Publicado em 29/11/2023 às 11:23:43,
atualizado em 29/11/2023 às 11:40:42
Belo não pagou uma parcela do acordo que fez com Denilson referente ao imbróglio que já durava mais de 20 anos, segundo a defesa do ex-jogador. A informação foi veiculada pelo UOL, parceiro do NaTelinha.
A parcela em questão venceu no dia 18 de novembro e o valor foi colocado em sigilo de Justiça. O montante é para honrar os pagamentos de honorários de advogados, que entrou no acordo firmado entre as partes.
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A defesa do comentarista da Band fez a petição na última segunda-feira (27). A Justiça ainda não se pronunciou.
Em agosto, Denilson disse que fez um acerto com Belo sobre o pagamento da dívida de R$ 7 milhões e que a briga que já durava mais de 20 anos, envolvendo o grupo Soweto, chegou ao fim: "O cantor Belo e eu conversamos e, de forma amigável, chegamos a um acordo".
"É de suma importância ressaltar a todos que nossas divergências nunca foram pessoais, ao contrário, elas eram - e, portanto, não são mais - no campo jurídico. Como homens, adultos e profissionais que somos, era importante colocar fim a esse imbróglio que nos afastava há mais de 20 anos", seguiu.
Ainda nas redes sociais, o ex-jogador de futebol afirmou que estava contente com o desfecho: "Hoje, com alegria, damos por encerrado esse assunto. Muito obrigado a todos os envolvidos. Agora é olhar para frente. Sou apaixonado por pagode e agora vou poder postar meus vídeos ouvindo Belo".
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A origem da contenda remonta a 1999, quando o então jogador adquiriu os direitos da banda Soweto, cujas músicas interpretadas por Belo estavam dominando as paradas de sucesso do país, com hits como Farol das Estrelas, Mundo de Oz e Tempo de Aprender. Nesse acordo, o atleta era responsável por parte dos recursos da equipe e banda, enquanto em troca teria porcentagens nas receitas provenientes dos shows.
Apesar de Denilson ter desembolsado cerca de R$ 1 milhão para ter o controle do grupo, as desavenças surgiram quando Belo optou por seguir sua carreira solo em 2000. O ex-jogador, detentor dos direitos da banda, recorreu à Justiça, alegando quebra de contrato e prejuízos. A defesa de Belo argumentou que o cantor jamais reconheceu o ex-atleta como o "dono do Soweto" e reforçou que não houve qualquer aporte financeiro durante o período do grupo.
O desenrolar legal do conflito trouxe várias reviravoltas, com decisões judiciais a favor de ambos os lados, mas a questão persistia. A vitória em 2004 de Denilson, com a determinação para que Belo pagasse R$ 388 mil, não foi cumprida. Anos depois, o pagodeiro ingressou com uma ação por danos morais, mas esta também foi considerada improcedente, com a Justiça apontando a comprovação da dívida do processo anterior.
A decisão judicial obrigou Belo a arcar com os custos advocatícios, totalizando R$ 50 mil, e determinou que as principais emissoras de TV do país depositassem em juízo eventuais cachês ao músico. Em 2022, um depósito judicial de pouco mais de R$ 7 milhões, proveniente de um show a ser realizado em agosto, no Pacaembu, ao lado de Thiaguinho, foi ordenado para liquidar parte da dívida.
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