Entrevista

"Dá um medo insuportável", diz Lília Cabral sobre expectativa para "O Sétimo Guardião"

Atriz revela que nunca fez plástica ou usou botox: "tenho genética muito boa"

Fotos: Divulgação/TV Globo
Por Sandro Nascimento

Publicado em 01/11/2018 às 09:13:03

Aos 61 anos, Lília Cabral não pretende recorrer ao uso de botox e cirurgias plásticas para parecer mais jovem. Segundo a atriz, embora seja vaidosa, possui preocupações normais sobre beleza e justifica sua aparência com a boa genética familiar.

"Eu não tenho interferência cirúrgica nenhuma. Eu nunca botei botox na minha vida, eu não tenho plástica nenhuma, eu tenho uma genética muito boa que é familiar. Então, isso ajuda bastante (aparentar mais jovem). E vou torcer para que eu continue neste estado, porque eu acredito muito que os personagens, também, cabem a você conforme o tempo vai passando", contou Lília Cabral durante a coletiva de imprensa da novela "O Sétimo Guardião", realizado nos Estúdios Globo na última terça-feira (30). O NaTelinha esteve presente.

"Não adianta eu querer ser mais nova ou até mentir minha idade. Porque algum aluno que estudou comigo, de infância de escola, vai saber. Se disse que tenho 52, ele vai sabe que não tenho 52. Eu tenho 61 e faço aquelas coisas normais de mulher: me cuido, sou vaidosa, gosto de não comer coisas gorduras e faço pilates. Tenho todo um cuidado. Mas um cuidado normal pra saúde", completou a atriz.

Na nova trama de Aguinaldo Silva para a faixa das 21h, ela será a vilã Valetina Marsalla, uma empresária do ramo de cosméticos que enfrenta uma crise nos negócios. Para salvar sua empresa, Valentina deseja que seu filho Gabriel (Bruno Gagliasso) se case com Laura (Yanna Lavigne), filha do bem sucedido homem de negócios Olavo (Tony Ramos).

Para Lília Cabral, não existe justificavas para sua personagem ter se tornado uma pessoa amarga, mesmo enfrentando no passado um abandono no altar de um grande amor. "Ela sempre foi (vilã). Se eu ficar pensando que ela se transformou, parece que Valentina era uma vida antes e depois. Ela ali mostrou a que veio. Quantas pessoas são abandonadas ou quantas tragédias podem passar uma menina nova? Mas nem por isso elas se transformam numa vilã ou numa pessoa intragável", explicou.

Embora seja uma característica de Aguinaldo Silva, a atriz revela que não vai utilizar de bordões em "O Sétimo Guardião", e revela o motivo: "eu não gosto de bordão e ele (Aguinaldo) não me deu nenhum. Eu falo algumas coisas que são divertidas, que posso até repetir, mas não que isso seja um bordão. Tem gente que gosta de trabalhar com bordão porque fica essa coisa... Eu desde que fiz Amorzinho (em "Tieta") que eu falava 'Siniiiira', eu me irritei com bordão".

Presente nas novelas escritas por Aguinaldo Silva desde "Vale Tudo", em 1988, Lília Cabral se diz "eternamente agradecida" pelo autor. "Acho que Aguinaldo é um autor que eu posso dizer a palavra generoso, e a gente entende. Quantas pessoas já fizeram a novela do Aguinaldo, quantas pessoas fizeram sucesso e o quanto ele sempre apostou. Isso é dele. E você está ao lado de uma pessoa assim que olha pra você... As minhas conquistas foi porque ele me olhou. Desde Aldeíde ('Vale Tudo'), depois Amorzinho ('Tieta', 1989), ele sempre me olhou. Eu acho que um autor quando tem essa vontade de olhar para o ator, que a gente precisa disso, não tem o que dizer. Eu sou eternamente agradecida. De fato, o que ele mandar eu fazer, eu vou fazer", disse.

Segundo Lília Cabral, é uma grande responsabilidade o carinho e a expectativa que o público cria pelo seu trabalho. “É importante que você faça e seja sucesso. Você vai fazer o possível. Então, é maravilhoso pelas pessoas quando dizem que 'vai ser um arraso', mas ao mesmo tempo dá um medo insuportável. Porque você tem esse estigma", revela a atriz.

Ela ainda conta que trabalhar com o diretor Rogério Gomes, o Papinha como é conhecido entre os atores, é um "plus a mais" no caminho do sucesso da trama de "O Sétimo Guardião". "Porque ele dá espírito de equipe. Tem que tá bom, não tem eu tá bom pra você, tem que tá bom pra todo mundo. O capítulo é bom? O capítulo não é só bom só pra uma pessoa, o capítulo é bom pra todos. Essa qualidade é o diretor que vê e estabelece para que todo mundo esteja na mesma sintonia. E isso ele faz muito bem. Ele e a equipe dele. Então quando junta um autor que é generoso, que o talento a gente nem comenta, e um diretor que tem esse olhar, não é que a gente vai falar assim: 'vai ser sucesso', a gente quer que seja, mas a gente tá lutando na trilha certa", afirma.

"O Sétimo Guardião" estreia no dia 12 novembro na Globo e marca o retorno de Aguinaldo Silva ao realismo fantástico.

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