Acusação de racismo, erros de ortografia e romance: Êta Mundo Bom por trás das câmeras

Maior sucesso da década no horário das 18h, Êta Mundo Bom estreia nesta segunda-feira (27) com o objetivo de manter a audiência conquistada por Avenida Brasil na faixa do Vale a Pena Ver de Novo. Escrita por Walcyr Carrasco, a trama de 2016 também teve muita movimentação por trás das câmeras com direito a acusações de racismo, novo romance, gente doente e até discussão ortográfica.

Se os 27 pontos de média geral não deixam dúvida de que Êta Mundo Bom foi um sucesso inconteste, a primeira polêmica da novela se deu antes da estréia. Logo que a Globo começou a divulgar a novela, que substituiria Além do Tempo, especialistas em Língua Portuguesa passaram a apontar um erro de ortografia no título, alegando que a palavra “eta” não deve ser acentuada.

Segundo professores explicaram, a palavra eta é uma variação da expressão eita e, pelas regras ortográficas, é uma paroxítona com a penúltima sendo a tônica. Se apenas as oxítonas terminadas em a são acentuadas, neste caso não deveria haver acentuação. A polêmica foi tamanha, que a Globo substituiu o acento circunflexo do título por um chapéu. Mas, no catálogo do Globoplay, a novela continua com a acentuação.

Com dois meses no ar e já como um sucesso de audiência, Êta Mundo Bom entrou numa polêmica gigantesca quando o personagem Pancrácio, vivido por Marco Nanini usou como um de seus disfarces, um negro, chegando a pintar o rosto. A foto da cena vazou antes de ir ao ar em um post de Flávia Alessandra nas redes sociais e que foi massacrado, sendo acusado de blackface. Walcyr chegou a comentar a situação em seu perfil no Twitter. "Acusam de racismo pq um dos disfarces de Marco Nanini em ‘Eta Mundo Bom é de negro. É um absurdo! Na novela, um menino negro (JP Rufino ) é protagonista! Com essa exigência do politicamente correto, o mundo perdeu o humor!.", afirmou o autor.

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Namoro em Êta Mundo Bom

Mas nem só de polêmicas viveu a novela de Walcyr Carrasco. A trama protagonizada por Débora Nascimento e Sérgio Guizé também ficou marcada pelo início de um romance que atraiu a atenção da imprensa e gerou uma multidão de fãs shippando: Camila Queiroz e Kleber Toledo.

Os dois viveram um intenso romance nos bastidores da novela, quando fizeram o casal romântico Mafalda e Romeu, e desde então estão juntos, inclusive estrelando diversos comerciais e sendo a cara de muitas marcas. Dois anos depois da estreia da trama, eles resolveram se casar. Em 2019, Camila e Kleber voltaram a trabalhar juntos, não como casal, em Verão 90.

Doença em Êta Mundo Bom

Se houve polêmica e amor, também houve doenças em Êta Mundo Bom. E não se trata apenas do singular, já que foram mais de uma. A começar por Rainer Cadete e Bianca Bin, que tiveram de ser afastados das gravações por uma semana porque foram diagnosticados com conjuntivite. Como a doença é altamente contagiosa, a direção da produção optou por mantê-los distantes e Walcyr chegou a reescrever cenas.

O maior susto, porém, se deu na última semana de gravações, quando a Globo informou que Elizabeth Savalla, uma das maiores parceiras de cena de Walcyr Carrasco e intérprete de Cunegundes, teve de ser afastada por fortes dores abdominais. A atriz chegou a ficar internada e algumas cenas precisaram ser reescritas.

O sucesso de Êta Mundo Bom

A novela marcou o retorno de Walcyr Carrasco para a faixa das 18h após dez anos. Desde o maior sucesso do século, com Alma Gêmea, o autor não escrevia para o horário. Ele estreou com o objetivo de elevar a audiência do horário, já que as cinco produções anteriores (Joia Rara, Meu Pedacinho de Chão, Boogie Oogie, Sete Vidas e Além do Tempo) haviam mantido a emissora abaixo dos 20 pontos de média geral.

Se a expectativa do canal e do público eram altas com o retorno do autor para o horário, pouca gente esperava que Êta Mundo Bom atingiria índices  improváveis. A produção não apenas levantou o Ibope das 18h, como conseguiu o que parecia impensável e superou Cordel Encantado na média geral, ao terminar com 27,1 pontos, elevando 7,3 da antecessora, Além do Tempo, que terminou com 19,8.