como Aguinaldo Silva trata a disputa de Griselda e de Tereza Cristina pelo coração de René (Dalton Vigh) foi alvo de muitas críticas por parte de especialistas.
A questão da rivalidade feminina, muito criticada, acontece justamente porque considera que as duas mulheres parecem tornar a coisa mais importante da vida delas ficar com um homem específico.
A forma como Baltazar trata Crô já é alvo de apontamentos que consideram Fina Estampa constrangedora para não voltar em um mundo com tantos valores diferentes. Mas o casamento entre ele e Celeste (Dira Paes) tem feito com que feministas vociferem contra a novela por considerar que ela romantiza uma relação grave em que a mulher é vítima de abuso praticado pelo próprio marido.
E mesmo a volta por cima dada pela mulher, com ajuda de Griselda, é suficiente para acalmar as críticas, já que o homem sequer é denunciado e não paga pelos erros cometidos na justiça. Quando Fina Estampa foi ao ar em 2011, já existia a Lei Maria da Penha.
Muita gente também critica a forma como a história romantiza a relação com o dinheiro por parte da maioria dos personagens, inclusive Griselda, que tinha o sonho de ganhar na loteria e até enganou o namorado sem que ele soubesse. São muitas as situações em que Pereirinha (José Mayer), Teodora (Carolina Dieckmann) e até Antenor (Caio Castro) mostram fazer tudo por dinheiro.
E o próprio personagem vivido por Marcos Pigossi iniciava a história fazendo qualquer coisa para ter uma vida boa e algum dinheiro, mesmo que para isso precisasse enganar outros.
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