Publicado em 25/08/2019 às 09:12:46
Ser policial no Rio de Janeiro não é para qualquer um. É conviver com o perigo diariamente sem saber se vai voltar pra casa aliado a um salário incompatível com os riscos.
Para Ronan Horta, essas são uma das questões que motivou seu personagem, Cabo Góes de "Malhação - Toda Forma de Amar", a mergulhar no mundo da corrupção policial. "É tanta coisa errada em torno da profissão que o sistema já tá corrompido antes mesmo dele pensar em ser honesto", analisa ele numa entrevista exclusiva ao NaTelinha.
O futuro de seu personagem é incerto. "Os capítulos vão chegando aos poucos o que sei é que Góes faz parte do sistema corrupto que já existe antes dele, ele tentou ser honesto", defende.
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Mineiro de Belo Horizonte, vive no Rio de Janeiro há 20 anos com um intervalo de três anos entre Europa e Ásia. "Eu passei a infância na fazenda, tenho casa em BH, gosto de mato, plantas, cavalo e animais ... meu objetivo é morar numa casa aqui no Rio pra tá mais perto disso", relembra.
Você mal tirou férias da TV, emendando Verão 90 e agora Malhação. Como ocorreu o convite e por que optou em emendar um trabalho no outro?
Ronan Horta - Fiquei muito feliz pelo convite, eu admiro muito o trabalho e a trajetória do Adriano Melo que é o diretor artístico da novela , eu amo meu trabalho, sou bem hiperativo artisticamente, realizar e fazer arte me edifica constantemente e alimenta minha alma, trabalhar com o que ama é um privilegio para poucos que tem a coragem de seguir seus objetivos e instintos, então quanto menos férias melhor, nesse momento da minha vida se tiver que tirar ferias que seja a trabalho (risos).
Você já via interpretado um policial há dois anos em A Força do Querer. Quais as diferenças e semelhanças entre eles?
Ronan Horta - Um era um policial fazendo seu dever em prender uma pessoa fora da lei , no caso a Bibi ( Juliana Paes) . No caso do Cabo Goes ele é mais profundo, tem uma história por traz das atitudes, tem toda uma complexidade do sistema brasileiro que conta a historia do personagem, tem sido uma experiência incrível.
Vivendo no Rio de Janeiro há tantos anos, já teve contato com algum Góes na vida real?
Ronan Horta - Já tive que lidar com alguns Goes pela Cidade Maravilhosa , mas parece que está tão no cotidiano do Rio que a gente aprende a lidar com as situações, não é agradável mas passa a ser um mau necessário você saber conviver com a cidade, espero que mude e melhore principalmente as condições dos policiais para que eles tenham dignidade pra realmente poderem fazer um trabalho que sintam orgulho pela farda e por defender e servir a sociedade . Tem tanta coisa errada em torno dos "Goes"que fica difícil julgar.
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Na sua opinião, o que motivou Goés a entrar nesse "submundo" e não trabalhar da maneira correta? O que seduz nesse mundo? Poder? Influência? Dinheiro?
Ronan Horta - Tudo isso um pouco, mas principalmente a falta de dignidade da profissão, baixos salários, altos riscos, sem reconhecimento social e publico, tudo isso deixa o policial sem orgulho próprio e sem honra ao cargo, é tanta coisa errada em torno da profissão que o sistema já ta corrompido antes mesmo dele pensar em ser honesto, acho que é cultural e espero que mude o quanto antes essa cultura do errado ser aceito como certo, aqui no Rio a gente vê muito isso ... em quase todos segmentos.
O que você pode adiantar do teu personagem, que não está numa situação muito favorável? Ele terá o que merece?
Ronan Horta - Até pra mim é um mistério, os capítulos vão chegando aos poucos o que sei é que Goes faz parte do sistema corrupto que já existe antes dele, ele tentou ser honesto , mas ai , com família pra criar, baixo salário, alto risco e pouco reconhecimento, a tentação pra fazer algo ilícito que lhe traria dinheiro, poder e reconhecimento do outro lado da moeda foi maior e ele acabou cedendo as tentações mas agora parece arrependido e quer entrar num acordo pra contar toda verdade.
Há algum projeto em visto ainda neste segundo semestre? Quais seus planos?
Ronan Horta - Estou em fase de pós produção do Documentário que dirigi esse ano, chamado "Aquele Abraço", um documentário sobre conscientização e sustentabilidade, final de setembro volto a fazer uma edição especial de Primavera do Terça Em Movimento, evento multicultural que fiz durante anos pra promover a arte no Rio de Janeiro, nesse evento vou lançar o meu curta metragem "Realidade Frenética" do qual eu dirigi e fiz a produção executiva, o evento, alem de ter varias atrações artísticas fantásticas, vai ser totalmente sustentável e com gestão de resíduos feito pela Capim Selo Verde, alem de fazer uma grande homenagem aos índios Funiô. Vou Ser Mestre de Cerimonia do Festival de Cinema de Petropolis que acontece em outubro e la vamos lançar o filme "Encena o Jogo" que estou como ator e produtor executivo junto ao um time maravilhoso, estou escalado pra um longa metragem que roda em Goiânia mas ainda não posso falar muito sobre ... enfim é isso estou sempre em movimento pela arte e pela realização de projetos que possam melhorar a arte e o mundo.
Você já está há quanto tempo no Rio? Você é natural de BH, certo? Como foi a mudança? Já se considera carioca/fluminense?
Ronan Horta - Estou há 20 anos no Rio com um intervalo no meio do caminho de 3 anos na Europa e Ásia. A mudança foi quando o canal de TV que trabalhava como apresentador foi vendido e eu já tinha me formado em administração de empresas e teatro. Como sempre gostei do estilo de vida do Rio vim pra cá pra dar continuidade na carreira artística. Eu me considero um mineiro bem carioca, mas minha natureza é mineira. Eu passei a infância na fazenda, tenho casa em BH, gosto de mato, plantas, cavalo e animais ... meu objetivo é morar numa casa aqui no Rio pra tá mais perto disso.
Quais as dificuldades de se viver numa cidade como o Rio?
Ronan Horta - E uma das cidades mais particulares do mundo eu já morei em 6 países, mas o Rio é uma escola pro mundo. Até hoje me assusto com situações, desde um atendimento estilo carioca - que rola uma inversão de valores quando o garçom parece fazer um favor em te atender - até uma abordagem policial. Mas, como eu disse, eu aprendi a lidar com situações diversas e aprendi muito, o Rio te prepara pro mundo.
Você interpreta um miliciano em um momento de turbulência total. Como avalia esse momento de violência e crise econômica e política? Qual sua projeção?
Ronan Horta - O brasileiro aprendeu a conviver em crise, o carioca aprendeu a viver no caos de uma guerra civil jamais controlada. Além da crise econômica, corrupção causa a desigualdade social gritante e desrespeitosa à população, isso inevitavelmente eleva os crimes e a não legalização das drogas, que é o maior índice de violência entre traficantes, polícia e bala perdida.
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