Publicado em 02/06/2020 às 17:01:00
Com a morte de George Floyd nos Estados Unidos, a discussão sobre o racismo voltou a ser debatido em todas as partes do mundo. Na televisão, há muitos exemplos que o tema sempre serviu como pano de fundo para personagens, como Por Amor, Orange Is The New Black, Amor de Mãe, entre outros.
A abordagem da questão racial é antiga e, provavelmente, continuará em produções futuras. O NaTelinha listou cinco produções que trataram do tema e chocaram o público.
Confira:
A série da Netflix foi feita baseada em fatos reais. Cinco adolescentes vivem em Harlem, periferia de Nova Iorque. Eles são acusados injustamente de terem atacado e estuprado uma mulher no Central Park, vivendo um dos maiores erros judiciário da história dos Estados Unidos.
A trama mostra que os investigadores estabeleceram antes da apuração do caso de que os cinco eram os responsáveis pelo crime, pois queriam dar uma rápida resposta para imprensa da época. Donald Trump, atual presidente do país norte-americano, fez campanha para que os rapazes fossem presos.
No fim, eles conseguem provar a inocência e processaram o estado, ganhando muito dinheiro. Entretanto, a minissérie faz questão de ressaltar que o racismo estrutural ainda ocorre diariamente nos Estados Unidos. A produção de quatro episódios pode ser assistida na Netflix
Atualmente sendo transmitida na Band, Orange Is The New Black teve sete temporadas e todas estão disponíveis na Netflix. A série fala de diversos assuntos, como homossexualidade, imigração, tráfico de drogas, intolerância religiosa, machismo e racismo.
No fim da quarta temporada, ocorre uma rebelião. Poussey tenta apaziguar a situação, mas é jogada no chão pelo policial e ele coloca seu joelho na costela da detenta. Com muita confusão, o agente de segurança fica assustado e não escuta a moça avisando que não conseguia respirar.
Numa cena forte, ela morre e o policial entra em completo estado de choque, porque no enredo era o que melhor se relacionava com as presas e não tinha a intenção de matá-la. O caso foi baseado em um relato real que ocorreu em 2014 com Eric Garner, morto da mesma forma no meio da rua.
Malhação – Viva a Diferença abordou vários temas do universo jovem e exibiu a realidade de moradores da Brasilândia, periferia de São Paulo. Lica (Manoela Aliperti) faz uma festa em seu apartamento e a comemoração foge do controle, tanto que vizinhos reclamam do barulho.
Dois seguranças do prédio da patricinha entram no local e consegue tirar todos do ambiente. Porém, Fio (Lucas Penteado) é levado para rua e é acusado de ter vendido drogas. Com medo, ele corre sem dinheiro e é abordado pela polícia militar, parando na delegacia.
“Eles viram meu clipe. Acharam da hora o meu clipe. Perguntaram como é que faz… Como é que dança… Eu posso dizer que a música salvou minha vida”, contou Fio para Ellen (Heslaine Vieira) ao voltar para casa. “O Brasil sempre foi racista. Sempre foi assim”, declarou a jovem.
Amor de Mãe tem Taís Araújo como uma das protagonistas e o racismo faz parte da discussão da trama. Um dos momentos de tensão ocorreu com o sumiço de Tiago (Pedro Guilherme Rodrigues). O garoto sumiu após ter um arrastão na praia e foi levado pela polícia para um lugar deserto.
O jovem é colocado em um camburão e pede para falar com a sua mãe, mas é ignorado pelo policial. Taís Araújo se posicionou nas redes sociais e explicou que o racismo mexe muito com a sociedade.
“Toda a sequência do desaparecimento do Tiago nos atravessa de formas muito pessoais. Ver a injustiça, o racismo, o abuso mexe com a gente, mesmo na ficção. Recebi muitas mensagens durante o capítulo de hoje e me envolvi com as emoções que essas cenas despertaram em vocês. É duro, sim, é real demais, mas profundamente necessário expor o que acontece todos os dias há décadas nas cidades do nosso país”, comentou.
Manoel Carlos sempre buscou falar de temas polêmicos e o preconceito racial foi abordado através do drama de Márcia (Maria Ceiça). Ela engravida de Wilson (Paulo César Grande), um homem branco que não admitia a possibilidade de ter um filho negro.
Os dois se separam e o dono do bar passa a ser rejeitado pelos seus amigos, mas não dá o braço a torcer. Com o nascimento da criança, uma menina branca e do olho claro, o rapaz se apaixona pelo bebê e pede para retomar o casamento.
No fim, Wilson aceita ter mais um filho com a esposa e garante que deixou de ser preconceituoso. Além desse problema, Márcia ainda era parada na rua e chamada de babá da sua filha.
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