Após despedida, Jô Soares diz: Não sei onde e nem como, mas estou começando

Após 16 anos, chegou ao fim na noite desta sexta-feira (16) o "Programa do Jô", por decisão da Globo.

A última entrevista foi gravada horas antes da atração ir ao ar, e contou com o cartunista Ziraldo, amigo pessoal de Jô Soares e quem mais participou do talk-show.

Já nos bastidores, conforme revelado pelo site da Globo, o GShow, Jô recebeu muito carinho da produção e amigos, com direito a flores, autógrafos e muitos abraços.

Lá, ele fez questão de dizer que não vai parar de trabalhar: "Em uma saga de 16 anos aqui na Globo e no SBT mais 12, foram 28 anos de programa e eu acho que, pelo menos, na vida, estou apenas começando. Não sei onde, nem quando e nem como. Mas estou vivo".

Antes, no palco, entre uma conversa e outra, o apresentador aproveitou para fazer agradecimentos e a lembrar de quem o ajudou. Entre os citados, estava Silvio Santos, que foi quem deu a oportunidade dele comandar um programa de entrevistas, seu sonho, em 1988, no SBT.

"Antes de tudo, quero agradecer ao Silvio Santos por esse programa que modificou a minha vida e foi graças a ele que eu estou aqui até hoje", disse Jô, que apesar disso descartou voltar para a emissora.

"Quero agradecer também aos convidados muito representativos aqui neste sofá. Sentaram aqui de Luís Carlos Prestes a Dom Helder Câmara, de Pelé a Paulo Evaristo. Foram vários Prêmios Nobel, estrelas do show business brasileiro e internacional e, principalmente para mim, o grande mérito do programa, que me deixa muito feliz, são as figuras anônimas desse Brasil, cuja as entrevistas mudaram suas vidas e a minha", continuou.

Por fim, agradeceu a plateia e telespectadores: "A minha vida, antes de qualquer coisa, mudou graças a essa plateia, graças a vocês. Por que eu quero sempre ter uma plateia na minha frente? Porque sem plateia eu não existo. Agradeço sempre, do fundo do meu coração".

Durante toda a sexta-feira e até neste sábado (17), famosos publicam fotos nas redes sociais lembrando de quando sentará no sofá de Jô Soares, reverenciando-o e dizendo que ele não pode parar. E não vai.