Juliana Paes abre o jogo sobre eleições e revela: "Não votei no Bolsonaro"

Após quase três anos de uma briga pública com a colega Samantha Schmütz, por conta do ambiente político eleitoral no país, a atriz Juliana Paes falou pela primeira vez sobre a corrida eleitoral e finalmente revelou o que muita gente esperava ouvir dela por meses: ela não foi eleitora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista para a Folha, Juliana Paes foi bem enfática na resposta. "Durante a minha vida pública, não levantei bandeiras nem para cá nem para lá. Não votei no Bolsonaro", afirmou categoricamente sem, revelar, no entanto, em quem teria votado no segundo turno das eleições 2022.

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"Não me sinto capaz de compreender a complexidade desses ambientes políticos partidários e tenho pouca fé. Política, para mim, é realizada na prática, na vida real. Contribuo silenciosamente para inúmeros projetos sociais. Faço melhor esse papel atuando em outras frentes", explicou.

Juliana também contou que sentiu o peso da responsabilidade e acabou fugindo da web. "Virei o alvo perfeito. Por um bom tempo, tive medo de abrir meu celular. Acabei terceirizando minhas redes sociais para ficar afastada dos comentários. Fiquei impressionada com os lugares que as pessoas me colocaram... Me adicionaram rótulos que nunca me descreveram, fui chamada de ‘Bolsominion’".

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A atriz, que recentemente interpretou Jacutinga, na nova versão de Renascer, confessou que enfrentou problemas por causa do tema. "Demorei a entender que estava deprimida, nunca tinha sentido nada parecido. Mas passei a ter pensamentos que não eram de vida, como 'para que a gente vive?', 'por que a gente está aqui?', 'por que você me jogou aqui? Não queria ter vindo'".

Foi aí que Juliana tomou a decisão de procurar ajuda psiquiátrica. "Tomei antidepressivo por um tempo e parei. Iniciei a terapia, que havia evitado a vida toda, e mergulhei nos meus treinos físicos."

Sobre não ter se posicionado, e também a resposta em vídeo para Samantha, ela explicou. "Minha intenção era estimular uma cultura de paz. Não estava aguentando ver as pessoas se digladiando, amigo brigando com amigo. Sou, por natureza, uma pessoa diplomática. Meu erro foi tentar falar sobre debate e união naquele momento"