Os Jogos Olímpicos do Rio, por Maria Paula Limah

NaTelinha convida mulheres da TV para escreverem crônicas sobre a Olimpíada

Fotos: Reprodução
Por Redação NT

Publicado em 04/09/2016 às 10:35:24

Entre os dias 5 e 21 de agosto, o mundo se voltou ao Brasil, onde aconteceu a Olimpíada do Rio de Janeiro. Esta edição foi das mulheres, já que contou com a maior participação feminina da história, com 45% de todos os atletas.

Elas nos deram alegrias em todas as modalidades, demonstrando muita garra, com cenas emocionantes, históricas e ganhando mais medalhas que os homens no geral.

Pensando nisso, nesta fase pós-Olimpíada, o NaTelinha criou "Os Jogos pelas Mulheres", onde destaques femininos das transmissões na TV escrevem textos especiais para o site e contam como o evento passou pelos seus olhos.

Depois de Flavia Delaroli, da ESPN, e Domitila Becker e Bárbara Coelho, do SporTV, agora é a vez de Maria Paula Limah, que durante todo o período comandou o "Maratona" no BandSports.

Confira sua crônica exclusiva:

"Você sumiu! O que aconteceu?", disseram, quase em coro, o gerente, duas funcionárias e um segurança da padaria perto de casa momentos antes de escrever este texto. Essas duas frases é o que mais ouço com o fim da Olimpíada no Rio de Janeiro. Expressam bem o que é uma Olimpíada para um jornalista esportivo.

De volta à vida "normal" (entre aspas porque jornalista nunca tem vida normal), parei pra lhe contar um pouco sobre a cobertura desse grande evento.

Óbvio que pesquisei muito antes. Estudei. Li livros, vi filmes, documentários, tudo que diz respeito aos Jogos. Até embalagem de cereal com informação da Olimpíada lá estava eu, parada, observando.

Caro leitor, minha missão nessa Olimpíada era comandar o programa "Maratona 1" juntamente com o William Lopes. Eu em um estúdio. Ele em outro. E como fazer você telespectador ligar a TV às 7h15 da manhã? Um desafio e tanto que deu certo.

No primeiro dia, minha escala marcava 6h30. Hora que eu deveria estar no BandSports. Percebi que não tinha tempo suficiente para preparar o programa do jeito que eu queria. Sou perfeccionista e chata. Passei a chegar uma hora antes. Lá vai eu acordar às 4h20 pra estar 5h30 em ponto na TV. Deu certo!

As notícias eram praticamente as mesmas em todos os canais. Pensei: "você vai ter que fazer algo". E assim surgiram duas ideias:

1 - Aproveitei minha experiência de "moça do tempo" pra informar as condições climáticas do dia para as modalidades ao ar livre e como elas iam influenciar na competição. Foi maneiro dar uma de Mãe Dináh e informar com antecedência, por exemplo, que as competições de vela seriam canceladas pela falta de vento ou o excesso dele;

2 - Curiosidades e dados sobre um atleta X e/ou modalidade Y.


Descobri que o Chiquinho Leite Moreira não é só expert em tênis. Ele também é fera Em golfe. Com ele também me familiarizei com termos como HOLE-IN-ONE, DROP, ALBARROZ, etc.
Caro leitor, eu fiquei o tempo todo no estúdio. Além do "Maratona 1", eu poderia entrar no ar a qualquer momento com novas informações.

Foram dez horas ininterruptas de trabalho diários. E depois? Descansar? Nem pensar.

Hora de repassar as informações, preparar outras para o dia seguinte, acompanhar as competições. Assim, tudo ao mesmo tempo. Por falar nisso, o tempo era algo que não havia. As necessidades fisiológicas básicas (comer, dormir e tomar banho) eram artigo de luxo. Não fiquei fedida heim!

Eu ficaria horas contando pra você como foi a minha Rio 2016. Mas quero que você me conte como foi a sua nos comentários ou em minhas redes sociais (@mariapaulalimah). É sempre bom interagir com você.

Maria Paula Limah
Apresentadora do BandSports

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