Publicado em 05/02/2024 às 18:40:00
Nesta segunda-feira (5), começou o julgamento de Daniel Alves em Barcelona, na Espanha. O jogador de futebol está sendo julgado por um crime de agressão sexual contra uma mulher de 23 anos, em caso que teria acontecido em dezembro de 2022.
No primeiro dos três dias de audiência, foram feitas as considerações iniciais de acusação e defesa. Além disso, prestaram depoimentos a denunciante, uma prima e uma amiga, que a acompanhavam na boate Sutton. Dois garçons e um porteiro do estabelecimento também foram ouvidos.
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De acordo com o UOL, a advogada do jogador, Inés Guardiola, tentou anular o processo por completo, alegando que Daniel Alves começou a ser investigado sem saber e foi prejudicado por conta disso e da exposição midiática.
Ela também levantou a questão de violação de direitos fundamentais, citando o fato de um perito particular não ter podido participar do exame psicológico da denunciante. A defesa também alegou a violação do direito fundamental à presunção de inocência devido ao "julgamento paralelo" que partiu dos meios de comunicação.
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"É um tratamento diferente daquele que o investigado tem tido desde o início do processo", reclamou Guardiola, se queixando da decisão do tribunal de manter o depoimento da mulher sob sigilo, com voz e imagem distorcidas.
Durante o depoimento dela, todos deixaram a sala e ela foi separada do atleta por um biombo, o que evitou que tivessem contato visual.
Já Ester García López, advogada de acusação, apresentou ao júri um documento que mostra que a denunciante está afastada do trabalho até hoje por conta de complicações emocionais. Além de se munir de entrevistas de Daniel Alves, ela também expôs uma denúncia feita contra a mãe dele, Lúcia Alves.
A mãe do jogador divulgou fotos da denunciante em suas redes sociais, sem se importar com a proteção da imagem da mulher. Já o famoso, falará apenas no último dia de julgamento, a pedidos da defesa.
A mulher falou por 1h15, sendo seguida por uma amiga que chorou bastante ao dar sua versão dos fatos. "Nunca a tinha visto chorar assim na minha vida", lembrou, dizendo que a denunciante dizia que tinha sido machucada. "No final, nós três choramos porque não sabíamos como reagir", completou, mencionando a prima dela, que reforçou a versão.
O quarto a ser ouvido foi um funcionário da boate, que falou basicamente sobre os procedimentos feitos com famosos para escolher quem terá acesso à área VIP. Já o porteiro, foi o último a falar nesta segunda-feira (5) e confirmou as imagens que o mostram ouvindo o que a denunciante tinha a dizer, em prantos, enquanto Daniel Alves passou a menos de um metro de distância sem dizer nada.
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