Acusado de "não ter apelo", futebol feminino dá Ibope há pelo menos 10 anos

Divulgação/CBF
Por Redação NT

Publicado em 26/08/2016 às 15:52:13

Após os Jogos Olímpicos, duas competições estão começando e deveriam agitar o futebol feminino na televisão por assinatura: o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil de Futebol Feminino.

Porém, os dois eventos iniciaram nesta terça-feira (23) sem transmissões dos donos dos direitos, a TV Brasil, o SporTV, o Band Sports e o Fox Sports.

Mesmo com as quatro emissoras tendo sete canais juntas, nenhuma optou pela exibição. Há algum tempo, dizem que futebol feminino é vítima de "não dar retorno".

E falta de retorno, neste caso, é de audiência e anunciantes. Porém, um levantamento realizado em primeira-mão pelo NaTelinha mostra que, com uma forcinha, é possível transformar a modalidade num sucesso.

De acordo com dados validados pelo Kantar Ibope, há pelo menos 10 anos a seleção brasileira de futebol feminino consegue bons resultados para os padrões dos canais.

Na Copa do Mundo de 2007, realizada na China, a Band obteve média de 6 pontos com transmissões do Brasil, tendo um número explosivo na final, no dia 6 de junho de 2007: 14 pontos com 18 de pico, e liderança no ranking da Grande SP. Na ocasião, a Globo ficou com 9. O jogo também foi a maior audiência da Band no ano em questão.

Já nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, a Band e a Globo obtiveram 6 e 20 pontos com a exibição das partidas, mesmo tendo várias exibidas de madrugada. A maior audiência de ambas foi na final, onde a seleção ganhou a prata contra os Estados Unidos, com a Globo registrando 21 pontos e a Band, 7.  

Marta é a grande estrela e craque da seleção feminina

Na Copa do Mundo de 2011, a emissora paulista dos Saad obteve 6 pontos com os jogos do Brasil, tendo sua maior audiência na semifinal, com 11 pontos de média, 14 de pico e liderança, contra 9 da Globo. Naquele ano, foi o segundo maior índice da Band no ano, perdendo apenas para um clássico entre Santos e Corinthians, pelo Campeonato Paulista.

Nas Olimpíadas de Londres 2012, exclusiva da Record, a eliminação das meninas nas quartas-de-final fechou com 11 pontos, contra os mesmos 11 da Globo, sendo uma das maiores médias da Record na edição.

Por fim, nos Jogos Olímpicos Rio 2016, as audiências foram de 26 pontos para a Globo, 5 para a Record e 4 para a Band, num total de 35 pontos em São Paulo, um recorde para a modalidade na história.

Os dados são consolidados e refletem à Grande São Paulo. Tudo bem que acontecem em grandes eventos, mas precisam ser levados em consideração.

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