Atentados de 11 de setembro perderam para infantis no Ibope da TV paga

"Eu Paguei Pra Ver" relembra histórias e curiosidades da TV paga brasileira

Fotos: Divulgação
Por Redação NT

Publicado em 20/05/2016 às 01:00:00

Recentemente, com as votações do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) - hoje afastada do cargo -, a Globo News anunciou que foi uma das emissoras mais vistas da TV por assinatura nos períodos de transmissão. 

Porém, o canal de notícias da Globo só não venceu duas certas emissoras: Cartoon Network e Discovery Kids. Mas não é de hoje que os infantis são campeões na preferência da TV paga. 

Em 2001, o mundo todo estava parado assistindo a queda das torres gêmeas em Nova York, no maior atentado terrorista da história, onde mais de 200 pessoas morreram. 

Se na TV aberta o fato parou as programações infantis - inclusive criando a lenda de que "Dragon Ball Z" teria sido interrompido pela Globo em um episódio decisivo, mas que o NaTelinha já mostrou que o fato não ocorreu, na TV por assinatura, que ainda estava em seus primórdios, não houve vitória. 

Cartoon, Nickelodeon e Fox Kids (atual Disney XD) venceram com folga os canais de notícias como Globo News, CNN e Bloomberg, os mais populares e abrangentes da época. Somadas, segundo publicação da revista Veja, os três canais de notícias não tiveram a audiência que a terceira colocada, a Nickelodeon, alcançou. O Cartoon ficou em segundo e a Fox Kids, em grande fase com animes como "Digimon" e com o seriado "Power Rangers", foi líder na ocasião. 

Na época, o então responsável pela Fox Kids no Brasil, João Pedro Kappeller, afirmou que a audiência era por conta do efeito babá eletrônica: "Essas crianças que nos assistem normalmente ficam sozinhas em casa, ou quando o pai ou a mãe estão, mas estão fazendo outra coisa como lavar a casa ou fazendo o almoço. Somos a babá eletrônica deles, a grande companhia. É um público fiel e nós sabemos disso". 

Outro fato interessante que aconteceu foi que, em 2001, foi a primeira vez que o Ibope começou a medir a audiência da TV paga de forma próxima da TV aberta, o que possibilitou estes dados. "Sem dúvida, essa nova aferição foi algo extremamente importante para nós", comentou João Pedro. 

Faça chuva ou faça sol, pelo visto, não adianta: tirar os infantis da liderança da TV paga é difícil. Ou impossível? Isso, só o tempo vai dizer.

Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. No NaTelinha, é responsável por reportagens variadas e especiais. Na coluna "Antenado", fala sobre TV aberta quando a necessidade pedir. Já no "Eu Paguei Pra Ver", conta histórias curiosas sobre a TV por assinatura no Brasil. Converse com ele. E-mail: gabriel@natelinha.com.br / Twitter: @bielvaquer

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