Publicado em 16/12/2019 às 05:00:35
Bom Sucesso é uma das novelas mais bem-sucedidas – em termos de audiência – do horário das sete da Globo. A média geral no Ibope na Grande São Paulo pode ser a maior desde Cheias de Charme, que foi exibida em 2012.
Rosane Svartman e Paulo Halm ficaram conhecidos por escreveram Malhação – Sonhos e se consolidaram com Totalmente Demais, sendo indicados ao Emmy Internacional em 2016.
A atual trama das sete conquistou um público fiel e, com audiência que está na casa dos 29 pontos, fica a pergunta: quais os motivos que fazem Bom Sucesso bem-sucedida?
O NaTelinha resolveu listar sete possíveis motivos que fazem dela uma produção de sucesso
Confira:
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Dos mocinhos ao vilão, é difícil não gostar dos personagens de Bom Sucesso. As criações dos autores se aproximam um pouco do dia-a-dia do telespectador e as decisões – ou indecisões – fazem com que as pessoas se identifiquem com as histórias de cadas figuras da ficção.
Os maiores exemplos são Paloma (Grazi Massafera) e Nana (Fabíula Nascimento). A acompanhante de Alberto (Antonio Fagundes) é uma mãe de três filhos batalhadora, que trabalha incansavelmente para sustentar a casa, o que é a semelhança de milhões de brasileiras.
Nana é a figura da mulher moderna que busca seu espaço na sociedade. Cercada num ambiente machismo no trabalho e até em casa, demonstra sofrer com as rejeições, com as dificuldades de cuidar de uma empresa e ainda encontrar tempo para filha. Quantas mulheres não passam por situações semelhantes?
Desde o primeiro capítulo, Bom Sucesso não escondeu o jogo e prometeu uma história cheia de reviravoltas. Todo capítulo há algo que prende o espectador na tela, mesmo que aquela situação não leve para lugar nenhum no enredo.
O caso mais recente de agilidade na novela é o acidente de Gabriela (Giovanna Coimbra) e o retorno de Elias (Marcelo Faria), ex-marido de Paloma. Tem quem desaprove o recurso usado pelos autores, mas é fato que movimentou a produção e essa agilidade esteve desde o início da trama.
Os autores são conhecidos pelos seus triângulos amorosos em Malhação – Sonhos (2014) e Totalmente Demais (2015) e resolveram aplicar essa técnica em Bom Sucesso, apesar de ser em menor escala em comparação com o último trabalho deles.
Só que os romances – seja triângulo ou não – estão mexendo com os fãs da trama. Paloma e Marcos (Rômulo Estrela), por exemplo, conquistaram tanto o público que Ramon (David Junior) foi deixado de lado na disputa pelo coração da costureira.
Falando em Ramon, difícil encontrar um telespectador que não esteja apaixonado no romance dele com a professora Francisca (Gabriela Moreyra). A química dos romances ocorre por conta do roteiro e, ao mesmo tempo, pela dedicação de atores e direção.
Bom Sucesso não trouxe novos elementos para o humor de telenovela, mas faz o arroz com feijão que agrada o público. Silvana Nolasco (Ingrid Guimarães) é uma das personagens mais queridas e suas maluquices para se manter na mídia e seu romance com Mário (Lúcio Mauro Filho) é um dos momentos mais aguardados dos capítulos.
A novela também permite que todos os núcleos naveguem pelo o humor, dando alívio cômico nos dramas de cada personagem. Essa humanização através do riso chama atenção e é um dos fatores para boa audiência.
Rosane e Paulo souberam buscar elementos literários e transformá-los em algo palpável ao público. Alberto traz livros e frases cheias de efeitos, só que o espectador não foge como aconteceu com Tempos Modernos.
Apesar de ter momentos forçados, a literatura é bem encaixada na vida dos personagens e não atrapalha o andamento da história. Entre erros e acertos, os autores buscam fazer de Bom Sucesso uma obra artística, só que sem esquecer o lado de entretenimento.
A novela trouxe discussões importantes sobre relacionamentos abusivos, machismo, relação com diferenças de idades, literatura, entre outras coisas.
Os assuntos propostos pela novela para se debater são atuais e podem ser escutados em rodas de conversas todos os dias.
Esse debate acaba trazendo relevância, o que leva a repercussão e acaba transformando-se em números de audiência.
Há uma forte discussão entre o avanço da telenovela e tem que defenda o fim do maniqueísmo. Bom Sucesso permite que os personagens sejam humanos, cometendo erros e acertos, mas a personalidade de cada um é bem definida e suas motivações não mudam.
Paloma é uma mocinha que batalha para proteger e sustentar a família, vive um grande amor e sofre para vencer as armadilhas que colocam contra ela. Diogo (Armando Babaioff) é um vilão perverso, cruel e que apenas deseja ter uma vida boa.
O maniqueísmo ainda atrai todo tipo de telespectador e Bom Sucesso tem usado, principalmente nesta reta final, para manter os bons índices no Ibope.
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